Interpol celebra seus dois primeiros álbuns em show impecável e vibrante em São Paulo

A banda transformou o palco da audio em um túnel do tempo para os fãs de indie rock e pós-punk com uma noite nostálgica e inesquecível 

Texto e Foto por Luis Antonio

O Interpol retornou ao Brasil com a turnê Celebrating Turn on the Bright Lights and Antics, com uma data no Rio de Janeiro, no dia 05 de junho, no Vivo Rio, e duas datas em São Paulo, 07 e 08 de junho, na Audio Club. Com produção da Move Concerts, a apresentação sold out na Audio Club no dia 07 de junho celebrou os dois primeiros álbuns da banda com um show impecável e vibrante. 

Formada em 1997, em Nova York, o grupo se destacou no cenário musical da cidade e despontou com sua mistura de indie rock e pós-punk. O Interpol conseguiu conquistar seu espaço no começo dos anos 2000, lançando trabalhos que marcaram uma geração e se tornaram tão essenciais e importantes como os primeiros álbuns de nomes como The Strokes, The National, Arcade Fire e Arctic Monkeys.

Em meio a um 2024 abarrotado de shows internacionais, o Interpol anunciou sua sexta passagem pelo Brasil com a turnê Celebrating Turn on the Bright Lights and Antics, onde a banda toca seus dois primeiros álbuns na íntegra. Inicialmente, a turnê iria contar com duas datas, sendo uma no Rio de Janeiro, no dia 05 de junho, e outra em São Paulo, no dia 07 de junho, mas com a alta demanda dos fãs, mais uma data foi adicionada na agenda do Interpol e a capital paulista ganhou um show extra no dia 08 de junho, além de um sold out no dia 07.

A primeira noite do Interpol em São Paulo, que contou com a casa cheia, transformou o palco da Audio em um verdadeiro túnel do tempo, transportando os fãs de indie rock diretamente para o começo dos anos 2000. Pontualmente às 21h, a banda subiu ao palco e abriu o show com Specialist, um lado B do álbum Turn on the Bright Lights, mostrando que seria uma apresentação especial para os fãs de carteirinha.

Com uma iluminação que vinha do fundo do palco, priorizando o azul e o vermelho, mostrando apenas a silhueta dos músicos na maior parte do tempo, o show ganhou uma atmosfera intimista que deixou a experiência ainda mais imersiva, contando com globos de luz no chão que traziam uma vibe meio pista de dança alternativa.

O Interpol optou por não seguir a ordem do disco, o que deixou a performance mais dinâmica e menos engessada. Apenas duas faixas de Turn on the Bright Lights ficaram de fora, Obstacle 2 e The New, mas é seguro dizer que isso não prejudicou a experiência e passou longe de ser um ponto negativo. A plateia se entregou por completo e cantou, pulou e “dançou” ao som de Say Hello to the Angels, Obstacle 1, NYC, Roland e Hands Away. Stella Was a Diver and She Was Always Down, uma queridinha entre os fãs, foi um dos pontos altos da primeira parte do show, com a Audio toda cantando em total devoção cada letra da canção. O público do Interpol se fez presente em todas as músicas, batendo palmas, pulando sem parar, cantando com força todas as canções e deixando fluir uma emoção contagiante. 

A banda encerrou a primeira parte da apresentação com Leif Erikson e PDA, fazendo uma rápida pausa antes de iniciar a segunda parte do espetáculo, essa focada no álbum Antics. O vocalista e guitarrista Paul Banks avisou logo no início do show como iria funcionar a sistemática da apresentação. Mesmo sem interagir muito (ou quase nada) com o público, o músico agradeceu aos fãs e era nítida a alegria e satisfação da banda com a resposta dos público durante todo o show.

É importante destacar a performance impecável dos músicos. Paul Banks (vocal e guitarra), Daniel Kessler (guitarra, backing vocals e piano) e Chris Broome (bateria), que substituiu o baterista Sam Fogarino, que teve que se ausentar da turnê enquanto se recupera de uma cirurgia. A segurança e competência da banda é impressionante, assim como sua sinergia no palco.

Com o grupo de volta ao palco, foi a vez de celebrar o disco Antics. O álbum foi executado na íntegra e seguindo exatamente a mesma ordem da obra lançada em 2004. Com uma sonoridade que combina a melancolia com uma atmosfera menos sombria e intensa que a de seu antecessor, Antics deixou a segunda parte do show um pouco mais leve. Os fãs seguiram extasiados e completamente hipnotizados com a apresentação, cantando junto com a banda e aproveitando cada segundo daquele momento. 

A Audio Club vibrou ao som de músicas como Evil, Slow Hands e Take on a Cruise. Para o bis, a banda reservou a canção Untitled, faixa de abertura de Turn on the Bright Lights. Uma escolha muito acertada, já que a música tem esse trunfo de funcionar como abertura ou encerramento. 

O Interpol fez uma apresentação vibrante e impecável, celebrando com maestria seus primeiros trabalhos com fãs apaixonados e devotados. Poucos shows conseguem ser tão irretocáveis como a apresentação que o Interpol entregou na última sexta-feira (07), na Audio Club. Felizes os fãs que puderam contemplar um momento tão especial na carreira da banda e no circuito de shows internacionais de 2024. 

Interpol – Audio Club 07/06/2024


Turn on the Bright Lights
1 – Specialist
2 – Say Hello to the Angels
3 – Obstacle 1
4 – NYC
5 – Roland
6 – Hands Away
7 – Stella Was a Diver and She Was Always Down
8 – Leif Erikson
9 – PDA

Antics
10 – Next Exit
11 – Evil
12 – Narc
13 – Take On a Cruise
14 – Slow Hands
15 – Not Even Jail
16 – Public Pervert
17 – C’mere
18 – Length of Love
19 – A Time to be Small

Bis
20 – Untitled

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About Guilmer da Costa Silva

Movido pela raiva ao capital. Todo o poder ao proletariado!

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