L7 mostra que o grunge está mais vivo do que nunca em show atordoante na capital paulista

Com setlist de 23 músicas, L7 incendeia o Carioca Club com um show de tirar o fôlego

Fotos: Isis Trindade em cobertura para igormiranda.com.br

O Carioca Club foi palco de um dos shows mais aguardados do segundo semestre de 2023. A casa de shows situada na capital paulista recebeu um line up de peso que contava com o L7, um dos grandes expoentes do grunge e que se consolidou na década de 90 como headliner da noite. Com nomes renomados do cenário nacional como Cólera e As Mercenárias na abertura do show, o L7 proporcionou uma noite atordoante e memorável para os fãs que lotaram a casa de shows na última sexta-feira, 20 de outubro.

Juntando 3 bandas de peso no mesmo dia, as produtoras Powerline e Maraty não poderiam ter acertado mais na escalação dos nomes para dividir o palco com o L7. A primeira banda a se apresentar foi o Cólera, banda veterana da cena punk nacional e extremamente respeitada por seu legado e influência. Com um número considerável de público ocupando a casa, o grupo entregou doses poderosas do bom e velho punk. O som do Cólera estava realmente alto, praticamente anulando qualquer chance de conversa durante a apresentação. O público não estava muito participativo no início da performance, diferente do que se costuma encontrar em shows de punk, com momentos modestos de rodas e “danças”.

Com a casa mais cheia, logo as coisas começaram a esquentar e o público cantava em alto e bom som canções como Por Que Ela Não?, Dia e Noite, Noite e Dia, Medo e Pela Paz. Foi a primeira vez que o Cólera tocou no Carioca Club, deixando tudo ainda mais especial. Um show que todo fã de punk e boa música deveria assistir ao menos uma vez na vida.

Setlist

  1. Duas Ogivas
  2. Alternar
  3. Minha Mente
  4. Por Que Ela Não?
  5. CDMP
  6. Repetição Constante
  7. Somos Vivos
  8. Palpebrite
  9. Humanidade
  10. Medo
  11. Dia e Noite, Noite e Dia
  12. Pela Paz

Na sequência, foi a vez de outro nome de peso do cenário nacional se apresentar. As Mercenárias, banda que se destacou na cena pós-punk, se apresentou com uma formação diferenciada, com Bibiana Graeff e Mayla Goerish se juntando a Silvia Tape, Pitchu Ferraz e Sandra Coutinho. A banda fez um show excepcional, prendendo a atenção do público e deixando uma forte e positiva impressão em quem assistia o grupo pela primeira vez.

Com um telão complementando a experiência visual, as Mercenárias foram direto ao ponto e aproveitaram muito bem seu tempo no palco. Mesmo com a pouca interação com o público, a performance serviu para mostrar por que a banda é tão importante e respeitada no cenário nacional. O repertório contou com faixas como Meus Pais, Labirintos, Linha do Tempo Contínuo e Polícia.

Setlist

  1. Dá Dó
  2. Inimigo
  3. Meus Pais
  4. Há Dez Anos Passados
  5. Ação na Cidade
  6. Poder
  7. Labirintos
  8. Eu Não Consigo Mais Dormir
  9. Danação
  10. Linha do Tempo Contínuo
  11. Não Não Não
  12. Polícia
  13. Me Perco Nesse Tempo

Chegou então a vez do L7 subir ao palco e incendiar o Carioca Club. A banda que iniciou suas atividades em 1985, em Los Angeles, se destacou nos anos 90 com o lançamento de seu segundo álbum, Smell The Magic (1991), se tornando um dos grandes nomes da cena grunge e excursionando ao lado de nomes em ascensão como o Nirvana.

Logo no início do show, o baixo de Jennifer Finch caiu no chão, precisando ser afinado novamente. A guitarra de Donita Sparks apresentou alguns problemas nas primeiras músicas do show, ocasionando algumas microfonias indesejáveis e um leve desconforto na artista. Mas isso não abalou o L7, banda veterana e dura na queda, que atingiu um Carioca Club lotado com uma enxurrada de músicas. 

O público ficou alucinado com a performance do L7, cantando as músicas extremamente alto e enlouquecendo a cada canção. Não demorou muito para alguns fãs subirem no palco e fazerem os clássicos stage dives. Algumas fãs foram além, com uma delas plantando bananeira no palco e outra mostrando os peitos. Esse clima de festa chegou a contagiar Jennifer Finch, que chegou a dançar com um fã que subiu no palco, mostrando que o show do L7 é pura diversão também.

A performance da banda é atordoante, com interações pontuais com os fãs e com uma sequência de músicas de tirar o fôlego, mostrando que o grunge segue mais vivo do que nunca. É impressionante ver a energia do L7, que com quase 40 anos de atividade entrega mais do que muitas bandas iniciantes. O setlist matador contou com petardos como Deathwish, Scrap, Fuel My Fire, Monster, Wargasm e Shove. No bis a banda tocou American Society (Eddie and the Subtitles cover) e Fast and Frightening, fechando com chave de ouro.

Ver o L7 ao vivo é uma experiência surreal. O que Donita Sparks, Suzi Gardner, Jennifer Finch e Demetra Plakas entregam no palco é algo fora do comum. Para quem gosta de um show energético, barulhento e com pouca firula, o L7 é perfeito. Com um setlist de 23 músicas a banda fez uma apresentação atordoante e que se tornou ainda mais emblemática com a abertura do Cólera e das Mercenárias

L7 – Carioca Club – 20/10/2023

1Deathwish
2 – Andres
3 – Everglade
4 – Scrap
5 – Shove
6 – Stadium West
7 – One More Thing
8 – Mr. Integrity
9 – Slide
10 – Can I Run
11 – Human
12 – Bad Things
13 – Monster
14 – Fuel My Fire
15 – Fighting the Crave
16 – Drama
17 – Patricia
18 – Wargasm
19 – Dispatch From Mar-a-Lago
20 – Pretend We’re Dead
21 – Shit List
22 – American Society (cover de Eddie and the Subtitles)
23 – Fast and Frightening

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About Luis Antonio

Publicitário, colecionador de discos, resenheiro, podcaster, editor, viciado em shows e devoto do Chino Moreno. Misturo Napalm Death e Justin Bieber na mesma playlist e sou entusiasta do nu metal até hoje. Você também me encontra no Podcore Podcast, Downstage, 4 Discos e Entre e Ouça!

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