A alma do Immortal – Abbath, enfim se apresenta em São Paulo!

Fotos: André Santos

As temperaturas na capital paulistana amenizaram, após longos dias beirando os 40 graus,
para receber o ‘’mini-fest’’ no Vip Station, que teria como headliner o ícone da gélida banda
Immortal, Abbath neste domingo (19)

Como tem ocorrido com mais intensidade no último trimestre, o final de semana (e a semana,
onde tivemos Mastodon e Gojira) estava abarrotado de eventos de música pesada pela capital,
do mainstream ao underground, onde os apreciadores tem se dividido em suas decisões sobre
qual evento presenciar.

Sendo assim, os arredores da casa por volta das 16:30, estavam bem mais vazios do que o de
costume, o que refletiria também na pista, que por volta das 16:45 ainda se encontrava um tanto
vazia para receber os cariocas do Sangue de Bode. A banda, não auto denominada como
‘’black metal’’ apesar do corpse paint e temáticas, trouxe o seu honesto metal extremo, e
pode contar com o som bem regulado da casa. Estes tem excursionado, e já estiveram em SP
antes, tendo um público um tanto fiel, e sendo uma das revelações do underground, após o
‘’Ao vivo’’ do canal Scena.

Seguidos pelo Infamous Glory, banda já de longa data na cena do metal extremo nacional, que
faz um death metal coeso, caucado na velha escola anos 90, e trazendo também muita técnica
mas sem cair para o maçante (opnião pessoal) tech death. Destaque para sinergia entre os
guitarristas Kexu e Neil, aproveitaram o ensejo e tocaram músicas que estarão disponíveis em
material a ser lançado. Um show intenso e visceral, embora ‘’cedo’’ e ainda para um público
bem razoável. A maneira como parecem se divertir fazendo o que fazem, trás uma sensação
de interatividade á apresentação.

Sem atraso entre as trocas e preparação de palco, e parecendo um tanto antecipados até, a
vez do palco agora, era para os colombianos do Vitam Et Mortem. A banda que já possui 20
anos de história, e com experiência ao dividir o palco com grandes nomes do metal mundial,
trás um blackened death metal, na estética e na sonoridade, por vezes com algumas melodias
que mostram grandes influências de Dissection, e até mesmo um pouco de Folk. Possuem 6
álbuns de estúdio, além de singles e splits e trouxeram sons que passaram por toda a sua
carreira. Um tanto performáticos também, conseguiram trazer o clima a apresentação de suas
temáticas que abordam a morte, história e rituais ancestrais

A apresentação se encerrou por volta das 20 horas, sendo que o previsto para Abbath entrar
ao palco era ás 21. Tempo suficiente para um banheiro/cervejinha. Uma breve observação é
que nesta vez não reparei em merchs oficiais a venda, apenas das bandas locais que
participaram do evento. E também este meio tempo, foi o suficiente para que a quantidade de
presentes quase que dobrasse, preenchendo os espaços um tanto vagos da pista que existiam
antes. Embora não tenha ocorrido uma super lotação, chegamos a uma quantidade digna de
pessoas, para presenciar a lenda que estaria por vir.

Recordando que na última passagem de Abbath prevista para Brasil, e América Latina, no
período ainda pré pandemia, houveram contratempos, causados por problemas de alcoolismo
do vocalista, que seguido a isto, passou um longo tempo em uma clínica de reabilitação. O que poderia gerar apreensão de alguns, sobre a qualidade do que estaria por vir. Mas
(realmente após mais de 1hr do espera), as expectativas foram positivamente surpreendidas.

Abbath e banda adentram o palco, desferindo Triumph, faixa de abertura do álbum Damned in
Black (2000), conforme muitos esperavam. Embora possua 3 álbuns em carreira solo (Abbath, 2016, Outsrider, 2019 e DreadReaver, 2022), o saudosismo nostálgico sem dúvida faz muitos
quererem ouvir os grandes clássicos de sua antiga banda. A apresentação de cerca de 1:20
realmente passou por sons dos álbuns antes citados, em um alto e bom som regulado pela
casa, que também faz um bom trabalho de luzes que colaboram para a ‘’climatização’’ da
experiência do show.

Se mostrando a vontade (e provavelmente sóbrio, rs) Abbath fez jus a experiência de 30 anos
de carreira, bem como a banda, que desferiu dos riffs gélidos, de maneira impecável, até
mesmo nos clássicos executados como Sons of Northern Darkness
Um excelente show, de um grande ícone (além dos memes, rs) da música extrema mundial.
Que após a apresentação, ainda atendeu a todos os remanescentes que o aguardavam na
porta da casa, autografando cds e tirando as clássicas e expressivas fotos com ele.

Abbath – Vip Station – 19/11/2023

Intro
Triumph (Immortal cover)
Dream Cull
Hecate
Acid Haze
Battalions (I cover)
Ashes of the Damned
Dread Reaver
In My Kingdom Cold (Immortal cover)
Beyond the North Waves (Immortal cover)
The Artifex
Winterbane
Fenrir Hunts
Warriors (I cover)
Endless
One by One (Immortal cover)

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About Andrei Ramirez

34, pai, bussiness man, vocalista. Cria do new metal, forjado no metal extremo e amante da gotiqueira (darkwave ). Resenhas de shows, álbuns e entrevistas.

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