Deafheaven traz seu Blackgaze ao Fabrique em tarde nublada

Carisma e simpatia marcaram a apresentação da banda.

Texto e Fotos: Gustavo Diakov

O mês de março está apenas começando, e seguimos com a maratona de shows e eventos, depois de Persefone no Manifesto, Festival Grls, Def Leppard e Coldplay, o último final de semana seguiu agitado, dividindo o público entre Paramore, Kool metal Fest, Millencolin, Coldplay e Deafheaven, além é claro dos shows de Rap espalhados pela cidade, em comemoração ao Mês do Hip Hop.

Estive pelo Fabrique para acompanhar a segunda apresentação dos Americanos do Deafheaven em solo nacional, a primeira vez foi em 2014. Divulgando seu último trabalho “Infinite Granite”, que apresenta uma sonoridade bem diferente dos álbuns anteriores da banda, o que certamente dividiu opiniões, mas longe de ser um trabalho de qualidade duvidosa.

Quem chegou cedo ao Fabrique, pode conferir o merchandise do Deafheaven, com camisetas e corta-vento que em questão de alguns minutos se formou uma grande fila. A discotecagem foi variada, onde até uma bossa nova pudemos ouvir, e seguiu assim até o início da banda convidada, Terraplana.

Pontualmente às 18hrs, o show teve início e o público presente acompanhou a apresentação da banda de shoegaze que recentemente lançou o seu primeiro álbum, intitulado “Olhar para Trás” via Balaclava Records.

Com um show curto, porém animado, o setlist do curitibanos contou com as músicas do último trabalho, e também do EP de 2017, “Exilio”. Donos de um alto-astral único, os músicos fizeram questão de interagir com os presentes e agradeceram todos aqueles que chegaram mais cedo para prestigiar o trabalho, com a quase cheia, eles fizeram um show denso e arrastado, com muita fumaça e pouca iluminação, trazendo uma atmosfera soturna, lindo pra quem assiste, ruim pra quem fotografa.

Formada por Stephani Heuczuk (baixo e voz), Vinícius Lourenço (voz e guitarra), Cassiano Kruchelski (voz e guitarra) e Wendeu Silverio (bateria), A banda recebeu grande destaque após vencer um concurso organizado pela Groover Brasil para tocar no Balaclava Fest.

É então que finalmente, Deafheaven sobe ao palco e inicia o show ao som de “Black Brick”, single de 2019 que conta com uma sonoridade densa e riffs afiados, que foram o suficiente para algumas pessoas já iniciarem algumas rodas de mosh pelo fabrique. Bem recebidos pelo público, a banda agradece a presença de todos e diz que é ótimo estar de volta no brasil após um longo período, e sem mais delongas, “Sunbather” dá continuidade a apresentação, musica que leva o nome do trabalho de 2013, que pra muitos é o melhor trabalho já feito por eles.

“Shellstar”, “In Blur” e “Great Mass of Color” é a sequência dos deuses para todos aqueles que assim como eu, aprovaram “Infinite Granite” lançado em 2021, que apresenta uma sonoridade mais leve e harmoniosa, com fortes influências de Shoegaze. diferente das outras músicas, essas foram acompanhadas pelo público em uma vibe mais calma, sem rodas espalhadas pelo Fabrique.

“Canary Yellow” segue mantendo a apresentação em um ritmo mais calmo atraindo a atenção dos presentes, 12 minutos mesclam um instrumental mais harmônico das guitarras do Kerry McCoy e Shiv Mehra com os guturais rasgados do George Clarke, acompanhados dos bumbos duplos do Daniel Tracy.

A apresentação se destaca também, pela quantidade de músicas no setlist, apenas 9, porém a mais curta com pouco mais de 5 minutos, (In Blur com 5:30) as outras mantém uma média de 8 a 10 minutos. Mombasa é a faixa que encerra Infinite Granite, e aqui encerra a primeira parte do show, que teve aproximadamente 45 minutos.

Antes de executar as duas últimas canções, George novamente agradece pela recepção, e garante que o retorno da banda ao país não demorará tanto novamente, já que estão gravando um novo álbum que será lançado ano que vem.

“Brought to the Water” e “Dream House”, fecham a apresentação dos Americanos do Deafheaven, que sem dúvidas agradou a todos os presentes no fabrique nessa noite chuvosa.

Setlist:

Sycamore Trees
(Angelo Badalamenti song)
Black Brick
Sunbather
Shellstar
In Blur
Great Mass of Color
Canary Yellow
Mombasa

Encore:
Brought to the Water
Dream House

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About Gustavo Diakov

Idealizador disso aqui, Fotógrafo, Ex estudante de Economia, fã de música, principalmente Doom/Gothic/Symphonic/Black metal, mas as vezes escuto John Coltrane e Sampa Crew.

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