Uma Jornada de Evolução e Retorno
O In Flames, ao longo de três décadas, demonstrou ser uma das bandas mais mutáveis e inovadoras do cenário do heavy metal global. A cada era, reinventaram-se, desafiando tanto os gostos dos fãs quanto as fronteiras do gênero. Essa trajetória culminou em “Foregone”, o 14º álbum da banda, lançado pela Nuclear Blast Records e distribuído pela Shinigami Records. O disco traz uma notável coesão, representando o trabalho mais sólido em cerca de 15 anos.
A entrada de Chris Broderick, ex-Megadeth e Nevermore, é um destaque notável. Sua contribuição se revela uma adição valiosa ao time, trazendo uma nova dimensão à sonoridade do grupo.
Este é o primeiro disco com o guitarrista, Chris Broderick, e é o disco mais pesado em anos. O vocalista, Anders Fridén, comentou sobre o álbum:
“Indo para as sessões de ‘Foregone’, queríamos fazer um disco que fosse fortemente conduzido pela guitarra e que tivesse uma base forte entre o baixo e a bateria. Nós ainda abordamos nossas composições da mesma maneira, como sempre fizemos, como uma justaposição entre melodia e agressão. Esse é o DNA da nossa música. Do lado lírico das coisas, não faltou inspiração, especialmente o conceito de tempo. A humanidade como um todo foi forçada a desacelerar e respirar. Nesse intervalo, muitos de nós passamos um tempo avaliando e redefinindo as prioridades. O tempo é uma constante, mas o que fazemos com ele e como o percebemos varia. Especialmente agora olhando para onde o mundo parece estar indo mais rápido do que nunca. É uma loucura que, depois de tudo, ainda estejamos aqui e em nosso décimo quarto álbum. Sinto que encontramos um grande equilíbrio entre o passado, o presente e o futuro com ‘Foregone’. Esta é uma nova era do IN FLAMES!”
A faixa de abertura, “State of Slow Decay”, surge como um arauto vigoroso, combinando elementos do death melódico com um refrão cativante, mostrando um retorno às raízes da banda. “Meet Your Maker” continua essa tendência agressiva, oferecendo riffs intensos e um solo notável.
A música-título, “Foregone”, se destaca como um furacão sonoro, garantindo poucos momentos de repouso. “Pure Light of Mind” explora territórios mais melódicos e alternativos, acrescentando uma camada distinta ao álbum. “The Great Deceiver” evoca reminiscências de “Come Clarity”, apresentando um excelente solo, embora possa passar desapercebida.
“In The Dark” é um ponto alto, com uma composição intricada, contrastando contra-tempos e uma atmosfera sombria. No entanto, o álbum enfrenta uma leve queda de energia em suas faixas posteriores, embora se recupere de maneira destacada com o encerramento em “End The Transmission”.
“Foregone” certamente proporciona momentos gratificantes para os fãs de longa data do In Flames. Apesar de algumas breves oscilações, permanece como um trabalho consistente, demonstrando uma habilidosa reinvenção das raízes sem cair em mero saudosismo.
Anders Fridén, vocalista da banda, compartilhou insights sobre o álbum, enfatizando a intenção de criar um trabalho fortemente orientado pela guitarra, mantendo a essência da dualidade entre melodia e agressão, uma marca registrada do grupo. O conceito do tempo permeia as letras, refletindo sobre a pausa forçada que o mundo experimentou, oferecendo uma perspectiva única sobre o ritmo acelerado da sociedade contemporânea.
“Foregone” representa um capítulo revitalizado na jornada do In Flames. Ao incorporar elementos do passado e presente, a banda conseguiu produzir um álbum que ressoa com a autenticidade de sua trajetória, destacando-se especialmente nas fases mais pesadas.
“Foregone” é um retorno triunfante para o In Flames, marcando um momento de renovação e afirmação de sua identidade musical. Com uma fusão habilidosa de elementos do passado e do presente, o álbum oferece uma experiência poderosa e envolvente para os fãs de longa data e uma introdução intrigante para novos ouvintes. A entrada de Chris Broderick e a atenção cuidadosa à evolução da sonoridade da banda resultaram em um trabalho que ressoa como um marco significativo na carreira do grupo. “Foregone” não apenas queima a língua dos críticos, mas também solidifica o In Flames como uma força inegável no cenário do heavy metal atual. Um dos melhores lançamentos da banda e do ano de 2023.
Para mostrar como foi a perna europeia da nova turnê, o grupo sueco estreou o documentário The Journey Home, que pode ser assistido logo abaixo.
Tracklist:
- The Beginning Of All Things
- State Of Slow Decay
- Meet Your Maker
- Bleeding Out
- Foregone Pt. 1
- Foregone Pt. 2
- Pure Light Of Mind
- The Great Deceiver
- In The Dark
- A Dialogue In B Flat Minor
- Cynosure
- End The Transmission
SHOW EM SÃO PAULO:
In Flames – 09 de novembro – Quinta-feira
Cidade: São Paulo/SP
Local: Tokio Marine Hall
Abertura da casa: 19h
Vendas online: Eventim
https://www.eventim.com.br/artist/in-flames/
Realização: Free Pass
Ingresso solidário: entregue 2 kgs de alimento não perecível no acesso ao evento.
Classificação etária: 16 anos.
Menores de 16 anos somente acompanhados dos pais ou responsável legal.
🎫 A Free Pass não se responsabiliza por compras efetuadas em canais não oficiais.
O giro pela América Latina também inclui apresentações no Equador (Quito / 5 de novembro), Chile (Santiago / 7 de novembro) e Costa Rica (San Jose / 13 de novembro).
Será a terceira passagem do grupo sueco pelo país. Anteriormente, eles vieram em 2009 e 2017. A primeira visita contou com apresentação exclusiva em São Paulo. Já a segunda ainda incluiu apresentações no Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte.
A formação atual da banda conta com conta com o vocalista Anders Fridén, os guitarristas Björn Gelotte e Chris Broderick (ex-Megadeth e Jag Panzer), além do baterista Tanner Wayne e d
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