Evergrey encanta fãs com seu metal progressivo de mais alto nível

Texto por Guilmer Silva e Fotos por Leca Suzuki

Apenas um ano após sua última apresentação no Summer Breeze, os suecos do Evergrey anunciaram uma turnê na América Latina, e claro, a passagem por São Paulo estava incluída. No dia 7 de junho, lançaram o álbum “Theories of Emptiness”, que já é considerado por muitos um dos melhores lançamentos do ano, pois conseguiu agregar todos os elementos nos quais a banda se destaca e domina: melodia, harmonia, peso e conceito. Estivemos no show que a banda fez em São Paulo no último dia 22 de junho. Confiram abaixo o que achamos desse showzaço.

O Carioca Club estava lotado; a casa ficou pequena para tamanha fidelidade dos fãs.

Com uma espécie de Alexa da Amazon fazendo a contagem regressiva para o início do show, o baterista Simen Sandnes entra no palco aos poucos, seguido por todos os outros membros, e por último o líder Tom E. Englund, guitarrista e vocalista. Sem muita firula, já iniciaram o show com a linda “Falling From the Sun”, a primeira faixa do recente álbum “Theories of Emptiness”, lançado pela banda uma semana antes. Aqui, ela se destacou pela sua agressividade e melodia, criando imediatamente uma conexão com o público. O show prosseguiu com “Say”, “Midwinter Calls”, e nessa faixa o destaque ficou para o baixista Johan Niemann e a minha favorita da banda, “Distance”, do álbum The Storm Within de 2016; que ao vivo ficou ainda melhor e mais pesada, e a pedrada “Weightless”, cuja execução aqui foi avassaladora. O setlist continuou com “A Theory of Emptiness” e “Where August Mourn”. Em seguida, tocaram “Call Out the Dark”, “A Silent Arc” e “Eternal Nocturnal”.

A turnê sul-americana marcou a estreia do baterista Simen Sandnes (Shining, Temic, VOLA), que entrou na vaga deixada pelo baterista Jonas Ekdahl, que saiu em maio deste ano alegando “falta de paixão” pelas apresentações ao vivo como o principal motivo de sua saída. O papel de preencher essa vaga foi cumprido muito bem por Simen, que ao vivo se mostrou muito técnico, carismático e apaixonado pelo que faz, trazendo um novo ar para a banda, que encaixou como uma luva na proposta do Evergrey.

As novas músicas foram bem recebidas ao vivo. O equilíbrio entre o pesado e o leve que a banda realiza é ótimo e é transmitido nos shows, não importa se você é jovem ou velho, todos curtem da mesma maneira e cantam todas as músicas. A interação da banda com o público foi excelente; o guitarrista Henrik Danhage (ex-In Flames) foi um show à parte, agitando, sorrindo, acenando e pedindo aplausos para o público presente a todo momento. Em certo momento, ele diz: “Obrigado por isso, vocês fizeram meu dia!”

Na faixa “Call Out the Dark”, Tom Englund pediu para que todos gravassem a música com seus celulares, uma atitude diferente nos dias de hoje, já que muitos artistas odeiam ter celulares apontados para eles. Na clássica “A Silent Arc”, apenas o baixista ficou no palco sob a luz, um momento de peso absurdo nesta faixa ao vivo, onde todos cantaram com plenos pulmões.

Caminhando para o final do show, a banda executou “King of Errors”, com um dos melhores solos feitos pelas mãos do monstro Henrik Danhage, “Misfortune” do novo álbum que ao vivo se tornou uma força da natureza, e o hit “Save Us” do álbum “A Heartless Portrait (The Orphéan Testament)” de 2022, que é uma das minhas favoritas da banda, e deu um final grandioso e inesquecível para os presentes.

Agradecimento especial à Overload pela atenção e credenciamento.

Setlist:

1. Falling From the Sun
2. Say
3. Midwinter Calls
4. Distance
5. Weightless
6. A Theory of Emptiness
7. Where August Mourn
8. Call Out the Dark
9. A Silent Arc
10. Eternal Nocturnal
11. A Touch of Blessing
12. King of Errors
13. Misfortune
14. Save Us

Nos sigam e deêm um like na gente \m/
error
fb-share-icon

About Guilmer da Costa Silva

Movido pela raiva ao capital. Todo o poder ao proletariado!

View all posts by Guilmer da Costa Silva →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *