Cras e Enigma Ex Machina trazem o peso da ‘’música torta’’ ao FFRONT

Em um evento produzido pela Off The Rails (@offtherailsprod), um coletivo recém formado
mas que já vem mostrando a que veio após a recente turnê do Evilcult, as bandas
apresentaram o seu trabalho na casa localizada no bairro do Sumarézinho (Vila Madalena) em
SP
O local que conta com área externa, bar e palco no piso superior, também é sede da loja física
da Loud Love Vinyl (@loudlovevinyl), um dos distros que conta com um dos melhores acervos,
tendo versões limitadas, edições em vinil colorido, e alguns raros. Enquanto tomava uma
cerveja, namorei alguns que em breve espero adquirir, como um do Bloody Kisses do Type o
Negative.
Outros coletivos que tem como iniciativa o fomento do underground, estavam no apoio para a
noite como o Baile do Capiroto e o GoatCast, tornando uma agradável noite de ´´gente bonita, apreciadora de música feia“

A abertura da noite ficou por conta do Cras, tocando os singles lançados até então, e que
prepara material para seu primeiro full lenght. Fazem um sludge arrastado e cadenciado, com
o peso de metal e quebras de post metal, onde os vocais são divididos pela Mel e Lucas
(guitarra). O ambiente minimalista, a qualidade do som e iluminação fazem do FFFront um
excelente lugar para execução de shows dessa vertente, gerando todo o clima necessário.
Eu estava ansioso para ver o Cras pela primeira vez, pois nas demais ocasiões não pude estar, e
venho acompanhando a algum tempo. Eles tem mantido uma frequência de apresentações,
tendo inclusive participado do conceituado Araraquara Fest ao lado de nomes como Ratos de
Porão, Desalmado e Bayside Kings.
Destaque na apresentação para música Beta, que originalmente conta com a participação de
Mayara Puertas (Torture Squad) nos vocais, onde a Mel antecedeu o som, falando e
conscientizando aos presentes sobre as diferentes formas de violência sofridas pela mulher ao longo dos tempos (me arrepiei).

Seguimos a noite com o Enigma Ex – Machina. Formado em 2019, executou músicas de seu
álbum The Event Horizon, além de novos sons ainda não lançados, e que foram um excelente
spoiler do que está por vir. E gosto de bandas que fazem um som como eles, com diversas
influencias, onde se torna inrolutável a qualquer definição de gênero, trazendo desde linhas de
guitarra e vocais limpos progressivos, as partes com guturais rasgados de black, post metal. O
cadenciar de quem ouve o Enigma, trás uma sensação imersiva a introspecção, levadas pelo existencialismo e intensidade de suas letras.

A recepção dos presentes a ambas as bandas foi a das melhores, o que fortalece e mostra
necessidade de conhecermos e fomentar o novo, do ponto de vista musical, e não se prender a
tradicionalidades e saudosismos. Ambas as bandas relativamente novas, mas com excelentes
músicos, que nos deixam ansiosos para o lançamento de seus próximos materiais.

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About Andrei Ramirez

34, pai, bussiness man, vocalista. Cria do new metal, forjado no metal extremo e amante da gotiqueira (darkwave ). Resenhas de shows, álbuns e entrevistas.

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