“O que era espetáculo, virou folia”: Falamansa inicia turnê Universos em São Paulo

A banda paulistana de forró relembra clássicos e presta homenagens aos artistas do gênero

Texto por Bianca Matz e Foto por Marcos Oliveira (@marcosoliveirapht)

A banda Falamansa apresentou-se na Audio, em São Paulo, no dia 14 de março para mostrar ao seu público o início da turnê Universos. Que promete fazer uma viagem desde o começo, há 26 anos, até os dias de hoje, passando por grandes sucessos e sendo a oportunidade perfeita para mostrar o novo álbum.

Antes de começar a apresentação, o ambiente já estava convidativo, em que preparava o público aos poucos para o que viria a seguir, em que clássicos da MPB e Forró permeavam pelo local.

Já adianto que se é a primeira vez de alguém no show do Falamansa e pensa que eles deixarão as melhores músicas para o final, estão totalmente enganadas, pois a música que abre o setlist é “Xote da Alegria”. Que além do cenário repleto de cores, acessórios e iluminação LED, com símbolos que remetem às letras da banda, ainda há presença de intérprete de Libras.

E, além da apresentação começar com uma das canções mais animadas, o clima só vai aumentando e deixando o ambiente cada vez mais alegre ao continuar com “Um Dia Perfeito” e “Confidência”. Em que no final desta terceira canção, Tato abre um diálogo com o público se seria possível fazer uma brincadeira vocal antes do grand finale da canção, apenas para aquecer e preparar os fãs para cantarem as próximas músicas.

Como um bom vocalista e maestro, ele conseguiu guiar e dividir o público em três setores vocais, que acompanhavam a banda e os últimos arranjos que fechavam a canção, dando uma introdução à “Rindo à Toa”.

Por um breve momento, o vocalista anunciou que a turnê Universos foi idealizada para recordar a história do Falamansa, que já completava 26 anos e que, com certeza, poderia chegar aos “100 Anos”, uma brincadeira com a canção do grupo que leva o mesmo nome.

Em seguida, duas músicas foram acrescentadas ao repertório, em que normalmente, são performadas com a participação de outros cantores, mas durante o show, foi apenas cantado pelo Tato. A primeira sendo “Aloha”, com Natiruts; e “Esperando na Janela”, com o grupo Rastapé.

Mas voltando às canções apenas do Falamansa, tivemos também “Asas”, em que todos cantavam a música em uníssono do início ao fim.

Conforme o show foi avançando, o público consegue notar que independente do álbum, o Falamansa mantém o seu padrão alegre, divertido e contagiante, como sempre foi desde 1998, quando a banda surgiu.

Outro ponto a ser destacado é como essa animação não se limita apenas ao vocalista que possui uma enorme presença de palco, mas a todos os integrantes que entram no ritmo, sendo inimigos do fim de qualquer música, eles querem continuar em um looping, eternizando o momento tão memorável.

Tato revela que irá apresentar “Não Vou Mais Chorar”, uma música nova e pede para que todos possam fingir que conhecem há tempos, que possam aplaudir como se fosse um grande sucesso. Ele também dá a ideia de que pode ser o momento para as pessoas que não conhecem, pegarem esse intervalo para irem ao banheiro e fingirem que perderam a chance de ouvir a nova canção!

E para recuperar o fôlego e chamar as pessoas novamente para um momento de conforto, que realmente saibam cantar a próxima música, a banda continua com “Xote dos Milagres” e “Avisa”, tirando um rápido momento para o público desejar e direcionar toda energia positivas às pessoas em volta.

A banda conta que apesar de eles viajarem o país inteiro, eles preferem São Paulo, pois eles sentem em família com o público, pois o Falamansa surgiu em Piracicaba. Mas como forma de homenagear e trazer um costume corriqueiro em seus shows, eles reservam as próximas canções como forma de homenagear nomes relevantes dentro do gênero do forró, como: Luiz Gonzaga, com “A Vida do Viajante” e “Asa Branca”, seguido de “Tropicana”, composta por Alceu Valença.

E como já não bastava um show extremamente festivo, ainda contou com a presença do vocalista da banda de reggae Planta & Raiz, com a canção “Com Certeza”; e com o grupo Big Up, que mistura elementos do rap e reggae, cantando “Marinheiro Só”.

O show ainda teve espaço para um pequeno concurso de dança, em que Tato escolheu 6 casais para subirem ao palco e dançarem totalmente na improvisação as canções que a banda tocaria. Mesmo com o intuito de apenas divertir, o vocalista completa: “O que era espetáculo, virou folia. E ainda, aqui você participa de um concurso e não ganha nada!”, em meio às risadas do público.

Antes da conclusão do show, o repertório ainda contou com outros clássicos, como: “Oh! Chuva”, “O Amor Que Tudo Pode” e “Solução (essa é para vocês)”. E mais uma vez, Tato agradece a presença de todos, enaltece toda a produção e alegria do público que acompanhou a banda por todo esse tempo, em sua trajetória, até os dias de hoje.

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