Lacuna Coil – Sleepless Empire (2025)

Seis anos depois de “Black Anima”, a banda está agora no horizonte de “Sleepless Empire” – o décimo registro a abrir caminho na discografia da banda. O disco segue a linha do som da banda e aumenta a atmosfera por meio de sua produção.

Quando se trata de Lacuna Coil, cada lançamento parece ser mais do que apenas um novo álbum; é como embarcar em uma jornada para outro mundo. Depois de seis anos desde seu último material inédito, os gigantes italianos do gothic metal estão de volta com Sleepless Empire, um trabalho que combina peso, melodia e uma reflexão sobre a nossa realidade moderna.

Logo na faixa de abertura, “The Siege”, somos lançados em uma atmosfera de suspense que se transforma em uma tempestade de riffs e vocais contrastantes. Cristina Scabbia traz suas melodias etéreas, enquanto Andrea Ferro explode com rosnados viscerais que criam aquele equilíbrio entre luz e escuridão que é a essência da banda. É impossível não sentir o impacto das harmonias impecáveis, elevadas por teclados épicos que dão profundidade e emoção à faixa.

“Oxygen”, o primeiro single, chega com riffs intricados e grooves afiados que remetem a uma vibe apocalíptica. A precisão de Richard Meiz na bateria, com seus pedais duplos mantendo o ritmo frenético, é de tirar o fôlego. Mesmo em sua intensidade, há espaço para momentos mais leves e melódicos que capturam a essência do Lacuna Coil: uma mistura de caos e catarse.

Entre os destaques, “Gravity” se sobressai por incorporar elementos industriais e sintetizadores modernos ao som gótico característico da banda. A faixa é um lembrete poderoso de que o tempo é precioso, uma mensagem reforçada pelas linhas de baixo profundas e quase hipnóticas de Marco Coti Zelati.

“Hosting the Shadow” traz uma colaboração inesperada com Randy Blythe, do Lamb of God, e o resultado é explosivo. A combinação de vocais guturais de Blythe e Ferro, entrelaçados com as harmonias de Scabbia, cria uma energia quase palpável. É o tipo de música que você sente no peito e que te puxa para um turbilhão emocional.

Aqui temos uma das minhas favoritas do play, que temos também momentos mais cinematográficos, como em “In Nomine Patris”. Com sua introdução orquestral e vocais que variam de tons suaves a explosões de intensidade, a faixa é uma verdadeira obra-prima, equilibrando peso e melodia de maneira magistral.

O ponto alto, para mim, foi “Sleep Paralysis”. Além de abordar um tema fascinante e um tanto sombrio – a paralisia do sono e seus mistérios – a música encapsula perfeitamente a assinatura do Lacuna Coil. É uma faixa que consegue ser pesada, atmosférica e envolvente, tudo ao mesmo tempo. Sem dúvida, espero vê-la em futuros setlists ao vivo.

Na faixa “In The Mean Time” contamos com a participação da vocalista Ash Costello (New Year’s Day), uma faixa poderosa mostrando toda força feminina do metal.

Por fim, “Never Dawn” encerra o álbum com uma combinação de orquestrações sombrias e riffs técnicos que nos levam a uma reflexão sobre a luta entre luz e escuridão dentro de nós. É uma conclusão perfeita para um álbum que explora as complexidades da existência moderna.

Com Sleepless Empire, o Lacuna Coil prova mais uma vez que sabe se reinventar sem perder sua essência. É um álbum que equilibra o familiar e o novo, mostrando que a banda continua a evoluir enquanto mantém sua identidade. Para quem aprecia metal com camadas de emoção, peso e reflexão, este álbum é uma experiência imperdível.

Lembrando que a banda est com turnê do novo álbum marcada para Março desse ano, com 4 datas agendadas.

  1. The Siege
  2. Oxygen
  3. Scarecrow
  4. Gravity
  5. I Wish You Were Dead
  6. Hosting the Shadow
  7. In Nomine Patris
  8. Sleepless Empire
  9. Sleep Paralysis
  10. In the Mean Time
  11. Never Dawn

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About Guilmer da Costa Silva

Movido pela raiva ao capital. Todo o poder ao proletariado!

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