Crédito: Divulgação
Texto: Fernando Queiroz
Muitas bandas, quase todas, na verdade, trocam de membros hora ou outra em maior ou menor frequência. Poucas, porém, mudaram tanto de vocalista, o membro mais notório, que dá a face da imagem do que ouvimos, quanto a norueguesa Sirenia. Goste você, mais ou menos, de uma ou outra vocalista, todas que passaram por essa icônica banda de Gothic Metal dos anos 2000 são cantoras primorosas, mas cada uma com sua particularidade vocal e estética. Pensando nisso, trouxemos aqui uma linha do tempo de todas as – acredite, muitas – fases, que aqui chamaremos de Eras da banda do lendário guitarrista norueguês Morten Veland (também ex-Tristania), separadas por vocalistas femininas, para você entender direitinho a sonoridade de cada uma e estar afiado para os shows no Brasil em 2025. Confere aí com a gente!
ERA FABIENNE GONDAMIN – INÍCIO, PRIMEIRO ÁLBUM, E VOCALISTA QUE NUNCA FOI “DA BANDA” OFICIALMENTE:
Ok, há controvérsias em relação a ser parte de uma “fase” ou “era” da banda, já que a francesa Fabienne Gondamin não chegou, de fato, a ser uma integrante da banda. Na verdade, segundo consta, ela chegou a ser membro da banda, mas nunca chegou a fazer turnês, e nem aparece nos créditos de membro da banda no álbum que gravou. Apesar disso, ela gravou todos os vocais femininos do primeiro e extremamente cultuado álbum At Sixes And Sevens, o primeiro álbum gravado pelo guitarrista e vocalista Morten Velen sob a alcunha de “Sirenia” após deixar a lendária e já não mais existente banda Tristania. Para muitos, inclusive, é o melhor álbum da banda, e oferece uma sonoridade bem similar ao que encontrávamos no Tristania, e faz sentido, já que, tirando os vocais de Fabienne, Morten gravou todos os instrumentos e fez os vocais guturais – como ele (quase) sempre fez no Sirenia, aliás, com exceção das baterias, sempre eletrônicas programadas, salvo um disco -, antes de achar sua identidade própria enquanto, bom, “Sirenia” como conhecemos hoje. O tecladista Hans Henrik Varland chegou a integrar a banda nessa época, mas não gravou o disco. Os vocais limpos masculinos ficaram por conta de Jan Kenneth Barkved, que também colaborou em outras ocasiões com a banda. Dito isso, o que podemos esperar desse excelente “Tristaniano” álbum do Sirenia, lançado no já longínquo ano de 2002, é uma continuação, de certa forma, do clássico Angina de 1999, da banda anterior de Morten, e da melhor forma possível, para alegria dos fãs do Gothic Metal noventista. O som encontrado é um verdadeiro prato cheio para os “góticos” daquela época: muita melancolia, letras com temas existenciais, uma clara inspiração no Doom Metal, onde até as partes mais “rápidas” soam propositalmente arrastadas, nos trazendo uma certa sensação de angústia. Se a intenção era passar a atmosfera mais sombriamente melodiosa e introspectiva possível, o que Morten e Fabienne atingiram aqui foi um dos ápices dessas sensações. Vale a audição!
ERA HENRIETTE BORDVIK – SE FIRMANDO COMO BANDA, APRIMORANDO O SOM DO ANTECESSOR, E A PRIMEIRA VOCALISTA OFICIAL:
Após o lançamento do primeiro álbum, e com seu sucesso absoluto no meio do Gothic Metal, era óbvio que a banda teria que entrar em turnê. Porém, Morten e o tecladista Hans Henrik Varland – que não muito tempo depois deixaria a banda -, moravam na Noruega, enquanto Fabienne vivia na França. Isso causou impossibilidade de permanência por questões logísticas, e ela foi substituída pela também norueguesa Henriette Bordvik. Essa mudança foi um sucesso, e Henriette é, até hoje, considerada por muitos a melhor vocalista que já passou pela banda (embora, lembrem-se, isso é subjetivo, e comparações assim nunca são boas). Antes de gravar o que seria o segundo disco, Henriette fez turnê com a banda, e junto a ela, Morten e Hans, se juntaram a eles (apenas ao vivo) o baterista Jonathan A. Perez e o guitarrista e vocalista limpo Kristian Gundersen (este chegou a ser de fato um membro da banda por pouco tempo).
Chegava o ano de 2004, e o Sirenia finalmente lançaria seu esperado segundo álbum. Em Agosto daquele ano, finalmente foi lançado o clássico An Elixir For Existence, o primeiro e único álbum completo com Henriette nos vocais. Novamente, todos os instrumentos foram gravados por Morten, assim como a programação das baterias eletrônicas. Kristian Gundersen gravou os vocais limpos masculinos nesta ocasião. Novamente, o que encontramos neste álbum é a veia do Tristania, ainda, mas com uma produção e engenharia de som claramente de maior orçamento, com sons mais nítidos e ouve-se mais cristalinamente cada instrumento. A voz de Henriette, inclusive, soa parecida com a de Fabienne, o que deixa quem ouve os álbuns em sequência confortável, sentindo uma transição muito suave de uma cantora para a outra, e a impressão é que de fato, ainda estamos ouvindo uma “continuação” da banda anterior de Morten. O álbum foi o mais bem recebido da banda até hoje, tanto por público quanto pela crítica especializada, e seu legado no gênero é reconhecido até hoje como sendo um dos mais influentes.
Ainda em 2004, a banda lançou um EP, chamado Sirenian Shores, que apenas contém um remix da faixa “Save Me From Myself” do An Elixir For Existence At e uma versão acústica de “Meridian” do At Sixes And Sevens, que reutiliza os vocais de Fabienne, além de duas músicas inéditas, a faixa título “Sirenian Shores” e uma instrumental, “Obire Mortem”, além de um cover do cantor canadense Leonard Cohen, “First We Take Manhattan”.
ERA MONIKA PEDERSEN – MUDANÇA NA SONORIDADE, CLIPES ICÔNICOS, MAIOR POPULARIDADE E NOVA MUDANÇA DE VOCALISTA:
Não muito tempo depois do lançamento de An Elixir For Existence, em 2005, a passagem de Henriette pelo Sirenia chegou ao fim após cerca de três anos. Já chegando no ano de 2006, em Abril, Morten anunciou não apenas a nova vocalista, mas também que o baterista chileno Jonathan Perez, que já vinha tocando com a banda ao vivo há alguns anos, oficialmente se juntaria à banda como membro. Para o posto de cantora, a escolhida foi a dinamarquesa Monika Pedersen, que diferente da troca anterior de Fabienne por Henriette, onde manteve-se o estilo, nada tinha a ver com ambas em questão de voz. Talvez essa tenha sido a escolha mais polêmica da banda até então, algo que definitivamente dividiu os fãs. Não apenas a vocalista se diferia completamente de ambas anteriores, mas Morten resolveu mudar o direcionamento musical do Sirenia. Em um momento que bandas mais sinfônicas, como o Nightwish,o After Forever, e o Epica estavam em alta, o Sirenia acabou indo para esse lado, deixando para trás a ambientação mais Doom, utilizando menos guturais, e focando cada vez mais no vocal feminino como principal atrativo da banda.
Três anos após o segundo e bem sucedido álbum, em Fevereiro de 2007, é lançado o que viria ser o maior sucesso comercial da banda até então, o polêmico Nine Destinies and a Downfall, agora pela gigante gravadora Nuclear Blast, a maior da Europa no segmento à época. Uma particularidade deste álbum, que o diferencia de quase todos os outros do Sirenia, é o fato de ter sido o único, até então, a contar com baterias reais em estúdio, já que Jonathan era, de fato naquele momento, um membro da banda – que foi o primeiro membro oficial da banda, fora Morten e as cantoras, a gravar um instrumento em estúdio para álbuns. A arte da capa também é um distanciamento da proposta anterior da banda, sendo mais clara, e com uma temática futurista, desenhada pelo artista norte-americano Anthony Clarkson, que já havia trabalhado com renomadas bandas como o Lacuna Coil e o Blind Guardian.
Com o contrato assinado com a Nuclear Blast, junto vieram dois clipes, os primeiros da banda, de duas das mais icônicas músicas da banda até hoje: “The Other Side” e o single “My Mind’s Eyes”. Os clipes e single serviram não apenas para mostrar o rosto da vocalista Monika Pedersen, mas também para indicar o caminho musical que a banda estava adentrando, mais “comercial”, como alguns gostam de dizer por aí. A recepção foi mista, com muitos elogiando por terem saído da sombra do Tristania, mas por outro lado, muita gente achou estranho, até ruim, essa guinada forte para longe do estilo que os consagrou, em direção a um som mais popular à época. Porém, apesar disso, é preciso dizer que essa decisão ajudou na longevidade da banda, que permanece na estrada e lançando novos materiais, diferente de muitas do Gothic Metal noventista, que foram esquecidas, ou simplesmente não conseguiram se manter. Para a turnê do álbum, foi contratado o baixista Kristian Olav Torp, que ficou por menos de um ano.
ERA AILYN – A PRIMEIRA A TER MAIS DE UM ÁLBUM LANÇADO, E AS IDAS E VINDAS SONORAS NA FASE MAIS POPULAR DA BANDA:
Mesmo com o sucesso comercial inquestionável no terceiro álbum, a vocalista Monika Pedersen, no mesmo ano, em Novembro, menos de um ano após o lançamento do disco, resolve deixar a banda, citando divergências profissionais e questões pessoais. Para o seu lugar, em 2008, foi chamada a que viria a ser a mais icônica vocalista da banda, e traria o período mais próspero até então: a espanhola Ailyn Giménez, ou apenas Ailyn. Embora sua técnica e estilo sejam próximas de Monika, seu timbre é considerado mais “misterioso”, algo que era característico das vocalistas anteriores. Acabou se tornando uma mistura dos dois, e é alguém que sempre foi elogiada durante sua passagem, trazendo, pela primeira vez, uma sequência de álbuns.
Terminada a turnê de Seven Destinies and a Downfall, já com Ailyn nos vocais, a banda lança, em 2009, outro icônico álbum, The 13th Floor – o nome, para nós brasileiros, não faz muito sentido, mas em muitos países do mundo, o número treze é sinal de azar, e em alguns casos as construtoras simplesmente ‘pulam’ o décimo terceiro andar, saindo do doze para o quatorze direto, por conta da superstição. O direcionamento não mudou muito da proposta adotada em Seven Destinies and a Downfall, seguindo mais a linha sinfônica, mas a voz de Ailyn, além de seu carisma ajudaram a impulsionar ainda mais a popularidade do álbum, que acabou tendo resultados comerciais ainda melhores que o disco anterior. O álbum também contou com Jan Kenneth Barkved nas vozes limpas masculinas, que já havia colaborado com a banda antes no primeiro álbum. Além disso, embora ainda fizesse parte ao vivo da banda, o baterista Jonathan Pérez não gravou nenhuma faixa no disco, sendo todas as baterias programadas por Morten, que também gravou, novamente, todos os outros instrumentos. Para a turnê do álbum, o guitarrista Michael Krumins, que já havia contribuído em alguns shows anteriormente, foi recrutado, embora não como membro oficial da banda. Um dos maiores sucessos da banda até hoje é o single “The Path To Decay”, lançado juntamente com outro sucesso, “Lost In Life”. Ambas são as duas primeiras faixas do álbum.
Pela primeira vez, em seus quase dez anos de existência naquele momento, a banda não perdeu a vocalista após o lançamento do álbum. A turnê do álbum correu bem, e também foi a mais extensa da banda até então. Foi nela, inclusive, a primeira vez que o Sirenia veio ao Brasil, em março de 2010, na popular casa de shows Carioca Club Pinheiros, em São Paulo. Sem muito mais delongas, menos de dois anos após o sucesso de The 13th Floor, o Sirenia lançou, em janeiro de 2011, seu novo material, o disco The Enigma Of Life. Novamente com a mesma formação, com Ailyn nos vocais, e Morten gravando todos os outros instrumentos, o álbum seguiu a linha sinfônica, embora mais “moderno”, como alguns consideram, mas dessa vez, o sucesso não se repetiu. O disco teve um bom desempenho comercial, mas bem abaixo de seu antecessor, e também foi muito mal aceito pela crítica e fãs. Mesmo assim, a turnê correu bem, e havia expectativas para um sucessor que fosse mais à altura da banda.
O deslize de The Enigma Of Life felizmente não trouxe consequências negativas para a banda, que logo, em 2013, lançou Perils of the Deep Blue, e mesmo sob olhar de desconfiança dos fãs, e esse sim, parece uma verdadeira continuação de The 13th Floor, embora novamente com uma roupagem mais moderna. Mídia e público aprovaram o álbum, e é, até hoje, o maior sucesso comercial da banda. Inclusive, possivelmente por uma pitada mais moderna, é o primeiro disco da banda a entrar nos Top 100 das paradas dos Estados Unidos, na posição 97. Assim como nos dois álbuns anteriores, Ailyn e Morten foram os dois únicos a gravarem o disco. Esse também é o último disco da banda a ser lançado pela Nuclear Blast, já que após isso o contrato se expiraria e não foi renovado. Outro detalhe desse petardo é que dessa vez, os vocais limpos masculinos foram gravados por Joakim Næss, pois infelizmente Jan Kenneth Barkved havia falecido em 2009, pouco após o lançamento de The 13th Floor.
A turnê correu perfeitamente bem, e novamente, nenhuma mudança na formação.
Novamente, a expectativa por um novo álbum, o sucessor de Perils of the Deep Blue, era grande. E dessa vez, não por conta de desconfiança, mas animação, dado o sucesso deste álbum. Agora em contrato com a Napalm Records, gravadora original da banda, que lançou seu primeiro álbum, o Sirenia lança, com a mesma formação, The Seventh Life Path em maio de 2015.
Diferente de seus antecessores, que foram se modernizando dentro do ramo sinfônico, The Seventh Life Path foi no rumo oposto. Novamente, após mais de dez anos, o Sirenia se aproximava do Doom, mas não foi um álbum igual aos antigos, e sim um “take” sinfônico com toques daquele gênero. Por isso, ao pegarmos agregadores de notas – de público e crítica – temos aqui o álbum com maior aprovação desde An Elixir Of Existence, com cerca de 87%. Mas, ao mesmo tempo, as vendas do álbum, por isso, não chegaram aos números alcançados por Perils of the Deep Blue, embora também tenham sido expressivos, especialmente para a época em que foi lançado e o gênero. O mais impressionante, porém, neste álbum, é a qualidade da arte da capa – uma das mais detalhadas e com significados e referências dentro do gênero, criada pelo artista plástico húngaro Gyula Havancsák. Novamente, temos a participação de Joakim Næss neste álbum.
Aqui, porém, citando “questões pessoais”, a vocalista Ailyn, após oito anos e quatro álbuns, deixa o Sirenia em julho de 2016, que mais uma vez fica sem vocalista.
ERA EMMANUELLE ZOLDAN – A ERA ATUAL, MAIS LONGEVA E ESTÁVEL, E UMA NOVA SONORIDADE:
A saída de Ailyn da banda foi inesperada, pelo menos por parte dos fãs, que já a tinham como “a cara” da banda, e ainda mais por conta do sucesso que foram seus álbuns, em maior ou menor escala. Não demorou, porém, para uma velha conhecida de gravações ser chamada para ser a vocalista da banda: a francesa Emmanuelle Zoldan. Segunda francesa a ser vocalista da banda, Emma, como é chamada nas redes sociais, era parte desde muitos anos antes do que veio a ser chamado de Sirenian Choir, um grupo de cantores de coral que fazem os coros, a maior parte em latim, nas gravações. Foi escolhida por já estar, claro, familiarizada com a música e a proposta do Sirenia. Ela é, até o momento, a vocalista que mais tempo ficou na banda, já lá estando há nove anos, agora em 2024.
Pouco mais de um ano após o lançamento de The Seventh Life Path, e menos de seis meses após a saída de Ailyn, o Sirenia lança o “lyric video” de “The 12th Hour”, single do novo álbum em outubro de 2016, e em novembro do mesmo ano, o trabalho completo, o disco Dim Days Of Dolor, primeiro registro de Emma como vocalista principal do Sirenia, é lançado. Junto, o videoclipe da faixa-título é lançado no YouTube, faixa com participação novamente de Joakim Næss. O disco apresenta uma sonoridade novamente mais sinfônica, com poucos guturais, e o que mais chamou a atenção: a voz de Emma não soa nada parecido com nenhuma das vocalistas anteriores da banda, sendo uma Mezzo-Soprano, e com um timbre forte, diferente dos “angelicais” vocais das cantoras que a precederam. O impacto da mudança foi sentido na hora na internet, e as recepções em relação ao disco foram mornas – até hoje, um dos álbuns menos aceitos da banda por parte do público, embora a mídia tenha sido mais generosa em suas avaliações. Sua performance, porém, não foi ruim comercialmente, e inclusive seus resultados comerciais nos Estados Unidos são os melhores até hoje, algo que não se repetiu no resto do mundo.
Ao fim da turnê deste álbum, o baterista que tocava ao vivo com a banda de longa data, Jonathan Pérez, também saiu do time. Para seu lugar foi recrutado Michael Brush, que permanece até hoje com a banda em apresentações ao vivo.
A recepção morna de Dim Days Of Dolor, e a diferença grande de sonoridade e da vocalista pesaram, talvez, para uma performance comercial abaixo no álbum seguinte. Mesmo assim, em outubro de 2018, o álbum Arcane Astral Aeons foi lançado com uma recepção muito melhor do público, e inclusive da mídia, que já havia sido generosa com seu antecessor. Era também nítido a guinada mais moderna da banda, e nesse caso, acertaram em cheio na proposta, pois não perderam em nada a identidade, apesar disso.
O álbum, dessa vez, conta com uma novidade: os guitarristas Nils Courbaron e Jan Erik Soltvedt gravaram solos de guitarra para o disco. Era a primeira vez que alguém, fora Morten Veland e Jonathan Pérez, gravavam algum instrumento para um álbum do Sirenia (à exceção de violinos, mas falaremos disso depois). Nils, inclusive, é até hoje guitarrista de turnês da banda, e Jan, que já participava de tours com a banda desde 2011, permaneceu neste posto até 2020. Foi nesse período, de 2018 a 2020, que Morten passou a tocar baixo ao vivo, e essa foi a segunda e última vez que o Sirenia teve um baixista em apresentações ao vivo.
O ápice, porém, de aceitação de público dessa fase da banda foi, porém, em 2021. No auge da pandemia global, em fevereiro daquele ano, o Sirenia lança Riddles, Ruins and Revelations. Com uma sonoridade que parecia uma clara evolução do disco anterior, mantendo sua base e a elevando em nível, a aceitação de todos foi imediata. A mídia, porém, acabou sendo mais morna. Neste álbum temos mais uma novidade: era a segunda vez que um baterista gravava um álbum da banda, com Michael Brush assumindo as baquetas em estúdio, juntamente com Nils na guitarra – além, claro, de Morten e Emma. Joakim Næss, novamente, participa do disco.
Chegamos, assim, ao momento mais recente da banda, o álbum cuja turnê terá os shows no Brasil em 2025! Sem novidades na formação que gravou o álbum, em maio de 2023, finalmente, o Sirenia lança seu último álbum (até agora), intitulado 1977. Também é seu trabalho mais diferenciado, contendo muitos elementos nunca antes explorados pela banda, em especial sua vibe de new age e prog rock dos anos de 1970 e 1980. Não foi, porém, o álbum mais bem aceito da banda, provavelmente por sua abordagem tão diferente ter causado estranheza nos fãs. De qualquer forma, é um trabalho sólido, e merece ser conferido.
É isso! Essa é a trajetória de altos e baixos da lendária banda de Gothic/Symphonic Metal, que muito passeou também pelo Doom. Entre altos e baixos, foi uma das poucas bandas do gênero que se mantém na ativa e em evidência.
Mas afinal, o que aconteceu com essas muitas vocalistas que passaram pela banda ao longo de mais de duas décadas de existência? A gente conta!
AS EX-VOCALISTAS HOJE:
Fabienne Gondamin:
Infelizmente há poucos registros, quase nenhum na verdade, do que houve com Fabienne após gravar o disco de estreia do Sirenia. De qualquer forma, ao que aparenta, ela não continuou no ramo da música, e tudo relacionado a ela em qualquer pesquisa no Google é sobre, exatamente, o álbum At Sixes And Sevens.
Henriette Bordvik:
Aqui a coisa se torna um bocado “diferente”. Henriette continua ativa até hoje na música e no metal. A diferença é que, agora, ela está em gêneros um tanto diferentes: o Death e Black Metal! Quase dez anos após deixar o Sirenia, a cantora montou outra banda, mas não como vocalista, mas sim baixista. A banda em questão se chama Abassyc, que faz Death/Doom Metal, e já têm três álbuns lançados: A Winter’s Tale (2016), High the Memory (2019) e Brought Forth in Iniquity (2022). Além disso, Henriette é, desde 2017, baixista de turnês da banda de Black Metal Asagraum. Em ambos os casos, ela é conhecida artisticamente hoje como Makhashanah. Ela também fez algumas participações em shows da banda sueca Tiamat.
Monika Pedersen:
Assim como aparentemente Fabienne, Monika Pedersen também saiu do ramo musical. Diferentemente da primeira, porém, ela mantém presença em redes sociais, e hoje trabalha como artista plástica e designer em seu país natal, a Dinamarca.
Seu trabalho pode ser conferido em seu Instagram: https://www.instagram.com/monniqueart/
Ailyn:
Diferentemente de todas citadas, Ailyn não apenas continua no ramo e no estilo, como é vocalista de algumas bandas como seu projeto de metal progressivo Her Chariot Awaits, ao lado do guitarrista americano Mike Orlando (ex-Adrenaline Mob, ex-Noturnall), a banda de Metal Sinfônico Lunarian. Por fim, ela é, desde 2020, vocalista de outra banda lendária do gênero Gothic Metal: o Trail Of Tears, que recentemente, em 2024, lançou seu primeiro trabalho desde 2013, o EP Winds Of Disdain, e prometem álbum completo novo em breve!
CURIOSIDADES:
Aqui vai também cinco curiosidades bem interessantes sobre o Sirenia e seus integrantes e ex-integrantes e álbuns!
- Antes de se chamar Sirenia, a banda teve o nome provisório de Masters Of Sirenia.
- Apesar de em quase todos os álbuns quem grava todos os instrumentos ser Morten Veland, há exceção em todos: o violino! Em At Sixes And Sevens, o instrumento foi gravado por Pete Johansen, que já contribuiu também com o Tristania e com o Sins Of Thy Beloved. Em An Elixir For Existence, a musicista Anne Verdot foi quem gravou o violino e, após isso, Stephanie Valentin gravou o instrumento em quase todos os álbuns.
- A ex-vocalista Ailyn, cujo nome completo real é Pilar María Del Carmen Mónica Giménez García, tem uma rara condição chamada Heterocromia Ocular, que significa que ela tem um olho de cada cor. Seu olho direito é castanho, e o esquerdo, verde.
- Morten Veland, além do Sirenia, também tem um projeto solo chamado Mortemia, que tem um álbum (Misere Mortem), lançado em 2010, e dois EP’s. No primeiro disco, Mortem gravou todos os instrumentos e os vocais, não havendo vocais femininos. Nos EP’s, ele contou com famosas cantoras convidadas em cada uma das músicas, como Liv Kristine (ex-Leaves’ Eyes e ex-Theatre Of Tragedy), Madeleine Liljestan (Eleine), Heidi Parviainen (Dark Sarah, ex-Amberian Dawn) e Marcela Bovio (Stream Of Passion).
- Pode-se dizer que Emma Zoldan é a integrante mais antiga do Sirenia fora Morten! Ela está presente no Sirenian Choir desde 2003, na gravação do álbum An Elixir For Existance, e apenas em 2016 se tornou realmente a vocalista principal da banda.
Lembrando que o Sirenia vem ao Brasil para uma turnê por quatro cidades, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo em março de 2025.
Serviços: Sirenia Latin American Tour 2025
São Paulo:
Sadness And Pain Festival
Data: 22 de março de 2025 – sábado
Local: Vip Station
Endereço: R. Gibraltar, 346 – Santo Amaro – São Paulo – SP
Abertura das Portas: 15h
Classificação: +16
Ingressos:
Camarote 2º lote – Meia: R$ 260,00 + Taxa
Camarote 2º lote – Inteira: R$ 520,00 + Taxa
Camarote 2º lote – Promocional + 1kg de Ração: R$ 265,00 + Taxa
Pista 2º lote – Meia: R$ 160,00 + Taxa
Pista 2º lote – Promocional + 1kg de Ração: R$ 165,00 + Taxa
Pista 2º lote – Inteira: R$ 320,00 + Taxa
Pacote VIP (Diamante) 1º lote – Inteira: R$ 580,00 + Taxa
Pacote VIP (Ouro) 1º lote – Inteira: R$ 480,00 + Taxa
Pacote VIP (Prata) 1º lote – Inteira: R$ 450,00 + Taxa
Pacote VIP (Bronze) 1º lote – Inteira: R$ 420,00 + Taxa
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Venda: https://www.bilheto.com.br/comprar/2785/sadnesses-and-pain-festival-i
Florianópolis:
Data: 25 de março de 2025 – terça-feira
Local: Local: Célula Cultural
Endereço: Rodovia João Paulo, 75 – Florianópolis – SC
Abertura das Portas: 19h
Classificação: +18
Ingressos:
Pista 1º lote – Meia entrada: R$ 90,00 + Taxa
Pista 1º lote – Promocional + 1kg de Ração: R$ 100,00 + Taxa
Pista 1º lote – Inteira: R$ 180,00 + Taxa
Venda: https://www.bilheto.com.br/comprar/2900/sirenia-florianopolis
Porto Alegre:
Data: 26 de março de 2025 – quarta-feira
Local: Gravador Pub
Endereço: R. Ernesto da Fontoura, 962 – São Geraldo – Porto Alegre – RS
Abertura das Portas: 19h
Classificação: +18
Ingressos:
Pista 1º lote – Meia entrada: R$ 90,00 + Taxa
Pista 1º lote – Promocional + 1kg de Ração: R$ 100,00 + Taxa
Pista 1º lote – Inteira: R$ 180,00 + Taxa
Venda: https://www.bilheto.com.br/comprar/2896/sirenia-porto-alegre
Rio de Janeiro:
Data: 30 de março de 2025 – domingo
Local: Agyto
Endereço: Av. Mem de Sá, 66 – Lapa – Rio de Janeiro – RJ
Abertura das Portas: 19h
Classificação: +18
Ingressos:
Pista 1º lote – Meia entrada: R$ 150,00 + Taxa
Pista 1º lote – Promocional + 1kg de alimento: R$ 150,00 + Taxa
Pista 1º lote – Inteira: R$ 300,00 + Taxa
Venda: https://www.bilheto.com.br/comprar/2888/sirenia-rio-de-janeiro
UM OFERECIMENTO:
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