CRIA E CRIADOR – RATOS DE PORÃO E DISCHARGE COLOCAM O FABRIQUE ABAIXO EM
CELEBRAÇÃO DO HARDCORE PESADO – SP

Texto: Andrei Ramirez

Fotos: Raissa Correa

Seja vc do punk, metal ou hardcore, provavelmente, estes são dois dos nomes que o agradam,
e se por ventura não, há de se convir que são nomes de grandes responsáveis pela forma
como se faz música pesada ao longo das últimas décadas. E uma noite com a experiência de
ver ambos no palco, ao menos a mim, suspeito pra falar, foi sensacional!


Chegando lá por volta das 18hrs, já pude ter uma prévia de casa cheia, algo que também
aconteceu na noite anterior, onde a abertura ficou por conta do Surra. Inclusive, alguns
conhecidos que me deparei na fila, estavam na noite anterior, e fizeram questão de retornar
para o show de domingo, e seus relatos eram do quão animal é a apresentação dos mestres do
hardcore pesado mundial.


Casa aberta pontualmente no horário previsto, me direcionei as barracas de merch. Ratos de
Porão tem levado aos shows, materiais que trazem a arte de comemoração dos anos 40 anos
da banda, que tem a criação creditada ao artista Mauro Landim (@maurolandim / Mundo Cão
Artworks). Dentre as camisetas do Discharge, adquiri a que possui uma foto do Cristo
Redentor, com a legenda ‘’O Pesadelo Continua’’ (alusão ao clássico da banda ‘’The Nightmare
Continues’’)


Sem mais delongas, o palco já estava sendo preparado para o RDP, a bandeira do MST e o
conhecido baixo com adesivo do DIO do Juninho, e ao lado a Les Paul cor de fogo do Jão de
prontidão, e casa semi cheia (ainda iria ficar abarrotada, para recepcionar o Discharge). A
abertura com ‘’Alerta Antifascista’’ foi o suficiente para o mosh pesado ser instaurado, seguida
de uma série de clássicos como Beber até morrer, Crucificados pelo Sistema e Igreja universal . É incrível como os tiozões ainda tocam
rápido e pesado, com direito aos típicos jumps do hardcore, em sincronia, feitos pelo Jão e o
Juninho. Gordo friza, que faltam cerca de 20 dias, para o fim do governo fascista de Bolsonaro,
mas que a luta irá continuar. Na execução de ‘’Igreja Universal’’, faz uma irônica alusão com
‘’Aleluia’’ , ‘’É pra glorificar de pé’’, rs.


Em meio a um discurso do Gordo, chilenos presentes a beira do palco, conseguem a atenção
dele, que puxa um ‘’Chi Chi Chi, Chi Chi Chileeee’’, que depois brinca ‘’Esqueci o que ia falar,
chileno filha da puta’’, rs. Em um vai não vai, de fim de show, fomos brindados com dois bis, enquanto Gordo brincava ‘’Vocês querem mais? Eu quero ir embora’’


A contenção dos ânimos em um show do RDP, independente de se tratar de abertura pra
outra banda, é algo impossível. Fizeram um show como headliners (como sempre), e
colocaram o Fabrique abaixo! Mas nas próximas linhas, relatarei a vcs, que o público presente
ainda possuía muita lenha pra queimar!


A preparação do som/instrumentos para o arregaço, ficaram por conta dos próprios
integrantes Roy, Tony e Terry, sem suspenses, rs. Apoiados pelos técnicos.
Com tudo pronto, Jeff (vocal), já adentra o palco ditando a energia que seguiria toda a
apresentação. Logo de início de setlist ‘’Hear Nothing, See Nothing, Say Nothing“ , o público
alternando em mosh e entonar o refrão a fortes pulmões. Um setlist bem dividido
proporcionalmente, entre todos os trabalhos da banda, na ativa desde 77, mas sem dúvida
onde os clássicos se destacam como ‘’Never Again’’, ‘’Protest and Survive’’ (nesta, como entre
outras, Jeff chamando o público para cantar em coro), ‘’Hell on Earth’’ e ‘’Hatebomb’’ .

Os stages dives comendo solto, deixando a equipe de palco atenta, mas sem maiores
inconvenientes. Ao contrário, além de aproveitar para subir ao palco, seguido dos pulos pra
pista, o pessoal aproveitava para abraços rápidos, e até mesmo para selfies com Jeff, que
recepcionava aos fãs com muita simpatia, sempre dizendo ‘’We Love Brazil’’
Uma pausa, e retorno para o bis, para alegria de alguns, que estranhamente estavam indo
embora achando que acabou (o set não foi curto, e cada música dava vontade de mais show).
Bis este, fechando com chave de ouro, com a participação de João Gordo, na execução da faixa
‘’Decontrol’’!


È necessário manter um profissionalismo ao redigir um texto jornalístico desta natureza, e
procurar passar a experiencia online, para quem não pode estar no show, mas acabo sendo
suspeito pra falar em determinados momentos (risos), justamente sobre esta apresentação
que provavelmente está entre as top 10, das centenas que já vi!

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About Gustavo Diakov

Idealizador disso aqui, Fotógrafo, Ex estudante de Economia, fã de música, principalmente Doom/Gothic/Symphonic/Black metal, mas as vezes escuto John Coltrane e Sampa Crew.

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