Nails – Every Bridge Burning

Após oito anos de silêncio desde o lançamento de You Will Never Be One of Us, a banda californiana de powerviolence/grindcore, Nails, retorna com força total em seu quarto álbum completo, Every Bridge Burning, lançado dia 30 de Agosto pela Nuclear Blast Records. Conhecidos por sua abordagem implacável e brutal à música extrema, os Nails deixam claro que sua intenção é causar estrago, e o novo álbum cumpre essa promessa de forma espetacular.

Com uma duração total de apenas 17 minutos distribuídos em 10 faixas, Every Bridge Burning pode parecer curto para um álbum completo. No entanto, quando se trata de uma banda enraizada na intensidade feroz do hardcore, grindcore e powerviolence, a duração não é um problema. Cada segundo é aproveitado ao máximo, com faixas que variam de três minutos a impressionantes 38 segundos, todas entregando uma onda de agressão maligna e crua.

O guitarrista e vocalista Todd Jones descreveu a intenção da banda de fazer o ouvinte sentir como se estivesse levando um tapa na cara, e é exatamente essa sensação que o álbum transmite. Gravado com Kurt Ballou, do Converge, o álbum captura uma intensidade sônica que faz justiça às suas faixas ferozes. Desde a abertura caustica “Imposing Will” até o devastador encerramento “No More Rivers to Cross”, cada faixa é um ataque sonoro implacável.

Musicalmente, o álbum é uma combinação brutal de todos os elementos mais extremos da música pesada: baterias furiosas, baixo denso e guitarras raivosas, tudo infundido com influências de thrash, d-beat, hardcore e grindcore. A banda consegue impressionar ao condensar tanta energia, fúria e complexidade em faixas tão curtas como “Punishment Map” e “Trapped”. Essas músicas não são apenas explosões de agressividade; elas também contêm riffs marcantes, pausas estratégicas e até mesmo momentos de headbanging intenso.

Para os fãs de metal extremo, Every Bridge Burning é uma experiência sônica visceral, um verdadeiro banquete de agressividade e variação. A faixa “Give Me The Painkiller” traz uma vibração que lembra o Metallica dos anos 80, com seu ritmo galopante e solos de guitarra, enquanto “I Can’t Turn It Off” poderia facilmente ser confundida com algo saído de um álbum do Motörhead, antes dos vocais enlouquecidos de Jones assumirem o controle.

O maior destaque do álbum, no entanto, é a faixa final “No More Rivers to Cross”. Diferente do restante do álbum, essa música desacelera o ritmo, trazendo uma sensação de sludge metal e uma linha de guitarra sombria que poderia muito bem ter saído diretamente do manual do Slayer. Essa mudança de ritmo é surpreendente, mas se encaixa perfeitamente no contexto geral do álbum, encerrando a jornada auditiva de maneira poderosa.

Every Bridge Burning é, sem dúvida, um álbum coerente e devastador, que funde todas as suas influências em uma besta feroz e indomável. Os Nails voltaram com uma vingança, e com este álbum, eles literalmente abriram um buraco na parede — e nos deixaram querendo mais.

Tracklist Every Bridge Burning:

  1. Imposing Will
  2. Punishment Map
  3. Every Bridge Burning
  4. Give Me The Painkiller
  5. Lacking The Ability To Process Empathy
  6. Trapped
  7. Made Up In Your Mind
    8 . Dehumanized
  8. I Can’t Turn It Off
  9. No More Rivers To Cross
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About Guilmer da Costa Silva

Movido pela raiva ao capital. Todo o poder ao proletariado!

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