Banda escocesa esgota ingresso em casa de Show e mostra o porquê é considerada uma das maiores influências do Punk Rock mundial.
Texto: Raissa Correa
Fotos: Maycon Avelino
Agradecimentos: Tedesco Comunicação & Mídia / Agencia Sobcontrole
Evento com ingresso esgotado (inclusive na porta) no Hangar 110, já se espera que a banda tem que ter história e tem que ser boa, pois no último sábado dia 03/12/22 não foi diferente, apesar da chuva intensa que caía, o público não se intimidou e foi cedo para a porta fazer o esquenta pré show. O público estava eufórico para entrar na casa, tanto que as bandas de abertura receberam a missão de deixar o pessoal no ponto para o showzaço que logo mais iria acontecer.
Sem papas na língua a primeira banda Dischava, já veio com o pé na porta, com um discurso voltado principalmente a causas sociais e ao embate a instituições religiosas, a banda que tem como vocal o tatuador Mauro Landim animou o início da noite no Hangar.
Pontualmente a “garotada” do Delinquentes subiu ao palco e provou que o cenário do norte brasileiro também é Punk Rock, a banda que possui mais de 30 anos de estrada e é do Belém do Pará entre seu Crossover misturado com seu Metalcore acentuado chamou a atenção do público para assuntos importantes como Preservação da Amazonia e causas Indígenas.
Entre um show e outro rolava uma discotecagem não muito agressiva, o que deixava o público eufórico um pouco mais tranquilo e segurando a adrenalina, porém quando a terceira banda da noite entrou, a casa já estava lotada, o que motivou a Agrotóxico HC, entregar um show extremamente eletrizante em todos os sentidos. Houve algumas falhas técnicas e alguns fãs um pouco empolgados acabaram desconectando os aparelhos e com isso desligaram os microfones, obrigando a banda parar durante alguns minutos, o que não prejudicou o desempenho geral dos integrantes que estavam bem interligados e passando o recado literalmente. Com clássicos como Fim do Mundo, As ruas são nossas, Lobotomia Geral, a cada música fervia ainda mais o palco do Hangar, tanto que quando a banda começou a tocar um baita clássico do seu repertório “G7”, Wattie Buchan estava ali no backstage, bem no cantinho, olhando a interação do Agrotóxico com o público.
E eis que chega o grande momento, apesar do The Exploited conhecer bem o público brasileiro, a cada passagem deles pelo Brasil torna shows como este valiosos para os fãs, a banda tem muito carisma, extremamente acessíveis e muito atenciosos com todos, em diversos momentos os fãs subiam ao palco, o frontman Wattie Buchan dividia o microfone constantemente e apesar de sua idade, a vitalidade era notória, sempre em troca com a galera que estava a todo vapor no moshpit. Foi incrível observar o quanto a banda em um todo é acessível com seu público e foi fácil entender o porquê de sold out nos ingressos. Como nem tudo são rosas, teve sim alguns contratempos com relação a técnica, uma fã deu um moshpit do palco e acabou se machucando (a mesma foi socorrida e passa bem), as cordas do baixo de Irish Rob deu um probleminha ali em Fuck The System, porém no final depois de 2 horas de show, com um setlist bonito e diversos fãs no palco entoando todo mundo junto o clássico FUCK THE USA e SEX & VIOLENCE, tivemos a maior certeza da noite… VALEU CADA SEGUNDO!
- Let’s Start a War
- Fightback
- Dogs of War
- The Massacre
- UK 82
- Chaos Is My Life
- Dead Cities
- Alternative
- Noize Annoys
- Never Sell Out
- Rival Leaders
- Troops of Tomorrow
- I Believe in Anarchy
- Holiday in the Sun
- Cop Cars
- Beat the Bastards
- Disorder
- Fuck the System
- Porno Slut
- Army Life
- Fuck the USA
- Sex & Violence
- Punks Not Dead
- Was It Me