Especial: Abraskadabra – Make yourself at home – (resenha e entrevista)

‘Make yourself at home’ é o novo álbum da banda curitibana de ska-punk pela gravadora americana Bad Time Records

O clima é de festa no salão. Várias pessoas estão conversando e uma música toca ao fundo. De repente, algumas batidinhas do garfo no copo pedem a atenção dos presentes: pare o que você está fazendo porque vai começar a nova fase do Abraskadabra. É assim que começa ‘Bunkers’, música de abertura do álbum ‘Make yourself at home’, o novo trabalho dessa banda de sete integrantes de Curitiba. Ska-punk brasileiro tipo exportação.

O caminho percorrido foi longo. Foram 18 anos de estrada, três demos, dois EPs e dois full-lenghts até chegar aqui, o terceiro álbum de estúdio da banda. O último trabalho do Abraskadabra, ‘Welcome’, foi lançado em 2018, e o nome do disco foi praticamente uma premonição. Foi ele quem deu as boas-vindas a toda uma nova leva de fãs, principalmente no exterior. Com esse álbum nas costas a banda fez uma turnê por mais de 20 cidades dos Estados Unidos, passou pela Escócia, Inglaterra, tocou em grandes festivais internacionais (Rebellion Fest, Boomtown Fair, Ska by Skawest) e chegou até o Japão. ‘Welcome’ ainda foi eleito um dos melhores discos de ska-punk do ano pelo site americano especializado Ska Punk Daily. Chamaram a atenção até de Vinnie Fiorello, ex-baterista e principal compositor do Less Than Jake, que elegeu o Abraskadabra como uma das promessas daquele ano: ““A mistura de skate punk, ska e pop punk é equilibrada e executada na perfeição. Ótimas linhas de sopro, bateria rápida e grandes melodias”.

Agora, três anos depois de saudar aqueles que foram chegando, o Abraskadabra quer que todos eles – todos vocês – fiquem à vontade e sintam-se em casa. O processo de composição começou há um ano e meio, mas foi acelerado durante a quarentena, quando o mundo parou. Sem bares, festas e shows, a música serviu de companheira para muita gente, e assim foi surgindo o conceito de ‘Make yourself at home’. “Queremos que o nosso público não apenas se sinta em casa, mas se encontre em casa, e seja novamente bem-vindo, agora à nossa nova casa”, diz o guitarrista e vocalista Eduardo “Du”.

O processo de composição foi todo feito à distância, algo que já era comum pra banda, já que o saxofonista e vocalista Thiago “Trosso” mora em Londres há 6 anos. E o nome do álbum mais uma vez reflete esse trabalho. O guitarrista e vocalista Rafael “Buga” conta “que o processo do disco é um processo de vida. ‘Make yourself at home’ também tem a ver com o momento que estamos passando. Na hora de ficar em casa, você conta com você mesmo. É sobre aprender a lidar com o seu próprio eu. Ler um livro, compor uma música, se sentir bem com você mesmo”.

As letras – compostas principalmente pelo trio Trosso, Du e Buga – trazem temas variados. No disco os fãs vão encontrar canções de amor (‘Time to love you’), de protesto (‘Set us free’ e ‘Cattle life’), sobre angústias (‘Not going back’) e até mesmo sobre o fim do mundo (‘Bunkers’).

Aqui no Brasil, o Abraskadabra cresceu, amadureceu e percebeu que o céu não era o limite. A banda rodou o país, fez shows lotados, abriu shows dos principais nomes do ska-punk internacional (Reel Big Fish, Less Than Jake, Goldfinger, Mad Caddies, Streetlight Manifesto), participou de programas de TV e rádio, festivais e podcasts, e chegou a faturar um troféu de melhor clipe de quarentena no Prêmio Skataplá, a única premiação especializada em ska do Brasil, organizada pelo mais tradicional podcast de ska do país. Tudo isso de forma independente. E agora chegou a hora de buscar novos ares e enfrentar novos desafios.

E a nova casa do Abraskadabra agora se chama Bad Time Records. Uma gravadora americana especializada em ska-punk, focada em artistas que conversam com os novos tempos. Bandas que lutam contra o racismo, o machismo, a homofobia e qualquer tipo de preconceito, resgatando o sentimento de união sobre o qual o ska foi fundado. O nome “Bad Time” faz piada com algo que o seu criador Mike Sosinski sempre ouvia quando decidiu abrir uma gravadora de ska em 2018: “é uma má hora para esse gênero musical”. Mike provou a todos que era possível mudar essa história e fez a sua própria hora. Hoje, a Bad Time Records é a casa dos principais nomes do ska-punk nos Estados Unidos, como We Are The Union, Bad Operation, Joystick, Catbite e Kill Lincoln, banda do próprio Sosinski. “Não há um lugar melhor para uma banda de ska estar neste momento”, diz o trompetista João Paulo “JP”. 

O guitarrista Buga vai além: “O timing é ótimo. Esse é o melhor momento para se lançar um disco de ska desde o início da banda”. E ele não poderia estar mais certo. Nas últimas duas décadas o gênero foi perdendo força e espaço na programação das rádios e canais de televisão. Muito se falava sobre a chegada de uma “quarta onda” do ska que nunca veio, mas a nova geração não deu bola para os rótulos, nem se preocupou com o apoio do mainstream, e decidiu dar a cara à tapa. No melhor estilo DIY – faça você mesmo – essas bandas criaram sua própria cena e conquistaram o seu espaço com talento e dedicação, usando a velha tática do boca-a-boca e aproveitando a força das redes sociais.

Em um momento em que o Abraskadabra chega à maioridade – afinal, são 18 anos de estrada – o ska está novamente em alta lá fora. As bandas da Bad Time Records chamaram tanto a atenção que foram parar em grandes jornais e revistas americanos, além de diversas páginas especializadas internet afora. Um livro em defesa do ska (‘In defense of ska’ do músico e jornalista Aaron Carnes) ganhou as manchetes, não só dos veículos underground, mas também dos principais sites internacionais especializados em música. Para o Abraskadabra, essa defesa vem sendo feita desde sempre: enquanto muitos comemoram um revival do ska, a banda quer mostrar para o público estrangeiro que, na verdade, o ska nunca parou.

Depois do sucesso de ‘Welcome’ no exterior, as 11 faixas do novo álbum já foram gravadas de olho no mercado internacional, como conta o trombonista Augusto “Mamão”: “As gravações já aconteceram de uma maneira direcionada. Queremos fazer uma conexão com nosso novo público gringo, mas sem esquecer dos fãs no Brasil”. A relação com a Bad Time Records começou ainda em 2020. “O Abraskadabra e a Bad Time já estavam namorando faz algum tempo, mas quando começamos a ensaiar as músicas novas, já estava tudo certo”, revela o baterista Eduardo “Maka”.

Os sete integrantes se trancaram dentro de uma casa na região metropolitana de Curitiba para gravar o disco ‘Make yourself at home’, um processo que já havia sido feito no álbum anterior. Uma forma de unir todos os integrantes dentro de um só espaço para focar no que importa: a música. Dessa casa saíram prontas as 11 faixas que compõem o disco. E lógico que não poderia faltar uma participação internacional nesse pacote: as faixas ‘Not going back’, ‘No more me and you’ e ‘Everyone is special’ contam com os teclados de Esteban Flores, produtor, engenheiro de som e integrante da banda americana de ska-punk Matamoska!

Agora chegou a hora do Abraskadabra mostrar para o mundo todo que aqui no Brasil também se faz ska-punk de qualidade. O lançamento de ‘Make yourself at home’ está marcado para o dia 24 de setembro nas plataformas digitais e também em formato físico: serão 4 versões diferentes do disco em vinil colorido com distribuição nos Estados Unidos, Reino Unido, Japão, e é claro, no Brasil. Antes disso, o público vai poder conferir aos poucos os singles e clipes desse novo trabalho: ‘Do we need a sign?’ (20 de agosto), ‘Cattle life’ (3 de agosto) e ‘Set us free’ (16 de setembro), encerrando com uma live com a participação dos sete integrantes, no dia 23 de setembro, falando sobre os bastidores do álbum.

O saxofonista Trosso resume bem o principal objetivo dessa nova fase da banda: “Queremos chegar mais longe com o nosso som e atingir um número cada vez maior de pessoas. Assim como Pinky e Cérebro, queremos dominar o mundo”. Essa mesma ambição está presente na letra da faixa ‘Making a scene’: “Nós somos independentes, mas dependemos de mais do que nossos sonhos. Passamos metade da vida na estrada, mas ainda temos muito a aprender. Do Brasil ao Japão, vamos continuar lutando”. O mainstream que se cuide.

Confira a resenha de “Make YourSelf at Home”

A banda curitibana de ska punk Abraskadabra vêm lançando o seu terceiro CD, já no final do segundo ano de pandemia mundial da Covid-19 com uma capa bem coerente com o momento, onde a tradução literal do CD dos caras diz algo como “Fique à vontade” com uma foto de uma cabana dentro de um quarto. O CD conta com um total de 11 músicas. No geral temos uma produção bem-feita, bem na pegada ska punk, intercalando com momentos bem punk rock com distorção e momentos mais ska, com os metais fazendo a festa literalmente e ditando o tom dançante das músicas. Pode esperar por vocais melodiosos, passagens e refrãos marcantes para cantar junto.

Falando um pouco mais das músicas, o CD abre com “Bunker” e uma introdução bem punk rock antecedida por um barulho de pessoas ao som de piano que lembra aquelas cenas onde a classe alta se reúne em um jantar com aquelas mesas enormes, para logo na sequência cair no ska. A letra fala do ponto de vista de alguém que está num bunker após ouvir no noticiário que o fim do mundo está chegando e que
ninguém irá tirá-lo de lá.

“Not Going Back” fala de alguém que resolveu mudar de comportamento ou como diz um trecho da letra, alguém com um “padrão caótico” e não quer voltar a ser como antes, diz ele a sua companheira.

“Do We Need A Sign” começa com o baixo estralando e bateria corrida, a letra fala de duas pessoas com problemas de se relacionar que em vez de se resolverem, se afastam cada vez mais.

“No More Me and You” é o relato de alguém que se separou e parece ter levado um soco na cara, buscando consolo entre os amigos.

“Burning Up” me parece usar da metáfora do ato de fumar para falar de ansiedade e estresse, como se aquele fosse um momento para refletir e mudar.

“Set Us Free” – qualquer semelhança com realidade não é coincidência! Este é um som muito bem-vindo, que fala do quanto separaram as pessoas e feriram nossa democracia. É um chamado a luta contra o discurso de ódio!

“Everyone is Special” funciona como um grande pedido de desculpa de alguém que errou e agora está voltando atrás e se deu conta de como cada um é especial.

“Cattle Life” em tradução literal “Vida de Gado”, usa de referenciais para falar de como as pessoas foram condescendentes em eleger e apoiar o atual (des)presidente do nosso país, começando com uma ótima frase: “Honestly, I told you so!” – “Honestamente, eu te avisei!”. Pois é, nós avisamos!

“You Shine, Girl” com um começo suave e gentil, é uma letra romântica falando da importância dessa garota e o quanto ela brilha, mas sem soar piegas ou clichê, usando de algumas referências da cultura Street Punk.

“Time To Love You” fala sobre encontrar e passar mais tempo com nossos(as) companheiros(as).

“Making a Scene” fala de como a banda está junta após tanto tempo, após tantas pessoas irem a virem, e no final vão continuar firmes e se divertindo.

Como viram têm para todos os gostos, de sons mais politizados a sons mais românticos. Todos embalados ao ska punk que o Abraskadabra tem se mostrados fazer e dominar tão bem. Não deixando a desejar a nenhuma banda gringa do gênero. Tá esperando o quê pra ouvir? Só vai.

A banda também concedeu uma entrevista pro Sonoridade, confira:

Sonoridade Underground: De cara uma curiosidade, a banda foi formada no período em que vocês cursavam o ensino médio. O que vocês queriam de carreira na época além da música? Quais são as áreas de formação dos integrantes? Como conciliaram a carreira musical? Sempre foi o foco de vocês? Vamos lá do comecinho (risos kk)

Buga: Sim a gente se conheceu com uns 13 anos no ensino fundamental ainda, começando a escutar as mesmas bandas e tudo mais. Mas foi no ensino médio que formamos o Abraskadabra, primeiro show foi no recreio do colégio inclusive, na época era só o que eu queria fazer, tocar com a banda.
Cara na banda tem de tudo, engenheiro, advogado, internacionalista, designer, publicitário e músico. A gente concilia sabendo que a banda é bastante prioridade para todos, é um trampo do caralho ter uma banda independente, então ta todo mundo sempre envolvido e ajudando.

Sonoridade Underground: Vocês tiveram diversas mudanças na formação desde o início da carreira, acreditam que isso é fruto do amadurecimento dos integrantes e a mudança natural de mentalidade em função disso? Considerando principalmente que as letras de vocês têm propostas bem posicionadas é preciso muita sintonia entre os integrantes, certo?

Buga: As mudanças eram muito por conta dos metais, se for ver na cozinha “só” trocamos o baixo duas vezes. Então é uma galera que toca junto a muito tempo e é muito amigo, por isso que é importante essa sintonia que você mencionou. Mas por sorte a gente encontrou o Mamão e o JP que tão com a gente faz quase 10 anos já, então a formação ta bem solida a muitos anos. O Pêra recém chegado já tinha tocado trombone com a gente antes da pandemia e já era chegado da banda fazia muito tempo.

Sonoridade Underground: Ainda falando da formação da banda, como foi a construção da identidade de vocês? Pergunto por que embora seja uma banda de Ska punk, vocês tem influência de metais e trazem uma melodia mais pesada do que costumamos ver no estilo.

Buga: A gente cresceu ouvindo basicamente bandas da Epitaph, Fat Wreck e Burning Heart, que eram uns dos CDs que chegavam na Barulho Records aqui em Curitiba. Então a gente ouviu muito skate punk, punk rock, pop punk.

Talvez por isso a gente goste de colocar bastante velocidade nas musicas, acho que é isso que acontece quando você escuta muito NOFX, Pennywise, No Fun at All e coisas do tipo quando adolescente.

Sonoridade Underground: O primeiro disco “Grandma Nancy’s Old School Garden” foi lançado somente nove anos depois da formação da banda, porque desse “time”? Foi importante pra construção da narrativa o lançamento dos dois primeiros EPs ou a ideia de incluir as faixas no cd veio depois? Obs: A capa é sensacional, harmonia total com o nome do disco!.

Buga: A gente gosta muito daquela capa também! Cara no começo dos anos 2000 não era muito fácil pra gravar, então a gente foi indo como pode, gravando uma demo ou outra, com o dinheiro que tinha. Foi só no Grandma que a gente conseguiu gravar um full porque ganhamos umas horas de estúdio por ter ganho uma competição da Lost. Ali vimos a oportunidade de gravar um full mesmo, com algumas musicas antigas que deram uma base boa e algumas feitas pro cd também.

Sonoridade Underground: “De Curitiba para o mundo”, depois do lançamento do cover “Not You Savior” que foi usado no documentário “A Fat Wreck” foi só sucesso lá fora. Como surgiu essa oportunidade? Ou melhor… como ele foi parar lá? (risos)

Buga: A galera do documentário “A Fat Wreck” que contou a história da lendária gravadora Fat Wreck Chords abriu um concurso de bandas para gravarem uma versão de uma música qualquer já lançada pela gravadora. A gente entrou, gravamos uma versão mais ska-punk de “Not Your Savior” do No Use For a Name, e acabamos ganhando. O prêmio era ter a música no documentário, estamos no fim quando descem os créditos e o Fat Mike está falando haha mas está valendo, e também fizeram uma compilação do documentário com as músicas que todos gravaram, “A Fat Comp: A Fan-Made Tribute To Fat Wreck Chords (2015)”. Foi bem legal, acabou gerando uma visibilidade fora que na época não tínhamos ainda, e acima de tudo o resultado dessa gravação foi muito bom, é caseira mas a gente gosta bastante dela. Engraçado que nunca demos muita bola para ela nem para esse concurso, mas sempre nos perguntam sobre e é comum em shows pedirem pra gente tocar ela.

Sonoridade Underground: “Buga”, “Mamão”, “Pêra”, “Trosso”, “Maka”, “Du”, “JP” … Apelidos que no mínimo nos chamam a atenção. Quero falar de criatividade e composição agora. Na pandemia o mundo parou e vocês vieram com o álbum “Make yourself at home”, que sacada! Como foi produzir algo a distância? Isso evidenciou ainda mais a essência da banda, no sentido de refrões, letras e melodias mais marcantes como o momento que vivemos?

Buga: Foi muito diferente, principalmente por não estarmos tendo a rotina de shows e ensaios. Mas ter que ficar em casa com certeza catalisou o lançamento do cd porque era basicamente aquilo que poderíamos fazer no momento. Então com certeza teve muito coração e muita entrega em todas as musicas porque era o que a gente tinha pra se agarrar, talvez assim amplificando os sentimentos, tanto ruins quando bons, o que sempre da pano pra manda, musicalmente falando.

Sonoridade Underground: O “Make yourself at home” além de uma grande promessa, com uma capa de cabaninha mais uma vez sensacional! Será lançado pela “Bad Time Records” especializada no nicho de Ska Punk. Vocês acreditam que estão no “melhor momento da banda” apesar do que o mundo vive? A Pandemia foi uma grande oportunidade de brilhar os olhos do publico pro trabalho de vocês lá fora?

Buga: Eu acho que sim, com a grande ressalva da parte dos shows, digo grande porque é o que mais gostamos de fazer. Mas obviamente lançar um álbum em um selo tão massa como é a BTR, dando mais visibilidade pro nosso som lá fora é um dos momentos mais altos da banda com certeza, a gente ta feliz pra caralho.

Sonoridade Underground: “Cattle Life” reforça o posicionamento da banda de forma bem intensa. Que responsa! Depois dele vocês ainda prometem um lançamento agora dia 16/9. Já conseguem ter um termômetro da recepção do público pra essas críticas duras ao nosso (Des) governo? Estão conseguindo colocar “o dedo na ferida” como esperavam? Qual a expectativa de vocês pro álbum?

Buga: A gente até achou que o berrante ia tocar mais alto mas acho que a galera que curte o nosso som e cola nos show, em sua grande maioria, não fecha com facho. Mas é uma musica importante pra lembrar as pessoas que é no voto que a gente pode mudar essa historia ano que vem, não da pra admitir mais 4 anos disso.

Sonoridade Underground: A galera aqui do site tem uma queda por discos, já vimos que o novo álbum tem a aposta de 4 cores de vinil, certo? Qual delas vai chegar pra gente? (Brincadeira kk). Num mundo cada vez mais digital, como foi essa decisão de disponibilizar o trabalho também em mídia física?

Buga: Certo e são todas muito massa! A versão que vem pro Brasil é uma amarela com preto que ta insana. Na BTR ele ta vendendo uma versão roxa com amarelo e uma amarelo translúcido que é bonita demais. E tem a versão dourada classuda que ta sendo vendido no Brooklyn Vegan, essas 3 ultimas podem ser enviadas pro mundo inteiro.

Cara a gente nunca tinha feito vinil então era um sonho nosso, e como o Mike (BTR) trabalha com vinil a gente conseguiu marcar essa conquista na lista. Estamos ansiosos pra que a galera possa rodar na vitrola!

Sonoridade Underground: Vocês construíram ao longo desses anos uma longa experiencia mundo a fora, incluindo apresentações no Japão. Podem fazer um comparativo da recepção do público internacional e brasileiro? Ainda é um ritmo pouco apreciado por aqui? Por que?

Buga: É complicado comparar lugares que a gente toca a 18 anos com lugares fomos 1 ou 2 vezes né? Quando mais você vai tocar em uma cidade, mais gente vai colar. Mas pela nossa experiência vimos que o publico japonês é muito pauleira, eles agitam e cantam as musicas toda a hora. Nos EUA a gente viu muito skanking circle pit, que é muito massa de ver. Acho que o pit daqui é mais violento do que fora, pra citar uma das diferenças.
Não sei dizer se é um ritmo pouco apreciado. O fato é que poderiam ter mais bandas do gênero aqui. Mas talvez justamente por ser pouco apreciado não existam tantas bandas, não sei. Fica a reflexão, hahaha.

Sonoridade Underground: E por último, depois desse lançamento pandêmico a banda vai parar pra descansar ou os planos de turnê e mais lançamentos seguem ativos? O que podemos esperar?

Buga: Descansar só se a pandemia não nos deixar tocar. A gente tem um monte de plano, só resta saber quando vai dar pra tocar, enquanto isso a gente segue promovendo o Make Yourself at Home e fazendo musicas novas, que inclusive já estão em andamento!

Resenha: André Fagundes / Entrevista: Bianca Gigeck / Agradecimentos: Abraskadabra; Erick Tedesco

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About Gustavo Diakov

Idealizador disso aqui, Fotógrafo, Ex estudante de Economia, fã de música, principalmente Doom/Gothic/Symphonic/Black metal, mas as vezes escuto John Coltrane e Sampa Crew.

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