TORTURE SQUAD – DEVILISH

Nono trabalho de estúdio da banda tem participação de Andreas Kisser (Sepultura) e um apelo à preservação da Amazônia

Após 6 anos, a banda Torture Squad finalmente lançara seu novo álbum “Devilish” lançado pela gravadora Time to Kill Records no dia 22 de Setembro agora. O novo play é uma montanha-russa sonora que fará você mergulhar em um universo obscuro e pesado do thrash metal brasileiro. Com doze faixas que exploram uma variedade de temas sombrios e intensos, cada música contribui para uma narrativa única que mantém o ouvinte cativo desde o primeiro acorde.

O álbum começa com a “Hell Is Coming” que é um arregaço, pesada, intensa e matadora, a faixa que ganhou até um excelente vídeo clipe. Com riffs de guitarra traiçoeiros e uma bateria foda, a faixa te mostra o que esta por vir. A segunda música “Flukeman”, acelera o ritmo com um thrash metal frenético. Os riffs afiados e a voz rasgada da May Puertas fazem dessa faixa uma experiência visceral. A letra obscura adiciona uma camada extra de intensidade à música.

Sem perder o ritmo, a terceira faixa, “Buried Alive”, mantém a energia alta, com um riff cativante e uma progressão poderosa. A narrativa lírica sugere uma sensação de claustrofobia e desespero, complementando perfeitamente a música. A faixa também homenageia heróis brasileiros com a participação de Andreas Kisser (Sepultura). Em “Warrior”, a faixa mostra o lado mais heavy metal do Torture Squad, é uma faixa boa, mas nada de supreendente, ela quebra o ritmo frenético que o disco estava, a música vai agradar fãs de Judas Priest. O tema do som trás uma homenagem a Rickson Gracie, o resiliente lutador de Jiu Jitsu considerado uma das maiores lendas do esporte.

Em “Sanctuary” introduz uma paleta de cores sonoras mais melódicas e atmosféricas. Aqui, a banda nos leva por uma viagem de altos e baixos, oscilando entre momentos intensos e introspectivos. A sensação de equilíbrio é notável. Aqui a bateria rola solta, e a May mostra um lado mais agressivo em seu vocal.

Na na música “Uatumã” a banda também mobilizou diversos músicos ligados às causas indígenas em seu país para colaborar fazendo um apelo pela preservação da Amazônia em uma canção que flui de forma poderosa com as falas do líder indígena Raoni Metuktire e ritmos tribais, e que inclusive a May canta alguns trechos em português. Algo que Sepultura explorou em “Roots”, que faixa espetacular!

Em “Thoth”, a banda retorna ao thrash metal frenético, com riffs rápidos e agressivos. A letra misteriosa e obscura contribui para a sensação de que o ouvinte está explorando territórios desconhecidos.

Na oitava faixa, “Mabus” continua com a intensidade, apresentando uma fusão impressionante de técnica e agressividade. Os solos de guitarra são particularmente notáveis e maravilhosos nesta faixa. “Mabus” foi gravado e mixado pelo Diego Rocha na Bay Area Estudios e a masterização ficou por conta de Martin Fury, guitarrista do Destruction e famoso por trabalhar com as bandas The Damnnation, Invisible Control e Eskrota.


“A letra foi inspirada na previsão do profeta Nostradamus sobre a chegada de ‘Mabus’, o terceiro anticristo. É uma música rápida, poderosa e agressiva”.

Na faixa “Find My Way” oferece uma pausa momentânea da brutalidade, com uma introdução acústica suave que gradualmente se transforma em um hino poderoso. As letras refletem sobre a jornada pessoal e a busca por redenção em meio ao caos. Aqui a Mayara mostra um lado nunca antes explorado por ela e nem pela banda.

“Gaia”, é uma faixa cativante que mistura elementos de thrash metal com melodia. Os vocais limpos e a guitarra acústica criam uma atmosfera única, demonstrando a versatilidade da banda.

Na penúltima faixa, a “A Farewell to Mankind” é uma epopeia sonora que fecha o álbum com chave de ouro. Com mais de sete minutos de duração, esta faixa abrange uma ampla gama de emoções e estilos musicais, demonstrando a habilidade da banda em contar uma história através da música. É uma faixa sensacional, que quase um death metal em algumas passagens. Aqui o Amilcar Christófaro entrega tudo que um baterista precisa entregar em uma música, um arregaço!

A última parada na nossa jornada é “The Last Journey”, uma faixa majestosa que encerra o álbum com grandeza. Com um ritmo contagiante e riffs poderosos, a música nos deixa com uma sensação de conclusão e uma forte impressão.

“Devilish” do Torture Squad é um álbum que cativa do início ao fim. Com sua mistura de agressividade e melodia, o grupo mostra sua maturidade musical e e muita habilidade técnica, criando uma experiência envolvente para os fãs do metal. As letras sombrias e obscuras complementam a atmosfera do álbum, transformando cada faixa em um capítulo de uma história sombria e emocionante. Este álbum é um testemunho da força e da criatividade da cena de metal brasileira e uma adição valiosa ao catálogo do Torture Squad. Prepare-se para uma jornada infernal que deixará uma marca duradoura.

Para adquirir o álbum, acesse o site da gravadora
Time to Kill Records: https://timetokillrecords.com/collections/torture-squad

Tracklist:

01 Hell is Coming
02 Flukeman
03 Buried Alive
04 Warrior
05 Sanctuary
06 Uatumã
07 Thoth
08 Mabus
09 Find My Way
10 Gaia
11 Farewell To Mankind
12 The Last Journey

Para a arte da capa, a banda contou com Marcelo Vasco, ilustrador brasileiro que já criou artes para Slayer, Dimmu Borgir, Soulfly entre outros. Já figura entre os melhores álbuns nacionais de 2023.

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About Guilmer da Costa Silva

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