ALTER BRIDGE – PAWNS & KINGS

A turnê do álbum “Pawns & Kings” passa pelo Brasil dia 8 de Novembro

À medida que o Alter Bridge se prepara para lançar seu sétimo álbum de estúdio, é surpreendente pensar que estão há quase duas décadas na estrada. No entanto, estão tão enraizados no coração dos fãs de rock que é difícil imaginar uma era sem sua presença constante na cena.

Foi um período movimentado para os integrantes do Alter Bridge. Tanto Mark Tremonti quanto Myles Kennedy lançaram álbuns solo nos últimos doze meses. Além disso, Kennedy contribuiu para o último trabalho de Slash, enquanto Tremonti presenteou o mundo com seu álbum “Tremonti Sings Sinatra”, uma obra de arte verdadeiramente impressionante. Como encontram tempo para se dedicar também ao Alter Bridge permanece um mistério para mim, mas esses homens incansáveis do rock se reuniram novamente com Brian Marshall e Scott Phillips para criar o álbum “Pawn & Kings”, que chega em outubro, seguido por uma extensa turnê pelo Reino Unido ainda este ano.

Ao embarcarmos nas primeiras faixas, “This is War” e “Dead Among The Living”, somos imersos novamente na imponente sonoridade do Alter Bridge. A voz única de Myles se destaca, marcando o início do álbum de onde “Walk The Sky” de 2019 nos deixou. Este é o Alter Bridge que os fãs conhecem e adoram.

“Silver Tongue” traz uma abordagem diferente, com um riff grandioso que introduz o ouvinte à música de forma rápida e cortante como uma navalha. Quando a linha de baixo e a bateria entram, a experiência se torna simplesmente majestosa. Por sua vez, “Sin After Sin” assume um tom mais sombrio, com vocais evocativos e uma paisagem sonora que envolve o ouvinte.

Não há como negar que este é um álbum típico do Alter Bridge. Se você não era fã da banda anteriormente, este disco provavelmente não mudará sua opinião. No entanto, para aqueles que estão abertos a algo novo e para os milhões de fãs existentes, este é um forte candidato a álbum do ano.

O Alter Bridge é uma daquelas bandas que, mesmo após 18 anos, ainda me surpreende, emociona, intriga e me faz sentir a mesma empolgação como se fosse a primeira vez. Ainda posso ouvir os ecos do melódico Creed nos primórdios de “One Days Remains” (2004), ou a consolidação de uma identidade em “Blackbird” (2007), passando pela intensidade sombria de “ABIII” (2010), até a complexidade e velocidade de ideias em “Fortress” (2013), os momentos desafiadores de “The Last Hero” (2016) e as novas explorações em “Walk The Sky” (2019).

Cada um dos seis álbuns anteriores teve um impacto distinto, mas significativo, em minha vida. O quarteto formado por Myles Kennedy (vocais), Mark Tremonti (guitarra), Brian Marshall (baixo) e Scott Phillips (bateria) conquistou um som verdadeiramente singular que se destaca, felizmente, da bem-sucedida história de sua antiga banda. Ainda assim, a cada novo trabalho de estúdio, eles conseguem trazer elementos empolgantes e frescos. Desde “Blackbird” (2007), eles se estabeleceram como uma das bandas mais influentes da era moderna do rock, e para mim, “Fortress” (2013), seu quarto álbum, continua sendo um dos melhores da década. A voz de Myles continua a me cativar até hoje, e Tremonti solidificou seu lugar como um dos guitarristas mais proeminentes da cena atual do rock/metal.

Antes de qualquer detalhe ou análise sobre o que “Pawns & Kings” nos reserva, é imperativo dizer que os quatro músicos do Alter Bridge estão em um patamar acima do comum. A voz de Myles Kennedy, agora com cinquenta anos, parece um pincel molhado, capaz de pintar qualquer tonalidade em uma tela branca sem esforço. Os riffs e solos de Mark Tremonti trazem uma mistura envolvente de complexidade, melodia e peso, que se complementam de forma quase instintiva. Brian Marshall e Scott Phillips formam uma cozinha entrosada, tão afinada quanto o meio campo do Barcelona em 2009. Esta banda parece estar longe de mostrar qualquer sinal de desgaste.

As faixas iniciais, “This Is War” e “Dead Among The Living”, servem como a porta de entrada para o que talvez seja o álbum mais robusto da banda até o momento. “Dead Among The Living” traz um riff ao estilo de “Isolation”, e ao longo do álbum, testemunhamos um Tremonti mais direto em suas composições, porém com a força de uma bigorna por trás de cada nota. “Silver Tongue” é outro exemplo de uma música encorpada, mas incrivelmente melódica e com um ritmo um pouco mais acelerado. A grandiosa e extensa “Sin After Sin” apresenta uma introdução tribal na bateria que quebra um pouco da intensidade, mas o riff entrega algo mais sombrio e carregado (uma das faixas mais distintas na trajetória da banda).

“Stay”, onde Tremonti assume a liderança nos vocais, e “Holiday” são, diria eu, as faixas mais “Alter Bridge” de todo o álbum. Tudo nessa seção me lembra da essência da banda; um refrão cativante e épico, harmonias de guitarra que dialogam de maneira orgânica e uma ponte que acrescenta uma dimensão diferente à experiência. “Fable Of The Silent Son” é a “epopeia” do álbum, curiosamente, é a mais longa da carreira da banda (8:22), e funciona de forma excepcional. A interpretação de Myles nesta faixa é o ponto alto de sua performance ao longo do álbum. Simplesmente incrível!

“Season Of Promise” é a faixa que menos me impactou, não decepciona, mas também não traz algo particularmente cativante ao conjunto. Em contraste, para encerrar o álbum, “Last Man Standing” e a faixa título “Pawns & Kings” são duas das melhores criações de toda a trajetória da banda. Eles realmente reservaram o melhor para o final.

Encerrando o escopo técnico de Pawns & Kings, a arte de capa assume o protagonismo. Concebida por Dan Tremonti, apresenta um peão com uma aura sombria, erguido em um pódio, enredado por uma serpente. Nesse ponto, o artista conseguiu condensar toda a temática de manipulação e artifício que permeia o álbum. Adicionalmente, ao fundo, surge uma ponte, evocando a ideia de um ciclo findando e um novo horizonte se desenhando, ecoando a arte de One Day Remains, o álbum de estreia da banda. Assim como uma ponte conecta diferentes terras, parece desafiar o próprio ouvinte: qual caminho será trilhado?a.

É evidente que o Alter Bridge permanece unido há 18 anos porque, musicalmente, são verdadeiramente coesos como uma unidade. “Pawns & Kings” reafirma isso mais uma vez, sendo um álbum sólido que demonstra por que a carreira de quase duas décadas da banda está longe de chegar ao fim (graças a isso!). É um equilíbrio notável entre luz e sombra, que continua a me surpreender nos detalhes tanto óbvios quanto subentendidos, e consolida ainda mais a banda como uma das mais importantes e influentes na cena do metal alternativo deste século.

TRACKLIST:

  1. This Is War
  2. Dead Among The Living
  3. Silver Tongue
  4. Sin After Sin
  5. Stay
  6. Holiday
  7. Fable Of The Silent Son
  8. Season Of Promise
  9. Last Man Standing
  10. Pawns & Kings

SHOW NO BRASIL

SERVIÇOS:

Cidade: São Paulo
Data: 08 de novembro de 2023 (quarta-feira)
Local: Espaço Unimed, Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda – SP
Portas: 19h
Show do ALTER BRIDGE: 21h

Produtora: Mercury Concerts

Classificação Etária: 16 anos (desacompanhados). Menores de 16 anos poderão comparecer ao evento desde que acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais. Informação sujeita a alteração, conforme decisão judicial.

Preços Inteira Meia
Pista Premium R$ 500,00 R$ 250,00
Pista R$ 300,00 R$ 150,00
Mezanino R$ 550,00 R$ 275,00
Camarote A R$ 700,00 R$ 350,00
Camarote B R$ 650,00 R$ 325,00

Na internet:

Postos de venda: Confira no link qual o ponto de venda mais próximo: https://www.ticket360.com.br/ponto-de-venda

Ponto de venda sem taxa de conveniência:

https://www.ticket360.com.br/evento/27652/ingressos-para-alterbridge

Bilheterias do Espaço Unimed
Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda – São Paulo – SP
Horário de Funcionamento: segunda a sábado das 10h às 19h, exceto feriados

Meia Entrada:

Confira a política de meia entrada em: https://www.ticket360.com.br/meia-entrada

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About Guilmer da Costa Silva

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