HATEMATTER – ANTITHESIS

“Antithesis” é um álbum que mergulha nas profundezas do Death Metal Sueco, oferecendo uma jornada intensa e técnica para os amantes do gênero. A banda Hatematter, composta por time muito talentoso, entrega uma experiência musical que se destaca, embora conte com algumas ressalvas na produção.

A introdução “The Veiled Truth”, que evoca o estilo Fear Factory, pode enganar os ouvidos menos atentos, mas logo somos lançados em um turbilhão sonoro com “Last Thread of Hope”. Esta faixa fenomenal serve como uma abertura poderosa para um show, apresentando uma mistura habilidosa de vocais limpos e guturais, lembrando os melhores momentos do Soilwork. A habilidade dos guitarristas André e Thiago brilha aqui, solidificando esta faixa como um clássico instantâneo. Uma faixa poderosa! Aonde quer que esteja, o guitarrista Gustavo Polidori está orgulhoso.

Para quem não se lembra, Gustavo Polidori (guitarra) faleceu em 2020, a causa não foi revelada, mas foi um choque para os fãs da banda e da comunidade do metal, então esse álbum é uma honra ao seu legado.

“Where the Grasshopper Lies” oferece um vislumbre do lado mais pesado e técnico da banda, embora a bateria necessite de um pouco mais de destaque, não impacta a música. O toque de piano no final adiciona uma camada muito interessante ao som.

A faixa instrumental “Precognitive Disonance” serve como uma pausa antes de entrarmos em “Condemned to Unexist”. Esta última se destaca como uma das melhores do álbum, combinando peso, melodia e técnica de forma excepcional. É uma ode ao Death Metal Melódico que certamente irá agradar os fãs do gênero.

Na segunda metade do álbum, a energia aumenta com “All Blind Eyes Turned”, uma faixa que gruda na mente com seus riffs e solos memoráveis. O destaque vai para o baterista Marcus Dotta, cuja performance impressionante dá vida extra à música.

A colaboração com May Puertas (Torture Squad) em “Liberate Me” eleva a faixa a outro patamar, mostrando a versatilidade da vocalista. Aqui a voz do Torture Squad mostra seu lado mais melódico, e se engana que ela só sabe berrar igual um demônio, aqui ela solta sua voz limpa e mostra que é uma das melhores vozes de metal nacional dos últimos (bons) anos. Destaque para o baterista Marcus Dotta que toca pra caralho nessa faixa!

“Antithesis” fecha com a envolvente “In the Silent Hill”, uma peça mais lenta e atmosférica que proporciona um final perfeito para o álbum.

A arte da capa de Daniel Gava (@DanielGava3D) adiciona um toque futurista e visual intrigante à experiência auditiva, complementando o trabalho da banda. O lineup, liderado por Luiz Artur e com músicos talentosos como André Martins, André Buck Miedizinski, Thiago M. Ribeiro e Marcus Dotta, demonstra uma sinergia notável em cada faixa.

A produção de Rafael Augusto Lopes na Casanegra Studios é sólida, embora a voz e a bateria pudessem ter sido um pouco mais destacadas em alguns momentos. A mixagem e masterização de Brendan Duffey também agregam uma qualidade profissional ao álbum.

“Antithesis” é uma viagem intensa e técnica pelo mundo do Death Metal Sueco, com momentos de brilho e paixão que mostram o potencial da banda. Apesar de algumas áreas de aprimoramento, o álbum é um testemunho do talento e dedicação da Hatematter.

TRACKLIST:

1 – The Veiled Truth 0:52
2 – Last Thread of Hope 4:36
3 – S.T.A.Y. 6:33
4 – Where the Grasshopper Lies4 :44
5 – Precognitive Disonance 0:39
6 – Condemned to Unexist6:13
7 – All Blind Eyes Turned 3:45
8 – Liberate Me faeat May Puertas (Torture Squad) 4:38
9 – Unseen to Lesser Eyes 1:53
10 – With Mankind Beneath My Feet 6:58
11 – In the Silent Hil l4:46

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About Guilmer da Costa Silva

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