Como foi o primeiro Kool Metal Pré-Fest 2022 em São Paulo

Quem teve a sorte de não ser abatido pela covid nos últimos anos, ostenta hoje o privilégio de assistir de perto – nem tão de perto, nada como era antes – a retomada da industria da música, presenciar o reencontro entre as bandas e o seu público é uma das maiores alegrias que tenho experimentado.

Com muita responsabilidade e respeito ao público, a produção do Kool Metal Fest proporcionou ótimos reencontros no último fim de semana.

Rolou no Fabrique Club, no sábado dia 19, a primeira de duas datas do aquecimento para o Kool Metal Fest, que vai acontecer no dia 29 de maio no Carioca Club em Pinheiros (links para a venda dos ingressos se encontram no final da matéria).

Com a exigência dos comprovantes de vacinas e um mar de máscaras, o bagulho ficou louco e nós do Sonoridade trouxemos para vocês os highlitghs do que rolou.

O METAL DO CEMITÉRIO E A VOLTA DOS MORTOS VIVOS

Foto: Gustavo Diakov

A abertura da noite ficou a cabo da banda Blastrash, como bons paulistanos que somos, perdemos tempo demais no trânsito da cidade, perdemos os anfitriões da noite.

Ao chegarmos, ouvíamos da calçada, na rua, a trilha sonora do caos. Essa trilha vinha do palco e os responsáveis eram os caras da banda Cemitério.

Os temas escolhidos pela banda “Cemitério” soavam como algo extremamente mórbido há alguns anos atrás. Hoje, ouvir falar sobre gente morta é considerado hype.
Mas os ouvidos sensíveis ainda hão de sangrar quando o Cemitério tocar, a maestria, a velocidade e a guitarra afiada elevaram os ânimos, a roda de pogo foi formada e foi dada a largada para a noite de shows.

Eu já nem lembrava mais como era testemunhar uma roda com cheiro de suor e com diversos punks, metaleiros, bangueando e sacudindo os braços como boxeadores, a fina dos punhos cerrados fazendo vento bem na nossa fuça.

Que momento!

Foto: Gustavo Diakov

CERBERUS ATTACK, A PALHETADA MAIS RÁPIDA DO SUDESTE

Foto: Gustavo Diakov

Lançando o CD “Abbys of lost souls” o Cerberus Attack atacou sem delicadeza, é a trilha sonora perfeita para o fim do mundo.

O seu trash metal já consolidado entre a galera que manja do assunto, fez o estoque de cerveja do Fabrique sumir em questão de minutos.

A guitarra insana e a bateria cruel esquentam o ambiente, é música do diabo tocada com dignidade, a partir daqui, meus amigos, estávamos no inferno.

A impressão que fica é que depois de um show do Cerberus o azar é todo da banda que vem a seguir, porém, o line-up do dia 19 parecia até um sonho, a noite foi ficando cada vez melhor.

ESKROTA, CARALHO!

Essas minas já são um clássico.

Com o crossover muito bem feito e definido pela maestria e os berros a plenos pulmões que foram responsáveis pelo recrutamento de um exército de mulheres que assumiram as primeiras filas em frente ao palco.

As músicas “Grita”, “Episiotomia” e a mais recente “Pânico” foram os destaques.

Ao vivo é uma apresentação brutal, lá pras tantas do show, uma pobre alma aflita e sensível advertiu a banda que afinava os instrumentos entre uma música e outra: tá muito alto.

É alto mesmo.

Recomendamos a quem nunca viu ao vivo, que vejam.

Foto: Gustavo Diakov

DxFxC ERA TUDO O QUE EU PRECISAVA PRA SUPERAR UM SEGUNDO FEVEREIRO SEM CARNAVAL

Foto: Gustavo Diakov

Foram 2 anos sem pisar num palco e o reencontro entre a banda de Brasília e o público paulistano foi intenso.

“Agora as portas estão trancadas, não tem pra onde correr” anunciou o Túlio (vocalista), é rock, meninos, um cacete pro delegado.

O setlist recheado de clássicos do disco “Igreja quadrangular do triângulo redondo”, a guitarra furiosa e o mais puro e original HC, foram os responsáveis pela catarse coletiva.

O clima de festival se materializou. Era possível reconhecer vários membros das bandas que tocaram no rolê, misturados ao público para assistir o show do DxFxC.
Nós todos sabíamos que o momento era histórico, sorte a nossa.

Ao fim da noite, já era quase impossível identificar o que era público e o que era banda, o palco foi tomado por fãs ensandecidos pela música, pelo álcool e outras coisinhas mais.

A FESTA CONTINUA…

Foi lindo, foi emocionante e ainda tem mais…

Dia 12 de março tem mais um Pré Fest no Fabrique, com Surra, Damn Youth, The Damnation, Sangue de Bode e Fossilization.

Você pode encontrar os ingressos no link abaixo:

https://www.clubedoingresso.com/evento/surra-damnyouth-fossilization-sanguedebode-thedamnnation

E no dia 25/05 acontece no Carioca, o Kool Metal Fest, com uma programação imperdível:

Ratos de Porão lançando o seu novo disco, os deuses do death metal Krisiun, a estréia da Crypta no Brasil, a banda belga Belphegor e muito mais…

Ingressos disponíveis no link abaixo:

https://www.clubedoingresso.com/evento/koolmetalfest

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2 Comments on “Como foi o primeiro Kool Metal Pré-Fest 2022 em São Paulo”

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