Apocalyptica entrega show animado e cativante para público paulistano

Apocalyptica volta ao Brasil em grande turnê que passa por diferentes cidades do país após um sucedido show no festival Summer Breeze

Texto e fotos: Tamira Ferreira

O apocalipse que acontecia na cidade de São Paulo, com o calor intenso e muita chuva, pode desmotivar as pessoas a saírem de suas casas. Porém, isso não aconteceu com os fãs do trio de violoncelistas de metal finlandês, Apocalyptica, na última sexta (19). Mesmo o tempo não estando dos melhores, muita gente se reuniu no Carioca Club para prestigiar os músicos. 

A banda está em turnê pelo país para divulgar seu, nem tão recente álbum – que completou 4 anos agora em janeiro, mas é o último seu último lançamento de estúdio- Cell-0. Nossa fotógrafa e redatora Tamira Ferreira estava lá e você pode conferir tudo que rolou. 

Por volta das 19h, já era possível ver uma longa fila esperando a abertura da casa e a chance de entrar antes da chuva piorar, pois já no final da tarde, era possível ver o céu com nuvens cinzas e carregadas. 

Rapidamente todo mundo entrou e começou a socializar entre si, alguns compravam merchandising, outros bebiam e comiam, todos à espera da primeira atração da noite, chamada Allenkey.

A banda de hard rock paulista sobe ao palco com a confiança de quem sabe o que faz e está prestes a entregar entretenimento para o público. Já era possível ver desde o começo as pessoas interagindo e curtindo o som que era entregue. 

O que vale ressaltar na Allenkey é a técnica musical aprimorada de seus músicos e a potente voz da vocalista Karina Menascé que soltava com facilidade vários agudos afinados e drives potentes. Com um setlist totalmente autoral, eles conseguiram mostrar seu som e entregar muita simpatia de todos os músicos, principalmente de Karina que conversava constantemente com o público e olhava para eles enquanto cantava.

Allen Key – Carioca Club – 19/01/2024

  1. Granted
  2. Straw House
  3. Illusionism
  4. Sleepless
  5. Goodbye
  6. Apathy
  7. Mr. Whiny
  8. The Last Rhino

Após Allenkey terminar o show, era hora de arrumar tudo para a entrada do Apocalyptica que subiu ao palco, pontualmente, às 22h. 

Um por um, Perttu Kivilaakso, Paavo Lötjönen e Eicca Toppinen vão entrando, para delírio de todos. Dessa vez, quem estava assumindo a bateria foi Mikko Kaakkuriniemi, substituindo o baterista oficial da banda Mikko Siren. O motivo oficial de Siren não ter vindo para a América Latina ainda não foi informado.

Eles começam com “Ashes of the Modern World” do álbum de divulgação Cell-0 que traz um som denso no começo e é a forma perfeita de começar a aquecer os fãs e prepará-los para a noite. 

O Apocalyptica foi criado como um projeto de versões de músicas do Metallica, então não tinha como não colocar uma logo de início. A escolhida foi “For Whom the Bell Tolls”, o que animou muito os fãs das duas bandas que estavam ali. 

Fundador da banda, Eicca, assumia o posto de backing vocal em algumas músicas e usava o microfone para agradecer os fãs por estarem ali prestigiando o show. 

Continuando com as canções 100% instrumentais, temos “Path” do álbum Cult que mostra exatamente a personalidade de Apocalyptica e suas misturas de estilos que vai da música clássica ao heavy metal, passando por outras sonoridades, e cria um som único. 

Eicca assume o microfone mais uma vez para introduzir o cantor mexicano Erik Canales que está como vocalista dessa turnê. Erik entra no palco já esbanjando carisma e conversando em português com os fãs antes de “I’m Not Jesus”, canção originalmente cantada por Corey Taylor do Slipknot. 

Sem perder muito tempo, eles começam a tocar “Not Strong Enough” que combina muito bem com a voz de Erik e ele entrega uma grande interpretação para a música. 

O vocalista saiu do palco e o show continua com “Grace” do álbum “Worlds Collide” que tem uma agilidade muito famosa nas músicas da banda e atraiu a atenção dos fãs que assistiam.
Falando sobre os fãs, eu senti que a maioria mais assistia ao show do que curtia de alguma outra forma: dançando, batendo cabeça ou até cantando junto. Não sei se era o perfil dos fãs ou pelas canções serem, em sua maioria, instrumentais. O que era possível ver mesmo era a animação em cima do palco dos músicos que batiam cabeça, apontavam para os fãs e faziam caretas. Principalmente Paavo que sempre pedia para o público bater palma em diferentes momentos.

Era esperado para o show mais covers do Metallica, porém era hora de trazer a versão de uma banda brasileira e, ninguém menos que o Sepultura. A banda toca Refuse/Resist que também está no álbum “Inquisition Symphony” do Apocalyptica. 

Um dos singles mais recentes da banda foi uma parceria com os holandeses do Epica, chamado “Rise Again”, mas para o show, eles tocaram a versão “Rise” que é totalmente instrumental e está no álbum Cell-0. Eu até cogitei cantar a canção, mas como vi que as pessoas à minha volta não iriam me acompanhar, eu acabei cantando baixinho, para mim mesma.

Eicca volta a falar com os fãs e pergunta se alguém ouviu o álbum Cell-0, quando a resposta afirmativa veio, ele disse: “Que bom para vocês”. Todos caíram na risada.

Também presente nesse álbum, eles tocaram “Em Route to Mayhem”, última canção instrumental antes da volta de Erik que entregou uma bela performance para duas das melhores músicas do Apocalyptica: “Shadowmaker” e “I Don’t Care”. A segunda sendo muito positivamente ovacionada pelos fãs. 

O show estava quase perto do fim, mas a vontade era de ficar mais algumas horas por ali ouvindo o que os músicos poderiam nos entregar. Eu mesma gritei para que eles tocassem “Cold Blood”, Eicca e Perttu sorriram, mas continuaram com o setlist programado tocando “Nothing Else Matters”, outro clássico do Metallica. Nessa todos cantaram juntos o mais alto possível e, segundo Perttu, foi um dos momentos mais bonitos que ele já presenciou. 

A banda segue com “Inquisition Symphony” do Sepultura e termina as versões com “Seek and Destroy”, canção que também foi muito bem aceita pelo público que cantou junto do começo ao fim, ressaltando o refrão marcante. 

Os integrantes saem rapidamente do palco, mas voltam para o bis com “Farewell” e “Peikko”. 

A banda se despede dos fãs e Eicca anuncia, para felicidade de todos, que eles irão lançar um novo álbum ainda esse ano. Ele também promete que o Apocalyptica irá voltar ao Brasil. A notícia perfeita para quem ficou com um gosto de quero mais dessa incrível apresentação. 

Apocalyptica – Carioca Club – 19/01/2024

  1. Ashes of the Modern World
  2. For Whom The Bell Tolls (cover de Metallica)
  3. Grace
  4. Refuse/Resist (cover de Sepultura)
  5. I’m Not Jesus (com Erik Canales)
  6. Not Strong Enough (com Erik Canales)
  7. Rise
  8. En Route to Mayhem
  9. Shadowmaker (com Erik Canales)
  10. I Don’t Care (com Erik Canales)
  11. Nothing Else Matters (cover de Metallica)
  12. Inquisition Symphony (cover de Sepultura)
  13. Seek and Destroy (cover de Metallica)

Bis:

  1. Farewell
  2. Peikko
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About Gustavo Diakov

Idealizador disso aqui, Fotógrafo, Ex estudante de Economia, fã de música, principalmente Doom/Gothic/Symphonic/Black metal, mas as vezes escuto John Coltrane e Sampa Crew.

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