Foto Marina Buozzi
Na entrevista com Marcelo Tas , as gêneros multiartistas falam sobre o início da carreira na música, as conquistas e a felicidade frente ao crescimento profissional e pessoal de cada uma. Vai ao ar na TV Cultura, às 22h .
As rappers contam que sempre sonharam em trabalhar com música, mas que começaram a carreira com um blog de moda, onde foram editoriais customizando peças. Mas, segundo a dupla, na página também se fala sobre música: “porque foi algo sempre muito presente, tanto na nossa vertente de moda, quanto da música mesmo”.
Isso menciona o rápido crescimento dos artistas e pergunta se eles já aprenderam a lidar com golpes e roubadas do mundo artístico. “A gente perdeu muita coisa. […] Que a gente pensa assim, eu só quero fazer a minha arte e eu só preciso de alguém que vá cuidar dessas outras coisas chatas. […] Só que, quando você entende como o mundo funciona de verdade, você entende que se você não botar a mão, você vai ser passado para trás”, observa Tasha .
O apresentador também questiona a origem da ostentação no funk, rap e trap, e Tracie diz que é como uma manifestação: “cantar uma vida até você viver. Muitas vezes, quem é de periferia, vê quem tem as coisas como referência”. Tas ainda pergunta qual o bem mais precioso que elas têm hoje e os seus maiores sonhos.
Por fim, as irmãs relembram a infância de luta e confessam que ainda estão aprendendo a ser felizes. “No mundo que a gente vive, se você parar para pensar, a maioria das pessoas estão infelizes por não terem as coisas básicas”, diz Tasha ; e Tracie completa:
“a gente viveu num modo de sobrevivência desde a infância. A gente determinou várias coisas que a gente não conseguiu sentir felicidade no momento […], porque a gente tinha a opinião de que toda vez que acontecia uma coisa boa, tinha que acontecer uma tragédia, uma coisa ruim”.