Ìcones do black metal norueguês da década de 90, voltam com um álbum de inéditas, após
uma longa disputa judicial pelos direitos do nome Immortal, após a separação de Demonaz e
Abbath. Assim sendo, a banda segue com Demonaz, Abbath (já há algum tempo) segue em
carreira solo, e neste período, apresentou problemas não conseguindo concluir apresentações
ao vivo, devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Anunciou que entraria em
reabilitação, e em um de seus relatos a mídia durante o tratamento, soltou um ‘’Be sober,
sucks’’ (risos). Retomando as atividades ao vivo, pós pandemia, e não sendo mais noticiado
problemas do tipo.
War Against all, single que dá nome ao álbum é faixa de abertura e que nos apresenta um rolo
compressor, com riffs marcantes, mostrando que o álbum a princípio terá uma pegada Sons of
Northern Darkness, mas com aquela ´´sujeirinha sonora“ na produção, que nos remete ao
Pure Holocaust.
Wargods, vale comentar a tamanha semelhança com Tyrants (se proposital ou não, não
sabemos, rs). Em Return to Cold, mais uma surpresa em questão de semelhança, a música me
remeteu muito a clássica Mighty Ravendark.
Em todo caso, a esta altura do álbum, talvez o que menos cabe sejam tais comparações
(embora inevitáveis, rs), pois já nos encontramos envoltos a atmosfera sonora sempre
proposta e tão característica da banda, guitarras hora densas, hora cadenciadas e os tão
essenciais riffs gélidos que dão a obscuridade necessária, bem como a bateria e seu
acompanhamento aos riffs, hora em densas cavalgadas, hora em blastsbeats dos mais
rasgantes possíveis
Quero destacar Nordlandihr, talvez uma das mais longas do álbum (7 min), que trás toda uma
evolução em seu decorrer, com diversas alterações, guitarras dedilhadas em quantia ideal para
não saturar e torná-la melódica demais para o gênero e Blashyrk My Throne, que tem o real
clima de encerramento do álbum.
Como um todo, acredito que o álbum irá agradar diferentes apreciadores do Immortal, que se
identificam com determinados álbuns da carreira da banda, pois embora haja todo um
contexto, o play conta com músicas um tanto diferentes umas das outras. E os vocais do
Demonaz, agradarão aos ‘’viúvos’’ de Abbath (risos) e que talvez não tenham ficado tão
satisfeitos com o material solo lançado pelo ex vocalista até o momento.