The Devil Wears Prada retorna ao Brasil após 13 anos e entrega noite histórica no Carioca Club

Após 13 anos longe do país, The Devil Wears Prada entrega show arrebatador em São Paulo, com direito a clássicos, música inédita, moshpits explosivos e uma conexão intensa com os fãs.

Fotos por Isis Tríndade @isistrindadephotos

Na última noite de 17 de agosto, o Carioca Club, em São Paulo, foi palco de um dos reencontros mais aguardados do ano: o retorno do The Devil Wears Prada ao Brasil, após 13 anos de ausência. A banda, que não vinha desde a turnê do álbum Dead Throne em 2012, reuniu uma casa lotada e um público tomado pela nostalgia de quando o metalcore vivia um de seus auges. O clima era de reencontro, mas também de renovação, com fãs que misturavam a saudade dos anos 2010 e a empolgação pelo que está por vir.

Emmercia abre a noite com intensidade e emoção

A abertura ficou por conta da banda paulistana Emmercia, que mostrou maturidade e carisma ao apresentar um setlist coeso e emocionante. O show começou com “Speed X-Drama”, que já trouxe a energia eletrônica característica do grupo, com samples bem encaixados e uma atmosfera que preparou o público para o que viria. Na sequência, “Cegueira Branca” explorou camadas melódicas mais profundas, enquanto “Pescador de Tormentas” trouxe riffs marcantes e vocais intensos, levantando as primeiras rodas de mosh da noite.

A já conhecida “PRAPARÁ” foi um dos pontos altos do set, com refrão explosivo e a plateia cantando em coro, seguida por “Coração Cheio”, que adicionou um tom mais sentimental ao repertório. As últimas duas músicas, “Um Novo Jeito de se Machucar” e “Um Em Poucos Todos Nós”, encerraram a apresentação em grande estilo, com direito a um público totalmente entregue, cantando e abrindo espaço para mais moshpits que refletiam a intensidade emocional do grupo. Comparado ao show que fizeram em abril, abrindo para o Silent Planet, a banda mostrou mais segurança e conexão com o público, conquistando de vez seu espaço.

The Devil Wears Prada: peso, nostalgia e exclusividade

Quando o The Devil Wears Prada assumiu o palco, a catarse foi imediata. Abrindo com “Watchtower”, a banda trouxe a mistura de peso e atmosfera que define seu som atual. O público, em êxtase, abriu as primeiras rodas de mosh mais violentas da noite. Logo em seguida, “Danger: Wildman” retomou a força da era With Roots Above and Branches Below, levando os fãs ao delírio e fazendo o Carioca Club tremer.

“Born to Lose” e “Salt” mostraram a versatilidade do grupo, equilibrando peso e melodia. Já “Broken” trouxe momentos emocionantes, com muitos fãs cantando cada verso em uníssono, transformando a casa em um grande coral. A explosiva “Ritual” e a inesperada “Reasons”, cover do produtor de dubstep Excision, mostraram a habilidade da banda em misturar estilos e surpreender a plateia.

O set seguiu com clássicos como “Noise” e “Reptar, King of the Ozone”, que incendiaram a pista e geraram moshpits caóticos, enquanto “Escape” contou com a participação especial de Sam Reynolds (Dying Wish), aumentando ainda mais a energia. A intensidade emocional veio com “For You” e “Dez Moines”, dois momentos marcantes que equilibraram brutalidade e melodia. Já “Chemical” e “Sacrifice” trouxeram a sonoridade mais moderna da banda, consolidando a conexão entre passado e presente.

O bis foi um presente especial para os fãs. Primeiro, a banda apresentou “Where the Flowers Never Grow”, música inédita tocada pela primeira vez exclusivamente em São Paulo. A plateia, mesmo sem conhecer a faixa, respondeu com empolgação, abrindo rodas de mosh e pulando em uníssono.

Na sequência, os clássicos “Dogs Can Grow Beards All Over” e “Hey John, What’s Your Name Again?” encerraram a noite com uma explosão de energia e nostalgia. O público voltou a 2006, com fãs mais antigos se emocionando e novos seguidores se entregando ao caos e à catarse das rodas que dominaram a casa..

O show no Carioca Club não foi apenas uma apresentação: foi um reencontro histórico entre banda e público, marcado pela energia contagiante, pela intimidade com os fãs e pela mistura entre passado, presente e futuro. Entre moshpits ensandecidos, refrões cantados a plenos pulmões e uma promessa de novo álbum, ficou claro que a espera de 13 anos valeu a pena.

Se 2012 parecia distante, 2025 mostrou que o The Devil Wears Prada segue tão relevante e poderoso quanto antes. Mais do que nostalgia, foi uma noite que reafirmou a força do metalcore e sua capacidade de conectar gerações em torno da música pesada.

Emmercia – setlist – Carioca Club – 17/08/2025


Speed X-Drama
Cegueira Branca
Pescador de Tormentas
PRAPARÁ
Coração Cheio
Um Novo Jeito de se Machucar
Um Em Poucos Todos Nós

The Devil Wears Prada – setlist – Carioca Club – 17/08/2025


Watchtower
Danger: Wildman
Born to Lose
Salt
Broken
Ritual
Reasons (cover do Excision)
Noise
Reptar, King of the Ozone
Escape (part. Sam Reynolds)
For You
Dez Moines
Chemical
Sacrifice

Bis
Where the Flowers Never Grow (estreia, não-lançada)
Dogs Can Grow Beards All Over
Hey John, What’s Your Name Again?

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