Fotos por Gustavo Diakov
Durante o último sábado (10), Foreigner se apresentou no Espaço Unimed em apresentação única na noite de São Paulo. O show traria a despedida da banda, dando a oportunidade de os fãs presenciarem nomes como: Bruce Watson, Damon Fox e Luis Maldonado (guitarra), Jeff Pilson (baixo), Chris Frazier (bateria), Michael Bluestein (teclado) e, não menos importante, Lou Gramm e Kelly Hensen (vocal).

O espetáculo contou uma abertura, que teve início às 20h, com Eric Martin (Mr. Big) e o Jeff Scott Soto (Journey/Yngwie J, Malmsteen), respectivamente. Apesar da casa não estar cheia, o show conseguia manter o público entretido, mas não totalmente animado.
Dentre as interações, após cantar “Daddy, Brother, Lover, Little Boy” e “Take Cover”, Eric Martin comenta sobre como o público do Brasil é “selvagem”, justamente por termos a fama de interagirmos demais com performances, sendo a deixa perfeita para acrescentar “Wild World” na setlist.

Já na vez do Jeff Scott Soto, ele interage muito e fala com muito orgulho sobre a honra de estar tocando naquela noite e podendo abrir o show do Foreigner. Inclusive, ele conta que “a versão dele de 14 anos estaria pirando agora”, caso soubesse que isso aconteceria em sua vida. Jeff conta também sobre as palavras que aprendeu no Brasil, como: “vocês são fda”, “caipiroska”, “do car**o”. Um repertório bem diferente do vocabulário de outros cantores que se apresentam no Brasil, diga-se de passagem.
Em relação ao Foreigner, não demorou muito entre o intervalo de shows, para que o público finalmente pudesse assistir ao que tanto aguardavam. E diferente do que estamos acostumados com o decorrer dos shows, a banda não abriu o setlist com alguma música mediana e foi trazendo algo mais agitado. Eles realizaram a sequência composta por “Double Vision”, emendando em “Head Games”, que seria a próxima.
Kelly Hensen agradece e pede para que o público faça mais barulho. Ele avisa que irá tocar muitas músicas incríveis naquela noite e antes de continuar, ele alerta que sairá um pouco do roteiro, pois ele gostaria de agradecer a equipe presente, que foi capaz de fazer a turnê na América Latina ser possível.

Ambos os artistas tiveram um setlist curto, em que Jeff cantou “This House Is on Fire” e “I’ll
Be Waiting”. O vocalista chegou a planejar um cover em específico, mas por algum problema técnico, mudou a sua escolha e apostou em “Separate Ways”, do Journey.
O vocalista deu ênfase nos assistentes de iluminação, um ponto que com o decorrer do show, o público conseguiu notar que realmente eles influenciam para que tudo fique em harmonia, criando uma sintonia entre integrantes. Em seguida, vemos a iluminação trazer à tona o discurso feito pelo vocalista, em que os feixes de luzes brancas fazem alusão à frieza cantada em “Cold as Ice”. E para quem imaginou que o melhor fica para o final, o Foreigner mostrou que não é bem assim, pois trouxeram “Waiting for a Girl like You” acompanhado de uma iluminação em tom fúcsia.

Houve uma breve pausa, em que as luzes foram acendidas e Hensen fazia gestos
de coração com as mãos, dizendo o quanto amava os fãs que estavam presentes. Logo, ele
revela que a canção em seguida era a favorita dele no setlist, convocando o guitarrista Mick
Jones para começar “That Was Yesterday”.
Em “Dirty White Boy”, assim como já foi revelado em outras entrevistas com
integrantes da banda, o vocalista relembra que esta canção escrita por Mick Jones e Lou
Gramm era espelhada em Elvis Presley.

Antes de dar início a “Feels Like the First Time”, Hensen convoca os fãs para uma brincadeira, pois ele revela que ouviu falar como São Paulo ama cantar. Portanto, ele resolveu fazer uma brincadeira, em que ele dividiu o público para que cada lado, assim que ele apontasse, pudesse cantar o trecho do refrão. Ele também conta que são gratos por essa canção tocar no mundo inteiro em 1977, o ano de seu lançamento.
Em “Urgent”, fazendo jus ao tema discutido na letra da música, o palco se iluminou em vermelho e amarelo, como um sinal de alerta.

Logo em seguida, iniciou-se um dos momentos mais icônicos do show, em que o público presenciou não um, mas dois solos diferentes. Um feito pelo Michael Bluestein em seus teclados, e o outro, realizado pelo Deen Castronovo. Ao final, eles uniram os solos, criando uma experiência imersiva aos fãs.
O setlist foi concluído com “Juke Box Hero”, em que Hensen convida Lou Gramm ao palco, em que o vocalista original foi ovacionado e celulares foram erguidos para gravarem aquele momento especial.

E como era de se esperar, o show contou com algumas faixas bônus, incluindo clássicos como: “Long, Long Way From Home”, “I Want to Know What Love Is” e “Hot Blooded”, todas performadas por Lou Gramm, enquanto Kelly Hensen acompanhava tocando uma pandeirola.
Foreigner entregou um espetáculo, em que os fãs jamais esquecerão esta noite. As canções mantiveram o público animado e cantando com todos os pulmões. Foi uma despedida que, apesar de triste, valeu cada minuto e canção performada.
Setlist
● Double Vision
● Head Games
● Cold as Ice
● Waiting for a Girl Like You
● That Was Yesterday
● Dirty White Boy
● Feels Like the First Time
● Urgent
● Keyboard Solo / Drum Solo
● Juke Box Hero (with Lou Gramm)
Bis
● Long, Long Way From Home (com Lou Gramm)
● I Want to Know What Love Is (com Lou Gramm)
● Hot Blooded (com Lou Gramm)