Summer Breeze 2024: Segunda edição do festival é marcada por shows antológicos e ótima organização

Texto por Luis Antonio / Fotos por Isis Trindade

O evento corrigiu os poucos erros de sua primeira edição e deixou a experiência ainda melhor, além de entregar shows emblemáticos e históricos de nomes como Mercyful Fate, Biohazard e Anthrax, se consolidando como um dos principais festivais do Brasil.

O Summer Breeze, festival que acontece desde 1997 na Alemanha e que teve sua primeira edição no Brasil nos dias 29 e 30 de abril de 2023, realizou sua segunda edição brasileira no último final de semana (26, 27 e 28), no Memorial da América Latina, em São Paulo. O evento, que contou 60 bandas em seu line up, indo desde nomes em ascensão no underground brasileiro até nomes consagrados do metal, entregou ao público presente nos três dias de festival uma experiência marcada por uma ótima organização e shows antológicos, se consolidando como um dos melhores festivais de música pesada do país.

A experiência Summer Breeze

O festival já havia deixado uma boa impressão em sua primeira edição brasileira, mostrando uma organização acima da média e uma experiência que ia além dos shows, com espaço geek, praça de alimentação com diversas opções, estandes de tatuagens, espaços instagramáveis, sessões de autógrafos e meet and greet gratuitos, merchandising oficial, entre outras atividades. 

Em sua segunda edição, o evento manteve todos os pontos positivos do Summer Breeze 2023, além de corrigir os “erros” de sua estreia. A edição 2024 recebeu um upgrade nos banheiros, trocando os banheiros químicos por cabines com sanitários e mictórios, o que trouxe mais conforto para o público durante o evento, além de diminuir o forte odor no final do evento.

A adição de um water station também foi um dos pontos positivos da edição atual, permitindo que o público pudesse abastecer suas garrafas d’água, o que foi essencial devido ao calor excessivo nos três dias. O som dos palcos também estava melhor regulado dessa vez, já que no ano passado o volume estava um pouco exagerado.

Todos os elementos que ajudaram a ampliar a experiência do festival em 2023 foram mantidos para 2024, como o espaço geek, estandes de tatuagens, espaços instagramáveis, sessões de autógrafos e meet and greet gratuitos e merchandising oficial (tanto do festival, que contava com um trabalho gráfico excelente, como das bandas presentes no evento).

O palco Waves, que anteriormente ficava em um espaço interno do Memorial da América Latina, foi realocado para um espaço externo, próximo ao estande de meet and greet, facilitando sua localização.

Os shows 

Com uma data a mais em relação à edição anterior, o Summer Breeze 2024 reuniu nomes de peso em seus três dias, como Gene Simmons, Exodus, Sebastian Bach, Edu Falaschi, Epica, Within Temptation, Nervosa, Mercyful Fate, Anthrax, Ratos de Porão e muitos outros. 

O Sonoridade Underground acompanhou alguns shows do festival (infelizmente, não conseguimos ver todos os shows) e compartilha suas impressões sobre as performances.

Sexta-feira, 26 de abril

Black Stone Cherry supera problemas técnicos em show carismático e potente

O Black Stone Cherry fez um dos melhores shows do primeiro dia de Summer Breeze. Apesar de todas as dificuldades que enfrentou em cima no palco Hot Stage, a banda fez uma performance cheia de energia e carisma. Logo que subiu no palco, o baixista Steve Jewell Jr. teve problemas com seu instrumento, mas os problemas técnicos não pararam por aí. Ao longo da performance, Steve teve problemas com seu baixo novamente, o guitarrista e vocalista Chris Robertson teve que trocar seu instrumento no meio da canção Me and Mary Jane e a bateria de John Fred Young deu trabalho para os roadies, com um dos pratos chegando a cair ao longo do show.

Mesmo com todas as dificuldades, o Black Stone Cherry esbanjou carisma e presença de palco, mostrando-se feliz em retornar ao Brasil. Com uma qualidade musical absurda ao vivo, o grupo aproveitou muito bem seu tempo de palco, interagindo com o público e executando com maestria músicas como Again, In My Blood, Cheaper to Drink Alone, que contou com um solo de bateria na sequência, dando tempo para os outros integrantes deixarem um palco até o final do solo e retornarem para finalizar a música.

Na última faixa do set, Lonely Train, o guitarrista Ben Wells trocou seu instrumento com o baixista Steve Jewell Jr. trazendo uma nova dinâmica para a apresentação. Um belo show e uma grata surpresa para o público que chegou cedo ao festival.

Exodus incendeia o Summer Breeze com Thrash Metal clássico

Considerado um dos pilares do Thrash Metal, o Exodus era um dos principais nomes do line up da sexta-feira. A banda entregou peso e velocidade no palco Ice Stage, abrindo o show com a clássica Bonded by Blood, colocando o Summer Breeze para moshar. Veteranos do gênero, a banda seguiu a apresentação com segurança e sem firulas, entregando aos fãs o que eles queriam. O calor intenso que fazia na tarde no dia 26 não foi o suficiente para intimidar os amantes do thrash metal que cantavam com vontade e emoção faixas como Brain Dead, And Then There Were None, A Lesson in Violence e Fabulous Disaster.

Sebastian Bach diverte o público com show focado em clássicos do Skid Row

O Skid Row marcou presença na edição de 2023 do Summer Breeze, fazendo um dos melhores shows do festival. Em 2024, foi a vez de seu ex-vocalista integrar o line up. Sebastian Bach trouxe uma dose de hard rock “farofa” para o Hot Stage. O músico não está em sua melhor forma vocal, mas mesmo assim conseguiu divertir o público com um repertório calcado nos sucessos do Skid Row como Big Guns, 18 and Life, Slave to the Grind e Monkey Business.

O vocalista não cansou de exaltar o quanto ama o Brasil, e se mostrou animado ao longo do show, rodando fortemente seu microfone (em alguns momentos de forma perigosa para os outros membros da banda) e mostrando seu físico atualmente bem definido. Ao tocar o cover American Metalhead (Painmuseum), Sebastian mudou o título da música para Brasil Metalhead, em homenagem ao país. Apelidado de “Tião” pelo público, Sebastian dedicou aos fãs uma versão a capela de Wasted Time/By Your Side. Ainda sobrou espaço para um cover não tão bem sucedido de Tom Sawyer, clássico do Rush. Sebastian Bach pode não ter feito um show tão primoroso quanto sua ex-banda, mas ainda assim divertiu os fãs de hard rock, que entraram na onda do vocalista.

The 69 Eyes traz o universo gótico para o Summer Breeze

O público gótico foi contemplado no Summer Breeze com o tão aguardado show do The 69 Eyes no Sun Stage. A apresentação já começou de maneira inusitada, com o Supla apresentando a banda. Tocando no início da noite, a atmosfera da performance do The 69 Eyes estava completa e o “baile” gótico começou com a canção Devils. O público já estava ganho, mas a performance sofreu com uma pausa de quase 10 minutos no meio do show, já que o vocalista Jyrk 69 deixou o palco devido a problemas com seu microfone, deixando seus colegas de palco tentando improvisar de maneira desconcertante qualquer coisa com seus instrumentos até o retorno do músico. 

Mesmo com esse problema técnico inesperado, a banda matou a vontade dos fãs ao executar músicas como Betty Blue, Death of Darkness, Never Say Die e Brandon Lee.

Biohazard traz a fúria e o peso do hardcore em show antológico 

Dividir o mesmo horário em um festival com um nome de peso como Gene Simmons pode parecer algo intimidador, mas não para o Biohazard. Os veteranos da cena hardcore ficaram responsáveis por fechar o Sun Stage e cumpriram a tarefa com um show destruidor e de tirar o fôlego. Na atividade desde 1987, o Biohazard é uma referência dentro do gênero e trouxe para o palco do Summer Breeze todo o peso do seu legado.

Abrindo o show com a pedrada Urban Discipline, a banda mostrou que ainda está em plena forma e incendiou o palco. O público correspondeu a altura, pulando, cantando, com um moshpit intenso e com direito até a sinalizador. O Biohazard falou bastante em português com os fãs, demonstrando durante toda a sua performance o seu amor e conexão com São Paulo, chegando a comparar a cidade com sua cidade natal, Brooklyn. A reunião da formação clássica do Biohazard por si só já era motivo para comparecer ao show, mas o que a banda entregou ao público do Summer Breeze foi uma explosão de hardcore que gerou as rodas mais intensas e caóticas do primeiro dia de festival. 

Com um repertório calcado em seus clássicos, a banda soube aproveitar muito bem seu tempo no palco e promover uma verdadeira reunião familiar com os fãs de hardcore. A presença de palco do Biohazard é impressionante e contagiante, com os músicos, em especial Billy, correndo e pulando pelo palco o máximo possível. A banda fez um show antológico no Summer Breeze com a presença de faixas como Shades of Grey, Retribution, Down For Life, Punishment e até mesmo um cover de We’re Only Gonna Die, do Bad Religion.

Sábado, 27 de abril

Lacuna Coil se destaca com performance poderosa e consistente

O Lacuna Coil era um dos principais nomes do line up de sábado. Os fãs da banda lotaram o palco Ice Stage, sem se intimidar com o forte sol que castigava o festival às 15h50. O show começou com a música Blood, Tears, Dust, levando o público à loucura logo nos primeiros acordes. É impressionante a qualidade musical do Lacuna Coil ao vivo. A banda tem uma execução impecável e a voz da vocalista Cristina Scabbia é um show à parte. Seu alcance vocal é incrível e a dinâmica com o vocal gutural do vocalista Andrea Ferro é perfeita. 

Os fãs cantavam com vontade as músicas e participavam constantemente do show respondendo às interações de Cristina, que não escondeu a felicidade de estar tocando novamente no Brasil. O setlist contou com faixas como Trip the Darkness, Our Truth, Layers of Time, My Demons, In The Mean Time e um cover de Enjoy the Silence, do Depeche Mode.

The Night Flight Orchestra transforma palco do Summer Breeze em festa AOR

O The Night Flight Orchestra transformou o Sun Stage em uma verdadeira festa anos 80. A banda liderada por Björn Strid (vocalista da banda de death metal melódico Soilwork) faz uma mistura perfeita de AOR, classic rock e hard rock, com uma sonoridade alegre, contagiante e dançante. O visual da banda complementa ainda mais a experiência, com Björn e os outros integrantes vestidos como membros de uma companhia aérea. Toda essa combinação pode parecer estranha e desconexa em um festival de metal, mas quem não gosta de uma boa “farofada” como essa? O público do festival abraçou completamente a proposta da banda e curtiu um dos melhores e mais divertidos shows do evento.

Björn chegou a brincar dizendo que iria fazer até quem estava usando patch’s da banda de black metal Behemoth dançar como John Travolta. E foi exatamente o que ele fez. O público do Summer Breeze dançou e cantou ao som de músicas como Midnight Flyer, Sometimes the World Ain’t Enough, Gemini, White Jeans e Living for the Nightmare. Os fãs chegaram a fazer um trenzinho durante o show, mostrando o quanto estavam curtindo a apresentação. Björn pediu para repetirem a brincadeira e o público atendeu ao pedido do vocalista com o maior prazer. A performance vocal de Björn e seu carisma são fascinantes, sem falar da excelente banda que o acompanha e que conta com duas backing vocals, Anna Brygård e Åsa Lundman, que também são responsáveis pelas coreografias. Facilmente um dos melhores momentos da edição 2024 do Summer Breeze.

Dark Tranquility mostra a força do death metal melódico em apresentação sólida e competente

Os suecos do Dark Tranquility trouxeram o peso do seu death metal melódico para o palco do Summer Breeze. A banda, que se apresentou no Sun Stage no início da noite, mostrou porque é um dos principais representantes do gênero, com uma performance segura e competente. A performance do vocalista Mikael Stanne é um dos pontos altos do show. O frontman mostra toda a sua potência e competência com guturais poderosos e passagens melódicas pontuais. Mas a qualidade da apresentação não fica somente nas costas do vocalista, longe disso. A habilidade técnica de Martin Brändström (teclados), Johan Reinholdz (guitarra), Christian Jansson (baixo) e Joakim Strandberg Nilsson (bateria), são a combinação perfeita perfeita para uma performance sólida e de qualidade incontestável.

O show foi primoroso e a resposta do público foi bem calorosa, deixando o Dark Tranquility muito feliz em retornar ao Brasil. O setlist contou com faixas como Nothing to No One,  Hours Passed in Exile, Phantom Days, Lost to Apathy, Misery’s Crown e o novo single The Last Imagination.

Within Temptation encerra segunda noite de Summer Breeze com performance impecável

O Within Temptation foi o headliner da noite, fechando o Hot Stage. Com uma produção de palco de encher os olhos, com direito a telão, fogos e jatos de fumaça, a banda liderada pela simpática e carismática vocalista Sharon den Adel entregou um show irretocável, provavelmente um dos melhores do festival. Apesar de toda a dedicação e competência do Within Temptation, a resposta do público, que estava esgotado após um longo dia de calor intenso, não foi das mais animadas e calorosas. Mesmo cantando junto nas primeiras músicas, os fãs foram perdendo a energia ao longo da apresentação. Mas isso não impactou Sharon e banda, que mostraram comprometimento e paixão pelos fãs brasileiros. 

A performance vocal de Sharon é realmente impressionante, conquistando a atenção e simpatia até mesmo de quem não é fã da banda ou desse estilo vocal. No setlist, a banda entregou músicas como The Reckoning, Bleed Out, Paradise (What About Us?), Stand My Ground, Don’t Pray For Me e What Have You Done. Uma bela apresentação que poderia ter sido mais épica se o cansaço não tivesse tirado parte da empolgação do público.

Domingo, 28 de abril

Ratos de Porão mostra o peso de seu legado em setlist recheado de clássicos

O line up do Summer Breeze contou com nomes em ascensão do underground nacional, assim como veteranos já consolidados na cena e com importância histórica na música brasileira. O Ratos de Porão, uma dos grandes nomes do punk rock/crossover nacional, fez as estruturas do Sun Stage tremer com um show que mais parecia uma porrada sonora. João Gordo, que vem redobrando o cuidado com sua saúde e se encontra com uma ótima forma física, incendiou o público do festival com o som brutal e agressivo do Ratos de Porão. Jão (guitarra), Juninho (baixo) e Boka (bateria) mostraram que o RDP ainda tem muita lenha para queimar. Quando os fãs começaram a gritar “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”, João Gordo foi além e disse que o ex-presidente deveria ser preso, já que tem gente que gosta de tomar no c*.

O show do Ratos é sempre uma catarse, com o público abrindo rodas e cantando todas as músicas do início ao fim, e no Summer Breeze não foi diferente. Com muita fúria e energia, a banda presenteou os fãs que chegaram cedo com pedradas como Amazônia Nunca Mais, Morrer, Crianças sem Futuro, Crucificados pelo Sistema e Beber até Morrer

Carcass entrega peso e técnica em show reduzido pelas condições climáticas

O Carcass enfrentou um calor intenso ao se apresentar no Ice Stage. A banda de death metal/grindcore era uma das mais esperadas no line up do domingo, fazendo as rodas explodirem no meio do público logo nos primeiros acordes da música Buried Dreams. Tecnicamente, o show do Carcass é excelente. A banda entrega tudo ao vivo e a brutalidade que você encontra nos discos de estúdio também está presente na apresentação ao vivo da banda. Com um som direto e sem firulas, o grupo fez a alegria dos amantes da música extrema que se acabaram ao som de faixas como Incarnated Solvent Abuse, This Mortal Coil, Tomorrow Belongs to Nobody/Death Certificate, Keep On Rotting in the Free World e Corporal Jigsore Quandary.

Porém, as condições climáticas tiveram um forte impacto na performance do Carcass. O forte sol que fazia no horário do show acabou afetando o baixista e vocalista Jeff Walker, que chegou a tocar com um saco de gelo em sua cabeça e acabou tocando sentado no suporte da bateria a parte instrumental de 316L Grade Surgical Steel. A banda acabou encerrando a apresentação 15 minutos mais cedo, para a tristeza dos fãs. Mesmo com um set mais curto, o Carcass agitou o público do Summer Breeze e enfrentou o calor até chegar no seu limite.

Killswitch Engage conquista público do Summer Breeze com uma aula de metalcore

O metalcore marcou presença mais uma vez no Summer Breeze. O gênero foi muito bem representado pelo Killswitch Engage, que apesar de não fechar o festival, fez um show digno de headliner. O grupo enfrentou  duas vezes uma das tarefas mais difíceis na carreira de uma banda, a troca de vocalistas, a primeira quando Howard Jones substituiu Jesse Leach em 2002, e a segunda quando Jesse retorna aos vocais em 2012. Com uma produção de palco que contava com um telão que passava diversas imagens ao longo do show, algumas conversando com a música em execução, e com fogos sendo lançados em momentos específicos em algumas músicas, o Killswitch Engage conquistou o público do festival com facilidade e entregou um dos melhores shows da edição 2024.

A banda abriu o show com um de seus sucessos, a faixa My Curse, já garantindo a forte participação dos fãs cantando junto. Jesse Leach teve problemas com seu microfone no início da apresentação, mas após trocarem o mic a performance seguiu sem outros problemas técnicos. O KSE tem uma presença de palco muito forte, principalmente do vocalista Jesse Leach, que interagiu bastante com os fãs e desceu até a grade da pista vip para cantar com os fãs em vários momentos do show. Outro integrante que merece destaque é o guitarrista e backing vocals Adam Dutkiewicz, com seu visual peculiar e sua presença de palco intensa e ativa. A banda enfileirou hits de sua carreira como This Fire, The Arms of Sorrow, A Bid Farewell, Rose of Sharyn e The End of Heartache. Para encerrar o setlist, tocaram um cover de Holy Diver, música do saudoso Ronnie James Dio, fechando com chave de ouro um dos shows mais emblemáticos do festival.

Anthrax entrega um dos shows mais marcante do festival

O Anthrax deu uma verdadeira aula de thrash metal no palco do Summer Breeze. A banda, que é um dos maiores nomes do gênero, abriu o show com o clássico Among the Living, mostrando que não estava para brincadeiras. O que veio a seguir foi uma caos total na pista do festival com rodas, sinalizador (isso mesmo) e a alegria dos fãs de thrash que estavam presenciando uma das maiores lendas do gênero fazer um show antológico no Ice Stage. 

Foi como se o Anthrax tivesse injetado uma dose cavalar de adrenalina nos fãs, fazendo com que o público do festival ganhasse vida novamente. É claro que a banda também representou, e muito, no palco. O vocalista Joey Belladona tem uma presença de palco contagiante e incentivava o público ao longo da apresentação. O guitarrista Scott Ian despejava seus riffs icônicos em pérolas do thrash como Caught in a Mosh, Madhouse, Efilnikufesin (N.F.L.) e Indians.

Para deixar o show ainda mais especial, o guitarrista do Sepultura Andreas Kisser subiu ao palco para tocar I Am The Law com a banda. O Anthrax ainda dedicou a música In The End para o lendário Ronnie James Dio. Facilmente um dos shows mais marcantes das duas edições do Summer Breeze no Brasil.

Mercyful Fate transforma seu show em uma missa satânica e faz história no Summer Breeze

A espera de 25 anos valeu a pena. O Mercyful Fate finalmente retornou ao Brasil para fazer um show histórico no palco do Summer Breeze. Falando em palco, a banda transformou o seu show em uma verdadeira missa satânica, com uma produção que contava com cruz invertida, pentagrama, altar e tudo que a cartilha da sonoridade do Mercyful Fate manda. Com toda essa atmosfera sombria e demoníaca, o grande King Diamond entra em cena com uma máscara de baphomet para cantar The Oath. A escolha do Summer Breeze para fechar o último dia de festival não poderia ter sido mais assertiva,  respeitando e enaltecendo o legado de uma das bandas mais importantes e influentes da história do heavy metal.

A apresentação enxuta mostrou que King Diamond está em ótima forma, mostrando todo o seu potencial vocal, que é sua principal característica, que emocionou boa parte do público ali presente. Acompanhando King Diamond, a formação atual do Mercyful Fate conta com o guitarrista Hank Shermann, único membro da formação original, o guitarrista Mike Wead, o baterista Bjarne T. Holm e a baixista Becky Baldwin. O show foi impecável e levou o público a loucura, com os fãs cantando com devoção a letra de todas as músicas.

O setlist foi para nenhum fã botar defeito, com músicas como A Corpse Without a Soul, Curse of the Pharaohs, Melissa, Black Funeral, Evil, Come to the Sabbath e Satan’s Fall, que encerrou a apresentação. Um show histórico e que ficará eternizado na mente dos fãs e na história da edição brasileira do festival.

E o Summer Breeze 2025?

A edição 2024 do Summer Breeze Brasil se encerra com um saldo positivo, marcada por uma ótima organização, uma experiência além da música e shows emblemáticos ao longo dos três dias de evento. O Summer Breeze se consolida como um dos principais festivais no Brasil, principalmente quando o assunto é metal.

A edição de 2025 do Summer Breeze já está confirmada. O evento acontecerá no Memorial da América Latina, em São Paulo, nos dias 3 e 4 de maio. Os Blind Tickets já estão à venda no site do Clube do Ingresso. Nos vemos em 2025!

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About Guilmer da Costa Silva

Movido pela raiva ao capital. Todo o poder ao proletariado!

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