Em 2023, os suecos voltam com o novo material, sendo o último The Perfect Cult lançado há 9 anos atrás. Os hiatos se tornaram costume na carreira da banda. Sendo apenas os primeiros Termination Bliss, Synthetic Generation e Night Eletric Night lançados em intervalos de em média 3 anos.
As passagens pelo Brasil, contam com um show no Carioca Club em 2010 e outro no evento Horror Expo em 2019, ocorrido no saguão da Expo Center Norte. Em 2023, o retorno está marcado para 13 de outubro, no Fabrique Club (ainda sem banda de abertura confirmada)
O Deathstars surgiu em uma época, em que bandas como Marilyn Manson, Rammstein e Rob Zombie já estavam consolidadas em sucesso ao redor do mundo já há alguns anos, e sua estética, sonoridade industrializada e teor das letras, caiu na graça do público dos anteriormentes citados. Com um viés também oriundo do glam, além do industrial/dark, como vemos em bandas como 69 Eyes e HIM.
O novo álbum tem como abertura a música This is, single lançado anteriormente, que anunciava o retorno da banda, e que um novo material estaria próximo. Uma música de mais peso, algo visto em músicas específicas como Metal, onde os riffs pesados imperam mais do que os synths e melodias.
Por ser um álbum recém lançado, algumas de suas letras não se encontram disponíveis, via web ou na opção dos streamings, mas nota-se que a banda mantém a sua temática característica, de letras apocalípticas e de decadência humana, o uso de ´´passatempos recreativos“ e o lifestyle (bem como as consequências) dos adeptos, e analogias/metáforas se(x)nsuais (um pouco menos do que em trabalhos anteriores), e o homem e o senso auto destruidor do planeta, levado por valores imperialistas. Quanto á ‘’dificuldade de letras’’, existem duas boas razões intrínsecas nisto: trabalhar a escuta em inglês e aquisição de matérias físicos das bandas (encartes geralmente com as letras, ao menos os álbuns anteriores deles possuíam, em meio as belas artes)
Everything Destroys you, vejo com a mais lenta do álbum, recheada de synths e teclados soturnos, e vocais sussurrados/melódicos
Between Volumes and voids, majestosa, com corais femininos e um belo duelo orquestrado de teclados e synths, evolução entre vocais sussurrados, á vocalizações guturais (creio eu, feitas pelo baixista, Skinny Disco)
Algo visível neste álbum, e em seu trabalho anterior, é que por mais que a banda tenha firmado a sua identidade com um som característico (desde o instrumental até a voz emblemática do vocalista Whiplasher) é que eles tem ousado mais na complexidade das composições, dando maiores evoluções e alterações as músicas, em alguns momentos beirando o metal sinfônico em si, e não só ao clássico industrial. Desde as escalas de riffs de guitarra, aos synths e orquestrações. Talvez seja uma oportunidade aos mais tradicionalistas que torcem o nariz a bandas do gênero. As músicas iniciais da carreira, que tinham um apelo mais ‘’Du Hast’’ para agitar pistas de baladas góticas, não são mais a base do quarteto suéco.
Ouça o álbum em todas as plataformas:
https://deathstars.bfan.link/everything-destroys-you.ema
Formação:
Whiplasher Bernadotte – Vocais
Nightmare Industries – Guitarra/Teclados
Cat Casino – Guitarra
Skinny Disco – Baixo
Mais Informações:
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