Foto: Paul Bergen
Em uma conversa nos bastidores com Jonathan Graham, da Guitar Interactive, o guitarrista do Slipknot, Jim Root, revelou como estão as coisas atualmente em relação à nova música da banda — e por que não há pressa alguma para voltar ao estúdio.
“Não de forma diligente”, admitiu Root, ao ser questionado se a banda tem trabalhado em material novo para suceder o álbum The End, So Far, de 2022. “Honestamente, a gente tem feito tantas turnês desde que o Eloy Casagrande entrou na banda que minha inspiração está quase zero.”
Casagrande, ex-baterista do Sepultura, entrou para o Slipknot no início de 2024, trazendo uma nova dinâmica ao grupo. Mas mesmo com sangue novo na formação, Root confessou que a rotina exaustiva de turnês tem cobrado seu preço na criatividade.
“E tem um monte de música que foi escrita durante a COVID e pela qual eu não tenho interesse,” continuou. “E acho que o resto da banda entende isso também, e meio que estão assim: ‘Ok, talvez seja melhor varrer essa porcaria toda pra debaixo do tapete e começar do zero.'”
É uma confissão surpreendentemente sincera, mas a honestidade de Root gira em torno da necessidade de espaço para seguir em frente:
“Quero deixar as turnês para trás. Quero ter pelo menos um mês de folga só pra desligar meu cérebro, dormir e tudo mais”, disse. “E aí, quando eu me pegar indo até meu estúdio em casa e criando uns riffs, vou saber que é hora de começar.”
Em uma entrevista recente à Alternative Press, o percussionista Clown disse que os planos para gravar novo material ainda são incertos.
“Entre 2025 e meados de 2026, vai rolar composição. Acho que vai ser antes disso. Talvez a gente entre em estúdio no fim de 2025. Não há expectativas. Ninguém está com pressa, mas também não vamos deixar isso de lado.”
Para o Slipknot — cuja identidade sempre foi moldada pelo caos, catarse e constante evolução —, o próximo capítulo ainda não foi escrito. E, por ora, uma pausa pode ser exatamente o que eles precisam.