Carioca Club recebe a edição mais esperada do Kool-Metal Fest

Com Sold-out, Grandes nomes de vertentes distintas do Metal, lotam o Carioca

Um dos eventos mais esperados do ano finalmente aconteceu, depois de 4 Pré-Fests o carioca recebeu uma tarde/noite insana de muito metal. 

O Evento, como as edições anteriores, entregou tudo que esperávamos, começando pelo Line up, que se formou com grande nomes do metal nacional e revelações que vem ganhando seu lugar na cena. 

Antes das bandas começarem a movimentação ao redor do Carioca Club já era grande, presentes bebiam e comiam enquanto olhavam as camisetas expostas nas grandes dos comércios, vendedores ambulantes deixavam musica tocando pra atrair publico (funciona, sempre funciona) e outros mais tranquilas sentavam e bebiam dentro dos bares da região.

Dentro do carioca a movimentação não era muito diferente, o publico aquecia vendo os merchs disponíveis, conversando com alguns músicos ja presentes, bebendo algumas cervejas e curtindo o som da discotecagem, que nos entregou grandes clássicos do metal, Dia, Slayer, Death e Testament, foram algumas das selecionadas. 

As apresentações foram curtas, em media, 30, 40 minutos, exceto pelo Belphegor, que durou aproximadamente 1 hora. O evento não divulgou o horário de cada banda, o que impossibilitou de saber se as bandas estavam atrasadas ou não, e atrapalhou quem veio de outros estados de se programar certinho. 

Com o Cronograma divulgado a primeira banda a se apresentar foi o Cerberus Attack, banda de thrash já conhecido pelo publico do festival, já que a mesma se apresentou no primeiro pré-fest (confira aqui a resenha do evento). A banda apresentou trabalho do novo álbum, e em uma das músicas, contou com a participação do Daniel Pacheco ex-integrante da banda. Diferente do que vemos em grandes festivais, o publico compareceu em peso desde a primeira banda, chegando a ocupar cerca de 50% da capacidade da casa logo no termino da apresentação do Cerberus. 

Vazio, banda de Black Metal paulistana, deu continuidade nas apresentações, Sem muito dialogo, a banda subiu ao palco e apresentou um setlist curto com músicas de todos os seus trabalhos já lançados proporcionando um setlist misto, mas que agradou a todos os ouvidos. Após o show o vocalista Renato conversou com o publico e ficou presente na barraca de merchs.

A essa altura do evento, o Carioca já estava praticamente intransitável, era nítido que todos queriam aproveitar tudo e não perder nenhum detalhe. 

Crypta já era a próxima banda e antes do show começar os presentes na plateia já gritavam o nome da banda. Essa foi a primeira apresentação da banda, que foi formada durante a pandemia e que resultou no álbum de estreia “Echoes of the Soul”. 

Fernanda, Luana e Taina, já se mostram bem entrosadas em palco, bem acompanhadas da Jessica Falchi, que assumiu as guitarras após a saída da Sonia Anubis.

Jessica demostrou talento e compromisso com a banda durante o show, mostrou dedicação e também se destacou com sua presença de palco, na minha opinião, tem tudo para ser efetivada e ganhar seu espaço (mais que merecido) na banda. 

Como de costume, diversas bandas tem se posicionado politicamente e deixando bem claro a insatisfação com o atual governo, apesar disso durante o discurso da Fernanda lira, começando sobre a situação do pais, um grupo de 4 amigos que estavam no fundo do carioca começaram a conversar entre si falando “ahh já vai começar o mimimimi” outro amigo comentou “todo show essa chatice” e pra finalizar outro amigo disse “agora show de metal virou palanque”. 

Outra novidade na noite do Kool metal foi a primeira apresentação do Nervochaos em São Paulo com a nova formação. Com mais de 25 anos de carreira no cenário nacional o Nervochaos apresenta um Death/trhash metal solido e influente. 

Atualmente formado por Brian Stone (vocal), Luiz “Quinho” Parisi (guitarra), Wesley Johann (guitarra), Pedro Lemes (baixo) e Edu Lane (bateria), fizeram um show visceral com destaque para as clássicas ‘’For Passion, Not Fashion’’ e ‘’Pazuzu is here’’, mostrando o potencial que a nova formação tem pra mostrar pro público.

Diversas celebridades do metal nacional também estiveram presentes pra curtir o evento, Xandão, baterista do renomado Andralls, Ya, guitarrista/vocalista do Eskrota, Bruno e Estevam, ambos do Desalmado. 

“Sao Paulo, o Krisiun está aqui” frase conhecida pelos admiradores da banda, assim se inicio o destruidor show deles, um dos principais nomes  nacionais do metal extremo o Krisiun sempre entrega tudo que promete. 

‘’Ravenous’’ e ‘’Descending Abomination’’ foram algumas musicas que entraram no Setlist, alem da clássica “Ace of Spades” Cover de Motorhead.

A velocidade na troca de palcos foi um destaque que merece ser mencionado, raramente vemos eventos com varias bandas onde os intervalos entre as bandas ocorrer sem problemas e sem atrasos, talvez esse tenha sido o motivo da não divulgação dos horários, assim podiam adiantar o que fosse possível adiantar. 

Belphegor era a próxima banda o que surpreendeu aqueles que viram o cronograma com antecedência, a escolha de por o Ratos como headliner não foi explicada, entrei em contato com o Juninho perguntando sobre isso, e ele disse que o motivo foi o fato de ser o lançamento oficial do “Necropolítica”

Enfim, temos os Austríacos do Belphegor no palco, com caveiras, crucifixos e luzes azuis, a apresentação deixa um tom sombrio e diabólico, essa á ideia. Liderados por Helmuth e Serpent os austríacos ja passaram por terras tupiniquins diversas vezes, a ultima apresentação deles foi em 2018, divulgando o “Totenritual”. 

‘’Baphomet’’ e ‘’Stigma Diabolicum’’ se destacaram durante a performance da banda, a interação foi bem pouca, Helmuth agradeceu o publico, e as bandas que também se apresentaram no festival. 

O Show foi curto, mas foi perfeito do inicio ao fim, “Lucifer Incestus” também esteve presente no setlist. Confira abaixo o setlist completo e galeria de fotos:

A titulo de curiosidade:

Belfegor (Belphegor; “o senhor do fogo”) é divindade moabita venerada no monte Fegor. No cristianismo, é considerado o demônio da preguiça, das descobertas, do apodrecimento, dos inventos, da criatividade e dos ciclos. 

Era cultuado na antiga Palestina na forma de figura alta e barbuda com a boca aberta, tendo por língua gigantesco falo. O sabá dos feiticeiros da Idade Média não foram senão repetição, herança das festas de Belfegor.

Belfegor é um dos sete príncipes que governam o Inferno, sendo a personificação do primeiro pecado, a preguiça. Sua aparência modifica-se de acordo com a citação, desde ser bestial (semelhante a um lobo), monstro marinho com a boca rasgada de orelha a orelha e dentes afiadíssimos, até velho alto, barbudo, possuindo língua com forma de falo, dentes caninos grandes e cauda de dragão, ou até mesmo em algumas tradições religiosas, é retratado como sendo jovem de beleza exuberante.

Quando Lúcifer inicia sua rebelião contra o Criador, todos as hordas de anjos aliados ao Senhor pegam em armas para enfrentar as forças rebeldes, porém um dos anjos mais poderosos do paraíso, Bastiel, se recusa a participar daquela batalha. Bastiel abandona o sétimo céu e segue as “terras posteriores” onde o combate ainda não tinha atingido. Porém quando a guerra acaba, e as forças celestiais encontram Bastiel, ele é considerado desertor e enviado ao Inferno. 

Após ser enviado ao Inferno Bastiel é hostilizados pelas hostes infernais, porém Lúcifer, o Imperador do Inferno, acaba por firmar aliança com Bastiel, nomeando-o Belfegor. Moloque, príncipe que reinava sobre o primeiro círculo do inferno (Desidia Circum Primus), se recusa a aceitar a presença de Belfegor. Porém Belfegor era um arcanjo e seus poderes eram superiores aos de Moloque, um simplório querubim. Após humilhado, Moloque é expulso de Desidia Circum, e Belfegor condecorado o Príncipe da Preguiça e Rei do Primeiro Círculo.

Fonte: Wikipedia

Belphegor
  1. Swinefever – Regent of Pigs
  2. The Devil’s Son
  3. Sanctus Diaboli Confidimus
  4. Belphegor – Hell’s Ambassador
  5. Stigma Diabolicum
  6. Conjuring the Dead / Pactum in Aeternum
  7. Lucifer Incestus
  8. Virtus Asinaria / Prayer
  9. Baphomet
  10. Totentanz – Dance Macabre

Ratos de Porão chegava pra encerrar o fest mas mesmo com todos os shows anteriores, o publico ainda tinha energia para gastar nas rodas insanas e nos stagedives que aconteceram no início do show (para desespero dos fotógrafos no pit, #nãomachuquemosfotógrafos) e quem achava que grande maioria do publico deixaria o carioca após a apresentação do Belphegor, bom, se enganou e em certo momento até o Gordo brincou ‘’Achei que os metaleiro ia tudo embora depois dos Belphegor, obrigado pra todo mundo que ficou aí’’.

O publico ficou e pode conferir um setlist de dar inveja. divulgando o seu mais recente trabalho “Necropolítica” (confira a resenha aqui) musicas como ‘’Alerta Antifascista’’ e ‘’Aglomeração’’não ficaram de fora, alem de clássicos da banda, como ‘Crucificados pelo sistema’ e “Beber ate morrer” musicas de álbuns icônicos de uma banda que esbanja 40 anos de carreira.

  • Agradecimentos: Aiton Lucena & Tedesco Comunicação e Mídia
  • Texto e Fotos: Gustavo Diakov
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About Gustavo Diakov

Idealizador disso aqui, Fotógrafo, Ex estudante de Economia, fã de música, principalmente Doom/Gothic/Symphonic/Black metal, mas as vezes escuto John Coltrane e Sampa Crew.

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