Em entrevista, InRaza comenta sobre influências, nova formação e composições

Foto: Aline Castro @fotografa.alinecastro

Mulheres na cena, bandas nacionais e período pós-pandemia foram alguns dos temas abordados pelo Andrei durante a conversa

Sonoridade Underground: – Primeiramente, obrigado por nos conceder a entrevista. Vimos uma gama de shows de vocês rolando pós pandemia. Mas nos falem um pouco sobre o começo. Como foi a formação da banda e tempo de estrada de vocês?

Robin: Nos que agradecemos o espaço…
Falando sobre o início, quando eu fundei a banda junto com o Santiago Soares(ex tecladista) nos queríamos montar algo que sintetizasse alguns conceitos como o maior deles que é o de amizade, a gente queria coroar isso, pois somos amigos de infância e pra gente não fazia sentido não ter esse tipo de vínculo com os demais membros.

Quando consolidamos a formação do Ep em 2017 ficamos por volta de 1 ano só ensaiando e sem mostrar muito quem nos éramos quando lançamos o primeiro Single que é Ruined Before Creation junto com o clipe a repercussão foi grande pra gente e isso fez com que a gente tivesse várias oportunidades e tocamos em vários estados brasileiros do Amazonas ao Paraná.
Infelizmente com a pandemia a gente não conseguiu ter um bom desempenho para finalizar o nosso aguardado full, ainda na pandemia a Stephany Nusch (ex vocalista) e o Gabriel Colonna (ex guitarrista) se mudaram para fora do país isso fez com que nosso ex batera o Kelvin Aguiar também quisesse deixar seu posto.

Eu e o Bruno corremos bastante atrás de possíveis novos membros e cá estamos com essa nova formação que ainda contou com o Ale Magno hj no Pense que deu lugar para o Davi e a Amandinha (Fer) que chegaram com os pés nos peitos de todo mundo.

Sonoridade Underground: Como rolou o processo de escolha da Fernanda para assumir os vocais?

Robin: Foi de forma simples, foi uma sugestão do Bruno mas me agradou desde o início poder contar com ela, tanto que só testamos ela.

Bruno: Eu já conhecia a Fe a um tempão. A gente sempre trocava ideia de bandas e ela até acompanhava o som de outra banda que eu toquei. No meio da pandemia ela começou as aulas de gutural e vi que ela tinha um grande potencial. Com a saída da Stephany, foi naturalmente a primeira opção que me veio à cabeça pra indicar.

Sonoridade Underground: Vemos uma ascensão na última década de bandas com integrantes mulheres, oriundas da Nervosa, seguidas pela Crypta. Dentro do rock/metal. O público que os acompanha, e os eventos que tocam, amenizaram os casos de machismo a mulheres que fazem som pesado? Ou vira e mexe ainda rolam comentários misóginos (que geralmente são pela internet)?

Robin: Eu acho que ainda existe uma luta pela quebra de paradigma mas acho que de pouco em pouco estamos chegando lá.
Claro temos muito a educar as pessoas e trabalhar a reconstrução de ideias, sinto que aos poucos as coisas estão melhorando.

Sonoridade Underground: Qual o modus operandi para composição dos sons?

Robin: O Inraza é democrático e transparente com isso, todos tem espaço para trazerem suas composições, antigamente o Gabriel e eu trazíamos mais ideias, muitas vezes mais ele do que eu, com a saída dele eu assumi esse papel junto com o Bruno, quando a gente compõe deixamos em aberto as opiniões internas para que o som sempre tenha um pouco de cada um.
Na parte lírica deixamos a Fernanda a vontade pra que ela explore o que sinta vontade e ela também aceita nossas ideias sobre letras então acaba tendo bastante sinergia.

Sonoridade Underground: Voltando sobre composições, vocês tem a proposta de um Groove metal, ora com pitadas de death. Sabemos por exemplo que a Fernanda gosta de bandas de Doom, black metal e post metal. Vcs tem uma proposta de som pré definida? Ou, como cada um trás a característica de suas influências pro som do Inraza?

Robin: A gente tem um “lema” na banda… “não se prenda a nada”, ou seja a gente ouve de tudo, de blues a death metal, passando por Ritmos regionais e um monte de coisas fora da música pesada, a gente se espelha em bandas desprendidas de estilo como o Mastodon por exemplo… a gente só faz a música sem querer travar em algo.

Bruno: O que o Robin comentou da gente não se prender a nenhum rótulo faz total sentido desde o meu primeiro contato com a banda vendo as influências diversas que cada um tinha. Desde rap nacional até K-pop. Acho que isso ajuda na hora de trazer novos elementos para a composição

Sonoridade Underground: Quais bandas nacionais vcs podem citar como indicação e que estão no corre do underground junto com vocês?

Robin: Que pergunta difícil hahahahha amo muitas bandas mas acho que algumas estão tão próximas que criamos um vínculo muito legal tipo o Cras, o Manger Cadavre?, o Corja, o Hatefulmurder, o Mercy Shot, o OLC, o Hellway Patrol,… amo também o Horizon Key, o Kill For Nothing, o Xucro, o Coyote Bad Trip são bandas eu tenho muito carinho…

Bruno: Além das que o Robin citou, posso complementar com o Los Suffers, Berro Mote, Muqueta na Oreia, Dakhmas, Enigma X Machina e o Lowd

Sonoridade Underground: Planos para o segundo semestre de 2023 e futuros?

Robin: a Ideia é fazer muito shows, finalizar as novas músicas e entrar em estúdio pro aguardado full 🙌🏻

Sonoridade Underground: Qual grande banda gringa vocês gostariam de abrir um show, por realização pessoal, e assim mostrar o som de vocês a um público mais abrangente?

Robin: Fear Factory, Judas Priest e Gojira
Fernanda: Jinjer, Spiritbox e Konvent
Davi: Mastodon e Lamb of God
Bruno: Trivium e Bleed From Within

Sonoridade Underground: Obrigado pelo tempo de vocês, deixo o espaço abaixo para suas considerações finais:

Robin: Primeiro muito obrigado pelo espaço, fico muito grato pelo apoio e grato por todos que nos acompanham nessa caminhada 👊🏻

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About Andrei Ramirez

34, pai, bussiness man, vocalista. Cria do new metal, forjado no metal extremo e amante da gotiqueira (darkwave ). Resenhas de shows, álbuns e entrevistas.

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