Resenha: Ravel – Impermanente

Ravel encara mudanças e traz sonoridade moderna no álbum Impermanente

Na ativa desde de 2015 a banda Ravel finalmente lança seu primeiro full, intitulado “Impermanente”. Com nove músicas calcadas no rock, pop e alguns momentos hardcore, a banda trás uma sonoridade moderna em primeiro disco. A produção ficou a cargo do grego Nick Grivellas.

O álbum começa com a faixa “Sete Chaves”, aqui a guitarra de Kai Rodrigo soa quase um hardcore com flertes de stoner rock; um som pesado, com uma letra excelente. A música vai crescendo e se tornando maior do que esperávamos. Em “Névoa” temos uma estética semelhante a bandas que surgiram ali em 2010 que bombaram na MTV Brasil, ela também ganhou um clipe lançado ano passado. Essa faixa representa muito bem o disco.

O álbum continua com a calma “Flores”, essa faixa da um tom mais melancolico, a letra aqui fala sobre fé, mas não em um sentindo religioso, e sim faz o ouvinte ter fé em esperança e sabedoria. Fazer nós colocarmos em prática os ensinamentos adquiridos no dia de ontem.

Em “Então é isso” temos uma música com uma letra que parece ser bem pessoal, aqui temos personagem imerso em um conflito interno, oscilando entre aceitar a dura realidade e negar o inevitável. Esse estado sem retorno é a perda, a dolorosa despedida de um amor que não verá o amanhecer de um novo dia. Uma faixa perfeitamente para ser tocada ao vivo e ver geral cantando juntos.

Na acústica “Fora do Lugar” faz o ouvinte ser surpreendido, aqui o baixo do Fábio Chexx é destaque, que faz a faixa ter um excelente groove. Aqui temos que se trata da tristeza pelo fim de um relacionamento, fala das dores do coração e pelas falsas boas lembranças.

Chegando na parte final do álbum, na música “Radar”, temos a faixa mais diferente do álbum. O tom é de um emocore com stoner rock, fazendo o ouvindo pensar que esta ouvindo uma nova banda, e isso não é um ponto negativo, e sim positivo, porque mostra a versatilidade da banda. A letra descreve a interação do personagem principal com a avaliação da sociedade em relação às suas decisões e como ele conduz sua vida, resultando em uma mistura de sentimentos que incluem frustração, impotência e desolação.

Na faixa “Novo ideal” o rock aqui impera e deixa a musica muito forte, a letra questiona a necessidade de adquirir o senso de pertencimento para se sentir incluído na sociedade ou em um grupo de pessoas. Na penultima música do disco, a música “Leal”, a banda arrisca um lance eletrônico misturado com rock alternativo.

O single “Planar” encerra o disco de uma forma excelente, aqui a bateria da Jéssica Alberola de destaca, fazendo a música ser uma grande faixa. A música foi o último single a ganhar um video clipe.

A arte da capa é assinada pelo ilustrador e quadrinista Caio Gomes. ela é dominada por uma transição suave de tons frios que se inicia com o azul e culmina, no centro da cena, em um verde levemente entorpecido.

Tracklist:

  1. Sete Chaves
  2. Névoa
  3. Flores
  4. Então é isso
  5. Fora do Lugar
  6. Radar
  7. Novo Ideal
  8. Leal
  9. Planar
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About Gustavo Diakov

Idealizador disso aqui, Fotógrafo, Ex estudante de Economia, fã de música, principalmente Doom/Gothic/Symphonic/Black metal, mas as vezes escuto John Coltrane e Sampa Crew.

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