SABATON – “Me dá arrepios só de falar nisso!”, diz Thobbe Englund sobre fãs brasileiros cantando Smoking Snakes ao vivo.

Prestes a desembarcar no Brasil para sua apresentação como headliner do Bangers Open Air, no dia 03 de Maio, o guitarrista do Sabaton, Thobbe Englund concedeu entrevista exclusiva ao Sonoridade Underground, e comentou sobre sua volta recente à banda, as expectativas para o show, e garantiu que teremos uma “experiência completa de um show do Sabaton.”

Confira abaixo a entrevista completa:

Fernando Queiroz: Olá, Thobbe! Muito obrigado por seu tempo e sua entrevista.

Thobbe Englund: O prazer é meu em estar aqui!

Fernando: Bem, é a primeira vez que o Sabaton vem aqui para o Brasil tocar em um festival, o Bangers Open Air, tão grande quanto os festivais europeus. Quais são as expectativas suas e da banda para a ocasião?

Thobbe: Para mim, pessoalmente, eu meio que sei o que esperar, mas ao mesmo tempo também sei que vai superar isso. Sei que quando chegarmos lá no palco, vai ser bem maior, pois sabemos que o público brasileiro é realmente especial. De qualquer forma, é certo que teremos um momento incrível lá. Vai ser uma noite realmente maluca, é muito bom estar aí de volta.

Fernando: Uma coisa que estamos todos aqui curiosos em saber – vocês virão com todo o aparato de pirotecnia, os tanques de guerra, todo aquele cenário no palco?

Thobbe: Preciso fazer um pouco de mistério (risos). Mas o que posso dizer é que ninguém vai ficar desapontado com o que vai ver! Deixo isso no ar para vocês (risos). Todos ficarão felizes, tanto nós quanto vocês. Vai ser incrível, eu prometo, uma clássica apresentação do Sabaton. Isso eu garanto.

Fernando: Eu acho que você deve responder isso toda vez que vem ao Brasil, então desculpe (risos), mas quando vocês tocam “Smoking Snakes” aqui, e escuta toda a plateia cantando as partes em português, é algo diferente para vocês; é algo que deixa vocês orgulhosos de terem escrito essa canção?

Thobbe: Sem sombra de dúvidas. É quase como uma experiência fora do corpo quando temos isso – estamos lá no palco, e isso vem com tanta energia que… sabe, é pura magia, não tem outro jeito de descrever! É um dos momentos que eu mais espero por aí. Me dá arrepios só de falar nisso!

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Fernando: Essa é a única música que vocês escreveram com trechos em uma língua estrangeira, na língua nativa de onde a música fala. Como veio essa ideia de fazer especificamente para essa música isso?

Thobbe: Infelizmente eu não sei. Eu não estava lá na composição das letras, é algo que o Joakim (Broden) e o Par (Sundstrom) poderiam dizer.

Fernando: Ah, entendo. Desculpe.

Thobbe: Ah, não, sem problema algum!

Fernando: E já que você voltou recentemente para a banda, como tem sido a experiência de tocar as músicas que não foram feitas por você, as músicas do Tommy (Johansson)? Tem sido uma experiência legal, ou tem sido difícil?

Thobbe: Sabe, eu sou muito amigo do Tommy. Somos realmente bem próximos. Estive falando com ele a todo momento desde que ele me substituiu lá em 2016, então tocar as partes dele é uma honra! E também é incrível, pois algumas partes na guitarra são bem complicadas, ele é um dos melhores guitarristas por aí. Tem que estar bem afiado para tocar alguns licks malucos que ele fez. Então tem sido uma honra, e também porque eu amo aquelas músicas. Na verdade, eu até escrevi uma música no álbum The Great War, então esse álbum não foi novidade para mim, mas no primeiro álbum que eu não tive participação alguma, quando eu ouvi foi tão bom – não ter ouvido a pré-produção nem nada, só pegar o álbum na mão, colocar e ouvir do começo ao fim. Foi muito bom! E agora, poder tocar músicas desse álbum tem sido muito divertido.

Fernando: Então poderia nos dar uma dica do setlist que tocarão aqui?

Thobbe: Vai ser bastante Heavy Metal! (risos)

Fernando: (risos) certo!!

Thobbe: Ninguém vai ficar desapontado. Mas é difícil escolher, sabe? É difícil escolher um setlist hoje em dia, pois são já vinte e cinco anos de Sabaton, são muitas músicas, muitos álbuns. Os fãs sempre esperam que toquemos uma certa música, mas nós gostaríamos de mostrar uma música nova. Então tem que ser bem planejado, e eu garanto que vai ser assim. Ninguém vai para casa e se sentir mal com o que viu.

Fernando: E para você, a diferença de tocar shows em locais fechados, casas de show, e tocar em festivais, para milhares e milhares de pessoas, é uma experiência muito distinta? Você acha um ou outro melhor?

Thobbe: Eu não tenho realmente uma preferência. São experiências diferentes. Quando você toca em locais menores… sabe, eu lembro de uma ocasião, acho que em 2012, ou 2013, em São Francisco (EUA), e as expectativas não eram tão altas. Não tínhamos tanta expectativa de ter um ótimo som naquela noite, então ficamos “bem, vamos ver como isso vai ocorrer”. Mas fizemos um show tão bom, foi um momento tão legal; tinha uma plateia pequena, mas era uma atmosfera tão mágica ali. E agora, você vai daquilo para doze anos depois estarmos tocando nesses enormes palcos, em festivais gigantes, é mais ou menos a mesma vibe que você tem, mas é um formato diferente. Um não é melhor que o outro, é apenas diferente. Você sente a emoção da galera, e você manda aquela emoção de volta, e vira uma espiral de positividade, e é simplesmente incrível. Eu não saberia dizer qual é mais legal.

Fernando: Mas as primeiras vezes que você tocou nesses festivais imensos, imagino que tenha dado um frio na barriga, não é?

Thobbe: Eu acho que o primeiro realmente grande para mim foi em 2012. Tocamos no Woodstock, na Polônia, e acho que tinha umas sessenta e cinco mil pessoas lá! Foi simplesmente insano! Você podia pegar binóculos e não veria o fim daquela galera toda. Foi bastante adrenalina, as pessoas lá gritando para você, e o pessoal da banda se ajudando. É bastante positividade, você nem tem tempo de ficar nervoso ou assustado. Acho que antes, e até depois, pensando no que rolou, você fica nervoso, tipo “cara, eu acabei mesmo de tocar para sessenta e cinco mil pessoas? É, aparentemente toquei!”, mas na hora eu nem pensei nisso, pois estava muito divertido.

Fernando: E já que você mencionou São Francisco, é muito diferente, para vocês, o público e o mercado norte-americano, sul-americano e europeu?

Thobbe: Eu acho que varia bastante de acordo com o tanto que a gente trabalha com cada território. Claro, estamos baseados na Europa, então é mais fácil para nós tocarmos lá. Tem que ter um planejamento muito maior quando vamos para outros continentes. Claro, a coisa é um pouco diferente, sim. Recentemente nós abrimos para o Judas Priest, já pela segunda vez, lá na América do Norte, e tem uma diferença grande de fazer um show como atração principal, por exemplo.

Fernando: Certo, Muito obrigado Thobbe! Foi um prazer falar com você.

Thobbe: Eu quem agradeço! Obrigado pelo espaço e pela oportunidade. Vejo você no Bangers Open Air.

O Sabaton se apresenta no festival Bangers Open Air em 03 de Maio, e será o headliner do dia no festival.

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