Testament: A trajetória implacável do thrash metal em 12 álbuns marcantes

Foto: Flávio Santiago

Desde a estreia explosiva com The Legacy em 1987 até o peso técnico e vigoroso de Titans of Creation em 2020, o Testament construiu uma discografia que atravessa décadas, estilos e tendências sem perder a essência do thrash metal. Entre mudanças de formação, experimentações com o death metal e retornos triunfais ao som que os consagrou, cada álbum é um capítulo fundamental na história da banda e do próprio gênero. Nesta matéria, revisitamos todos os discos de estúdio do grupo californiano, analisando o contexto de lançamento, a recepção e o legado de cada obra.

The Legacy (1987)

O álbum de estreia The Legacy chegou com fúria na cena do thrash metal, estabelecendo a voz intensa de Chuck Billy, ao lado das guitarras habilidosas de Alex Skolnick e Eric Peterson. Segundo críticas no Metal Archives, esse disco é visto como “um clássico incontestável”, com solos “melódicos” e “ridiculamente habilidosos”, além de riffs devastadores e vocais joviais dominantes — muitos fãs e críticos consideram essa performance vocal de Billy a melhor de toda a discografia.Em fóruns como o Reddit, fãs descrevem The Legacy como “um turbilhão de thrash implacável… maravilhoso do início ao fim”.

The New Order (1988)

Com lançamento em maio de 1988, esse disco foi o responsável por catapultar o Testament ao mainstream. Foi o primeiro álbum da banda a entrar na Billboard 200 (posição 136) e permaneceu lá por 13 semanas. Reconhecido pela crítica como uma evolução artística — com AllMusic elogiando como a “melhor obra até então”The New Order foi também incluído em listas como “20 Essential Eighties Thrash Albums” da Revolver .

Practice What You Preach (1989)

Chegando em agosto de 1989, o terceiro álbum lançou singles memoráveis como “Practice What You Preach” e foi a primeira entrada da banda no Top 100 da Billboard. Embora considerado tecnicamente sólido, alguns fãs no Reddit o veem como inferior aos dois anteriores, mesmo reconhecendo a faixa-título como “uma obra-prima do thrash” e destacando a introdução como “uma clínica de composição”.

Souls of Black (1990)

Lançado em outubro de 1990, esse álbum marcou uma fusão de thrash técnico com influências progressivas, abordando temas como política, religião e guerra . Ainda que seu desempenho nas paradas tenha sido satisfatório — alcançou a posição 73 na Billboard — as críticas foram mistas; AllMusic considerou-o menos impactante que The New Order . No entanto, foi reconhecido pela Guitar World como um dos principais álbuns de guitarra daquele ano, na nona posição.

Low (1994)

Low apresentou uma virada sonora importante, com groove metal e até death metal, substituindo membros e introduzindo James Murphy e John Tempesta à formação. Foi o primeiro álbum sem Alex Skolnick e marcou o fim da era Greg Christian até 2008

Demonic (1997)

Com forte flerte ao death metal, Demonic foi um marco de ousadia na carreira da banda, com Gene Hoglan na bateria e Eric Peterson e Chuck Billy na produção. O álbum trouxe um tom mais sombrio, com temas de exorcismo e agressão lírica. Embora polarizando opiniões, reacendeu o interesse por uma sonoridade mais extrema.

The Gathering (1999)

Retorno ao thrash técnico com elementos de death, The Gathering trouxe Dave Lombardo na bateria e Steve Di Giorgio no baixo, além da produção de Andy Sneap. A obra foi saudada como um retorno à forma clássica da banda, sendo apontada como uma das melhores do fim dos anos 90 por fãs.

The Formation of Damnation (2008)

Após uma década sem material inédito, este álbum representou um renascimento. A produção de Andy Sneap e o vigor thrash conquistaram o prêmio de Melhor Álbum no Metal Hammer Golden Gods Awards, marcando um retorno impactante.

Dark Roots of Earth (2012)

Mesmo sem buscarmos fontes, sabe-se que esse álbum foi o mais bem-sucedido da banda nas paradas americanas até então, com estreia em 12º lugar na Billboard 200 — o que elevou consideravelmente o perfil comercial da banda dentro do metal moderno.

Brotherhood of the Snake (2016)

Lançado em outubro de 2016, é o 12º álbum da banda e marcou o retorno de Steve Di Giorgio. Estreiou em 20º lugar na Billboard 200, tornando-se o segundo melhor desempenho da banda depois de Dark Roots of Earth

Titans of Creation (2020)

O mais recente, lançado em abril de 2020, foi recebido com aclamação crítica: Metacritic atribuiu-lhe uma pontuação de 83/100, indicando “aclamação universal”. Críticos elogiaram a precisão, produção refinada e vigor thrash, ainda que o álbum seja considerado longo em sua duração O site Metal Injection elogiou faixas como “Children of the Next Level” e destacou a excelência de todo o conjunto musical. No Reddit, muitos fãs o consideram um dos melhores lançamentos recentes:

“Sinto que é muito como um álbum clássico do Testament com toques modernos.”.
Outros apontam o tamanho como seu único ponto vulnerável, mas ainda assim o consideram sólido .

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