Sonoridade Entrevista: Gui Barboti

Na ultima semana, conversei com o Gui Barboti, vocalista do Incêndio, batemos um papo bem legal sobre o Kissclub, música, politica e muito mais, deem uma conferida.

Sonoridade Underground – Primeiramente quero agradecer por ter aceitado o convite. Como surgiu o convite de se apresentar no kissclub?

Gui Barboti: Salve querido, gratidão demais pelo convite. Estava ansioso pra rolar .

Sobre o Kissclub, foi um convite do nosso amigo Bob, vocalista da Daga e Balsamik. Ele trabalha na produção do programa, e sempre apoiou demais a banda.  As bandas que estão lá são consideradas bandas de alto nível, e pra gente com certeza foi de causar um frio na barriga.


Sonoridade Underground – E Qual foi a sensação de se apresentar no programa?

Gui Barboti: Mano, foi bem daora viu. Palco grande, som bom, comida e bebida no camarim. CAMARIM! A gente não tá acostumado com isso não kk. O que realmente dá um gelo na barriga é o alcance que isso tem. Apenas na rádio, chega para mais de 50 mil pessoas por minuto. É muita gente ouvindo a sua musica ao mesmo tempo, eu gosto, apesar do medinho que isso causa.  Pra quem assistiu em vídeo no Facebook e YouTube, tá lá gravado, e tá super divertido de ver. Eu voltei de viagem vendo pelo celular, baita de um show grande, da orgulho de ver! A produção foi algo a parte, extremamente gentis com a gente, interessados em fazer a banda se sentir bem em estar lá. Fui dormir com uma sensação boa esse dia, de que chegamos em algum lugar com a música, louco

Sonoridade Underground – A banda passou por uma reformulação em sua formação, como foi lidar com isso?

Gui Barboti: Cara, essa não é a primeira vez né. São coisas que acontece quando você tem um banda.

A incêndio nunca parou de tocar, ensaiar e produzir nos 3 anos de idade que tem. A gente segue em frente, ainda mais fortes. E sem falar mal de ninguém que ficou pra trás, amo todos que escreveram essa história, sem exceção. A formação nova conta com os novos Naga(baixo) e Pedro(guitarra e produção), e o Edward que era nosso baixista foi promovido pra guitarra. Eu gosto muito de como está soando, e esse primeiro lançamento também foi promissor com nosso público, que acolheu muito bem as diferenças.

Sonoridade Underground – O visual utilizado foi bem chamativo, tem algum propósito nisso?

Gui Barboti: Sim! Totalmente, a gente sempre quis sair do quadrado CINCO CARAS DE PRETO, a referência foi de um clipe do The Home Team, Luz neon, roupas florescentes. O lance é que a gente levou ao máximo a sério o tema, que era “passar a energia da banda”. Todos, banda, produção e namoradas dropamos Michael Douglas, fumamos muito tabaco orgânico e gin com gelo de sabor para nos deixarmos levar pra dentro da nossa briza, rolou até tatuagem na bunda do Yuri.

Sonoridade Underground – Me fala um pouco sobre o cenário hardcore no interior de SP. Quais bandas você
indicaria pra galera?

Gui Barboti: Cara, a cena do interior não tem apenas bandas de hardcore. Vou citar as bandas que fazem um puta corre aqui pertinho da gente: Hutal, Cura, Consolidate, Astronova, Triunfo, Cardiac, Black Mapache, Sudra, e tem várias outras. 

Sonoridade Underground – Como a pandemia afetou os planos da banda, em questão de lançamentos, shows,
gravações?

Gui Barboti: A banda sempre foi muito ativa né, 2019 fizemos 42 shows no ano. Mesmo em 2020 antes da pandemia fizemos 11 e só começamos lá pro meio de janeiro. Aprendemos a nos virar, financeiramente está sendo o melhor momento da banda. Aprendemos a fazer um din com nossos recursos de banda, ir atrás de editais, iniciativa privada, melhorar nossas roupas. Com certeza afetou muito a banda, quase tudo acabou, mas estamos mais maduros agora.

Foto: Caike Scheffer

Sonoridade Underground – qual foi a reação dos ouvintes, quando você mandou um Fora Bolsonaro?

Gui Barboti: HAHAHAHAHHAHA eu sabia que essa viria! Em rede nacional? Pra 50 mil pessoas? Cara, teve velho reaça que mandou FORA INCÊNDIO! Sorte que temos amigos e fãs que amam muito a gente, nos defenderam até o final.  Depois lendo os comentários foi só risada. Fizemos isso pra causar, não foi? Se ficaram putos, deu certo.

Sonoridade Underground – Sobre a atual situação política e sócio econômica do país, o que você tem a dizer?

Gui Barboti: Dólar subindo, dinheiro valendo menos, Brasil novamente no mapa da fome e presidente falando de voto impresso, quando deveria estar falando de retomada econômica.

Sonoridade Underground – Isso será tema de abordagem nas próximas letras?

 Gui Barboti: A próxima, e só a próxima fala disso. Mas o tema é mais a saudade e a responsabilidade em se manter firme nesse momento. “Sinto saudade da gente se ver, da gente se ter. Suor no rolê. É um compromisso, por não ser omisso naquilo que vivo também” Tem tudo haver. Mas do nosso jeito.

Sonoridade Underground – Sobre a turnê no próximo ano, quais são os planos iniciais?

Gui Barboti: Já rodamos o estado antes, queremos voltar para todas as cidades que já passamos. E conhecer gente nova, não vejo a hora de abraçar

Sonoridade Underground – Fiquei sabendo que durante a gravação do clipe, a polícia foi acionada, conta pra gente
essa história?!

Gui Barboti: mano, denunciaram a gente por barulho. A polícia colou real, mas por sorte, o estúdio de dança que estávamos gravando tinha alvará para esse tipo de gravação e não deu nada. É importante estar preparado, por pouco a gente não rodava.

Sonoridade Underground – Na hora de compor, quais são suas principais referências?

Gui Barboti: Eu amo BMTH, black days, bullet Bane, beartooth, machine gun kelly. Acho que tá vindo nessa pegada no que se diz respeito a mim, mas cada um escuta algo diferente. É legal ver como tudo sai bem diferente dos rascunhos iniciais, depois que junta todas essas referências loucas que temos.

Sonoridade Underground – Durante a pandemia chegou a conhecer novos artistas, ou estilos? Pode nos indicar
alguns?

Gui Barboti: Cara, passei a ouvir mais R&B e músicas lentas com guitarra bem orgânica, escuta tash sultana, tame Impala, papii shitaki, dope lemon. Só música transa.

Sonoridade Underground – Pra finalizar, quem é Guilherme, fora do Incêndio?

Gui Barboti: Sou um sonhador, to aqui por um tempo. Pretendo usar esse tempo fazendo gente suar, cantar e se divertir.

Lindões, grato demais pela conversa viu, um grande beijo aí pra vc

Confira a apresentação do Incêndio no kiss club:

Intro 08:37 Até Breve 09:43 Persistência 12:53 Explosão 16:39 Estrada 24:44 Novas Sensações 28:39 Santo Forte 39:10 Estamos Aqui 42:19

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About Gustavo Diakov

Idealizador disso aqui, Fotógrafo, Ex estudante de Economia, fã de música, principalmente Doom/Gothic/Symphonic/Black metal, mas as vezes escuto John Coltrane e Sampa Crew.

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