Com aniversário de self-titled, Escape the Fate da uma verdadeira festa no Carioca Club!

Fotos: Marina Martins

Texto: Bruno de Carvalho

Agradecimentos: Gig Music / Erick Tedesco & Tedesco Comunicação e Mídia

Chegamos ao evento antes da abertura para o público geral, que foi pontualmente ás 19:00. A fila já estava formada e do lado de dentro, vimos alguns fãs que adquiriram o VIP e tiveram acesso ao camarim do Escape the Fate. Garantiram um lugar na grade enquanto compartilhavam a experiência de conhecer os músicos, tirar fotos e ter pósteres exclusivos autografados. Tivemos também o previlégio de acompanhar a passagem de som da banda de abertura, que me deixou muito empolgado para o show. 

Ás 19:50, a AXTY abre a noite e mostra como a junção de diferentes influências musicais pode ser executada de forma majestosa. A apresentação se inicia com “Helpless”, faixa título do primeiro álbum de estúdio, lançado em 2021. Escolha certeira para mostrar todo o potencial dos músicos, que surpreende muito com peso, técnica e melodias que transmitem muita emoção. “A Letter to my Ghosts”, “Dead Inside” e “Until We die” mostram o ótimo trabalho realizado pela banda em seu debut. 

“Roses For You”, que será lançada no próximo dia 31 também fez parte do setlist e teve uma ótima recepção do público presente na casa, desde os que, assim como eu, estavam prestigiando o ao vivo pela primeira vez, aos que já acompanham a banda há mais tempo, trajados com camisetas do grupo e proferindo elogios a cada intervalo de música.

Felipe Hervoso é um vocalista muito habilidoso, surpreende ao executar guturais agressivos, drives e vocais clean com um controle incrível. Como um grande fã de Fear Factory que sou, fiquei extremamente impressionado com a perfomance. 

O instrumental é técnico, com influências de metalcore e djent. Guitarras de 7 cordas afiadíssimas nas mãos dos guitarristas Guilherme Pagani e Felipi Grivol, que utilizam de uma afinação baixa e matadora. Palhetadas precisas, executadas pelo baixista Jonathas Peschiera, que também é responsável por backing vocals. Gabriel Vacari fecha o time, com incríveis linhas de pedal duplo e muito peso nas baquetas.

“What I’ve Become” transmite os sentimentos de melancolia e ira. Encerra o show e me deixa impactado. A apresentação além de pesada, é emotiva e sentimental. O trabalho da AXTY merece ser compartilhado com quem ama música, com quem se conecta de forma que, se permite sentir na alma. 

Após uma discotecagem emo, que deu uma aquecida na galera que já estava no aguardo do “Emo Revival”, com direito a músicas do My Chemical Romance e Panic! at the Disco, ás 20:45, o Escape the Fate sobe ao palco. Em sua quarta apresentação no país, eles retornam para comemorar os 12 anos de seu segundo álbum, o self-titled. Dos músicos que participaram da produção desse trabalho, apenas o baterista Robert Ortiz está presente na atual formação do grupo.

Luzes baixas, o logo ao fundo em vermelho e aos gritos de “Choose your fate! Choose your fate!”, a banda inicia a apresentação com “Massacre”, música que une as influências do emocore, screamo e metalcore. O guitarrista “TJ” Bell impressiona em seu backing vocal, com guturais graves e potentes. O público já mostra aos caras o quanto estão empolgados, cantando cada frase da música, pulando e abrindo um moshpit no meio da pista. O breakdown atrelado aos gritos de “Die! die, die, die!” é matador. Craig Mabbitt rasga elogios, dizendo que a crowd é a melhor de todas. O vocalista é muito carismático, a todo momento com o público nas mãos! Bell registra fotos da galera, que posteriormente foram publicadas no feed de seu Instagram. 

“Zombie Dance”, “Gorgeous Nightmare” e “City of Sin” são músicas de grande influência do Hard Rock. Muitos dançavam enquanto cantavam, essa sequência foi certeira para animar ainda mais o público. É interessante notar que assim como a banda escolhida para a abertura, o Escape the Fate utiliza da mesma fórmula em suas composições, com muitas influências musicais. 

“Day of Wreckoning” da sequência a apresentação e no decorrer da faixa, ocorre um evento cômico: um fã vestido de Homem-Aranha sobe ao palco e após interagir com alguns dos integrantes, cai! Apesar de parecer uma queda feia, Craig se certificou de que estava tudo bem. Como diz aquele meme: “morreu, mas passa bem!”  Bell deu uma palhinha da clássica música tema do super-herói, tirando risos e palmas dos fãs. Momentos únicos que ficam na memória para sempre!

A balada “Lost in Darkness”, que tem grande influência do Pop dos anos 2000, traz uma vibe mais tranquila ao ambiente e aquece o coração dos casais presentes. “Prepare Your Weapon” por sua vez, com uma intro de riffs progressivos e pedais duplos contínuos, desperta os amantes do moshpit e segue com linhas melódicas caricatas do emocore. 

A primeira parte do show se encerra com “The Aftermath (G3)”, faixa com linhas mais técnicas, riffs precisos, solo de guitarra com tappings e harpejos, breakdows, gutural e muita melodia vocal. A banda realmente surpreende saindo do padrão das demais músicas do álbum que foi executado (quase) na íntegra, com exceção da música “World Around Me”. Uma pausa é dada para os músicos se prepararem pro Encore que está por vir.

O guitarrista Matti Hoffman retorna ao palco, tocando o saudoso riff de “The Number of the Beast” do Iron Maiden e em seguida, apresenta um solo de guitarra com muita técnica. O músico está substituindo Kevin Thrasher, que está afastado das turnês no aguardo do nascimento de seu filho. Escolha mais que certa, Hoffman é muito habilidoso e talentoso!

Com a banda de volta ao palco, “Lightning Strike” da início a segunda parte da apresentação, monstrando que os músicos ainda tem fôlego para mais uma sequência de músicas. Com ritmo dançante, a galera entra na empolgação da banda que está dando uma verdadeira festa! Um fã grita, pedindo para que “The Flood” seja tocada e é atendido! Craig dedica a música ao sortudo, uma atitude muito legal de se prestigiar. “Broken Heart” e “Ashley” dão sequência a momentos emocionantes para os fãs. É nítido que ambas são como hinos, pois suas melodias e refrões resgatam a essência do emocore.

“This War is Yours (The Guillotine II)”, faixa título do álbum de 2010, da início a um momento inesperado:  Mabbitt pede para que um Wall of Death seja aberto. A galera do mosh atende o pedido do vocalista e representa! “One for the Money” encerra a apresentação, aos gritos de “Are you ready motherfuckers? Are you ready? Let’s go!”. 

Os músicos se despedem e é nítido o encanto com o público brasileiro. Robert Ortiz desce do palco e distribui baquetas e setlists, além de ir até a grade para abraçar e agradecer os fãs. Podemos aguardar um futuro retorno, prometido pela banda, que deu uma verdadeira festa nesse sábado (27), mostrando que o emo e metalcore estão mais vivos do que nunca!

Setlist AXTY:

  1. Helpless
  2. A Letter To My Ghosts
  3. Dead Inside
  4. Not Afraid To Die
  5. Until We Die
  6. Walk Away
  7. Forever Yours
  8. The Beauty In Breaking
  9. Roses For You
  10. What I’ve Become

Setlist Escape the Fate:

  1. Choose Your Fate
  2. Massacre
  3. Issues
  4. Zombie Dance
  5. Gorgeous Nightmare
  6. City of Sin
  7. Day of Wreckoning
  8. Lost in Darkness
  9. Prepare Your Weapon
  10. The Aftermath (G3)

Encore:

  1. Lightning Strike
  2. Something
  3. The Flood
  4. Broken Heart
  5. Ashley
  6. This War Is Ours (The Guillotine II)
  7. One for the Money

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About Gustavo Diakov

Idealizador disso aqui, Fotógrafo, Ex estudante de Economia, fã de música, principalmente Doom/Gothic/Symphonic/Black metal, mas as vezes escuto John Coltrane e Sampa Crew.

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