Dying Fetus: “Make Them Beg for Death” não revoluciona, mas é devidamente matador

Lançado nesta última sexta-feira, (8/9) pela respeitada Relapse Records não muda muito a fórmula tradicional do grupo, mas é devidamente matador.

Nota: 8,75

Para os que não conhecem este power trio de veteranos do death metal oriundo de
Maryland, Dying Fetus é uma das maiores bandas dentro da esfera do brutal death
metal. Estando na ativa desde 1991, “Make Them Beg for Death” já é seu nono LP de
estúdio, sendo o sucessor de “Wrong One to Fuck With”, de 2017. São conhecidos
dentro da cena por suas letras devidamente nojentas e som incrivelmente brutal.

Esta brutalidade é fortemente evidenciada com a primeira faixa do álbum, a “Enlighten
Through Agony”, que já começa de maneira incrivelmente agressiva, com uma virada
de bateria um tanto complexa. Agressividade é algo que não falta neste trabalho, nem
nesta música, que apresenta uma grande variedade de riffs, um timbre de guitarra
maravilhosamente pesado, e uma bateria que se destaca bastante, sendo muito
técnica.


“Compulsion for Cruelty” continua nesta linha quase tech-death, começando com um
lead quase alienígena. Esta faixa apresenta também partes mais cadenciadas, e até um
pequeno breakdown. “Feast of Ashes”, a próxima música, continua a enchente de
brutalidade, tendo riffs absolutamente vertiginosos, e mesclando de forma maestral
rapidez e cadência, groove.


A quarta faixa do projeto também continua na mesma linha; pé no peito. “Throw Them
in the Van” é incrivelmente brutal, e não deixa de ser uma ótima faixa, mas
conceitualmente não se diverge das faixas prévias. Já “Unbridled Fury” é uma música
com um título muito apto, que descreve perfeitamente a sonoridade da música; fúria
descontrolada. Esta música alterna entre os já esperados guturais, mas também
incorpora vocais gritados, vindos do fundo da alma. “Unbridled Fury” conta também
com um brilhante solo, recheado de sweeps, que traz incrível variação dentro da faixa.


“When the Trend Ends” e “Undulating Carnage” seguem na mesma linha, pancadaria
auditiva. Mesmo com muitas das músicas sendo similares, conceitualmente falando,
todas elas apresentam muita variação, tanto nos riffs, quanto na bateria (cortesia de
Trey Williams), que se destaca bastante ao longo do álbum. “Raised in Victory/Razed in
Defeat” já é muito mais caótica do que o resto, mas permanece devidamente bestial.
Esta faixa pode ser descrita como uma parede sonora, é algo hipnotizante.

O álbum se encerra com a dobradinha de “Hero’s Grave” e “Subterfuge”, que só
enfatizam mais a proposta do álbum. “Hero’s Grave” começa de maneira inusitada,
com um solo mais puxado ao tech-death, mas rapidamente volta a truculência
absoluta. A supracitada “Hero’s Grave” conta também com muitas blast beats e até
partes em que a percussão se ancora no ride, de um jeito quase Slayer. Temos também
um breakdown, que não poderia faltar. “Subterfuge” reúne muito bem todos estes
elementos, tendo tapping, chugs, blasts e brutalidade de sobra. É uma ótima faixa para
fechar o disco.


“Make Them Beg for Death” é um disco que realiza sua missão com maestria;
brutalidade ininterrupta. Se você procura agressividade, violência e metal o bastante
para reparar o Titanic, este disco é incrível. Para os fãs estabelecidos de Dying Fetus,
este projeto só finca a banda mais e mais profundamente no Monte Rushmore
metafórico do brutal death metal. Vale a pena ouvir.

Faixas:
Enlighten Through Agony (03:28)
Compulsion for Cruelty (04:36)
Feast of Ashes (04:35)
Throw Them in the Van (01:41)
Unbridled Fury (03:30)
When the Trend Ends (03:54)
Undulating Carnage (04:08)
Raised in Victory / Razed in Defeat (03:38)
Hero’s Grave (03:41)
Subterfuge (04:18)

Duração Total: 37:29

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