Texto: Andrei Ramirez / Fotos: Gustavo Diakov
Agradecimentos: JZ Press & Dark Dimensions Produções
Domingo (30/10) era de segundo turno nas eleições presidenciais, e de governador para o Estado de São Paulo, a previsão de entrada da primeira banda no palco era para ás 18 horas, e por volta das 16 não se via fila ou concentração de público nas imediações do Carioca Club, porem quem esteve nos arredores antes do inicio dos shows, teve oportunidade de tirar algumas fotos com os artistas.
Maioria dos comércios fechados, davam espaço para ainda poucos comerciantes de rua, entre os de bebidas e camisetas. Algo fora do costumeiro movimento de ‘’porta de show’’ Antes de entrar, um breve tempo para troca de idéias entre colegas de outras mídias, entre fotógrafos e redatores, que comentavam entre próximos shows e festivais. O público que não se concentrava na entrada, se dava ao fato da liberação da fila previamente, e para surpresa, embora todos os fatores que menciono no começo do texto, já havia uma quantidade razoável de pessoas na pista da casa, para receber o Gene Loves Jezebel que iniciou sua apresentação por volta das 18:15.
Como é de conhecimento de muitos (porém não todos), após uma separação não das melhores entre os irmãos gêmeos da formação original Jay e Michael Aston, hoje existem dois grupos que carregam o mesmo nome, e o de Michael era o presente para esta apresentação, ao lado de Chad Stewart na bateria, Nick Rozz na guitarra e baixo de Chad McDonald. Dentre as danças de Michael, menção ao Joy Division, e clássicos da época como Motion of Love e Desire, o público se dividiu entre acompanhar o show, e acompanhar a apuração das eleições no celular, as recepções mais calorosas do público foram aos clássicos mencionados, em uma performance relativamente morna, e com uma rouquidão (além da natural) de Michael.
Ao final da apresentação do Genes Love Jezebell, e inícios dos preparativos para a entrada do The Mission, já se notava a pista enchendo com poucos espaços para transitar, uma leve fila nos caixas para o ‘’refresco’’ do intervalo no bar, rs.
Sem mais delongas, e com o play na intro, ainda de cortinas fechadas, já se notava os decibéis mais altos nas caixas de som, para o início da Deja Vu Tour (essa que se trata da última do The Mission na América do Sul, embora Wayne já more a algum tempo no Brasil, rs). Alex Baum na bateria, baixo com Craig Adams, e Simon Hinkler dividindo as guitarras com Wayne, ´´Beyonde The Pale’’ abre o set do The Mission.
Além do som de palco se apresentar mais alto do que no show de abertura, eu ressalto a qualidade do mesmo, onde todos os instrumentos podem ser notados devidamente e a peculiaridade de seus timbres também, a bateria precisa, o baixo tão importante em bandas do gênero, literalmente, ‘’sentido’’ a cada execução das músicas, e a dissonância das guitarras que ajudam na ‘’viagem’’ ao ouvir as músicas.
Outra coisa notada, é que embora bandas clássicas, costumem trazer um público mesclado de gerações aos shows, neste em si, eu notei que em sua maioria o público era numa média de 35+ , raros jovens e muitas cabeças brancas, rs. Voltando ao show, o The Mission costuma variar em seus sets, além das clássicas Severina, Butterfly on a Whell e Wasteland, dá espaço pra covers, que nesta noite foram de Like a Hurricane do Neil Young, Tomorrow Never Go dos Beattles, e a que mais me empolgou, como um suspeito fã de Sisters of Mercy para comentar, foi para o trecho de Marian, que começou com leves entonações no instrumental, até que Wayne entonasse um trecho nos vocais, e o fechamento ficou com Tower of Strenght, esta com a companhia de membros do Gene Loves Jezebel no palco. Com dizeres de ‘’Obrigado’’ Wayne, e os colegas se despede.