Review: Soilwork: Övergivenheten (2022)

Texto: Guilmer da Costa

Agradecimentos: Nuclear Blast & Marcos Franke

O novo álbum foi escrito e gravado ao longo de três sessões entre janeiro e dezembro de 2021, o 12º álbum das lendas suecas Soilwork continua muito na mesma linha dos lançamentos recentes anteriores. O som é orgânico e natural, a reprodução fluida e energética. O resultado geral: espetacular!

Soilwork sempre foi a banda pelo qual me apaixonei pelo Death metal melódico e me fez cair de cabeça no gênero lá pelos meus 15 anos, desde de então a cada álbum eu me apaixono mais pela banda.

Com At The Gates, Dark Tranquillity e Arch Enemy ainda lançando excelentes álbuns, além da próxima luta de bilheteria entre In Flames e The Halo Effect, Death metal melódico sueco tem se estado em seu mais alto nível em anos. Naturalmente, você não pode se aproximar do subgênero sem mencionar Soilwork, que tem estado em sua própria corrida de evolução e forma, como evidenciado por seu último completo, “Verkligheten” de 2019, e o excelente EP 2020, “A Whisp Of The Atlantic.”

‘Övergivenheten’ é traduzido como ‘The Abandonment’, que é o tema que percorre o álbum. Ela se baseia nos últimos anos, nas questões pessoais dentro da banda e nos temas mais amplos de simplesmente se sentir sozinho. Com 14 músicas e um tempo de execução de 65 minutos, é um majestoso e às vezes de tirar o fôlego. O Soilwork escreve e executa uma música que se coloca como um exemplo de como combinar elementos de extremo com os melhores componentes do rock melódico e hard rock. O resultado é um álbum que certamente aparecerá na lista de melhores do ano, não tenha dúvida.

Mas vamos para o que interessa!

Começamos com a faixa título “Övergivenheten”, que já é uma das minhas preferidas do álbum e da banda. A faixa tem um refrão lindo que fica na cabeça por dias, as vezes me pego do nada cantarolando ela no meu dia a dia, um som magnifico que vai conquistar os fãs da banda na primeira audição. Aqui o Björn se mostra um dos vocais mais versáteis da cena a anos.

A música seguinte “Nous Sommes La Guerre” chamam a nossa atenção imediatamente, cheia de riffs pesados, e os vocais fenomenais de Björn, o trabalho de guitarra de David Andersson e Sylvain Coudret, bem como os sintetizadores exuberantes e em camadas de Sven Karlsson. Este último vem com ampla atmosfera e emoção.

Em “Electric Again” a faixa nos fornece o exemplo instantâneo de como o Soilwork pode incorporar elementos mais pesados em sua composição de músicas, e também que apresenta algumas linhas de baterias impressionantes do monstro Bastian Thusgaard. A faixa é brutal e feroz, mas também incorpora as melodias pelas quais esta banda é reconhecida.

“Valleys Of Gloam” é anestésico e instantaneamente memorável, outra faixa com vocais quase exclusivamente que limpos. A banda faz um excelente trabalho com a tracklist em “Övergivenheten”, seguindo as músicas acessíveis com as que são mais pesadas, dando ao disco uma vazão suave e fluxo, tornado assim ele bem dinâmico e não soando cansativo para um álbum de 65 minutos, ponto para o Soilwork.

A faixa “Is It In Your Darkness” possuí o som de sintetizadores e vocais limpos, com uma surpreendente e eficaz trecho de violino. Dada a enorme satisfação que Speed tem do fascinio com o AOR da The Night Flight Orchestra, não é surpresa ver as semelhanças em alguns momentos entre as duas bandas.

“Vultures” é outra faixa em que Thusgaard brilha no final com um piano e fornecendo assim ao ouvinte uma primeira metade do álbum muito agradável e espetacular. A ponte com a segunda parte é o suave instrumental ‘Morgongåva / Stormfågel’, que fornece o interlúdio perfeito e pausa para recuperar o fôlego.

Se você está familiarizado com Soilwork, então você vai saber que eles podem criar hinos à vontade. Passe cinco minutos com “Death, I Hear You Calling” e você estará pulando com os braços no alto e nem perceberá. Em comparação, as batidas esmagadoras de “This Godless Universe” permitem ao baterista Bastian Thusgaard demonstrar seu poder com uma exibição estrondosa que se enfurece e combina perfeitamente com os vocais excelentes de Strid.

Com a maioria das faixas em média em torno da marca de quatro a cinco minutos, também deve haver espaço para a banda ser um pouco mais expansiva e experimental.

Finalmente, em ”On The Wings Of A Goddess / Through Flaming Sheets Of Rain” envolve a maioria das ideias de “Övergivenheten” em sete minutos e meio de duelos de guitarras, várias texturas e camadas, e claro, os vocais magníficos de Bjorn, encerrando um álbum vitorioso em grande estilo.

“Övergivenheten” é um álbum que eu ouvi em looping nos últimos dias. É simplesmente foda demais. As músicas são memoráveis, a musicalidade e a experiência geral fantástica. Independentemente do seu gênero, isso vale a pena o seu tempo.

O ressurgimento de Soilwork é um dos melhores lançamentos do gênero e do ano. Não vejo a hora de conferir isso ao vivo. Que retornem logo para o Brasil!

Soilwork – Övergivenheten (2022)

Formação SOILWORK:
Björn “Speed” Strid – vocais
David Andersson – guitarras
Sven Karlsson – teclados
Sylvain Coudret – guitarras
Bastian Thusgaard – bateria
Rasmus Ehrnborn – baixo

  1. “Övergivenheten”
  2. “Nous Sommes la Guerre”
  3. “Electric Again”
  4. “Valleys Of Gloam”
  5. “Is It In Your Darkness”
  6. “Vultures”
  7. “Morgongåva/Stormfågel”
  8. “Death, I Hear You Calling”
  9. “This Godless Universe”
  10. “Dreams Of Nowhere”
  11. “The Everlasting Flame”
  12. “Golgata”
  13. “Harvest Spine”
  14. “On The Wings Of A Goddess Through Flaming Sheets Of Rain”
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About Guilmer da Costa Silva

Movido pela raiva ao capital. Todo o poder ao proletariado!

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