A Reboo! é um evento cultural itinerante do segmento da cultura Hip Hop, no qual busca
destacar a arte dos Dj’s e Mc’s, cria visibilidade para Stylists, Figurinistas e seus modelos e exalta
a ligação da Moda com a cultura Hip Hop.
Nós do Sonoridade Underground conversamos com Svit sobre o evento, confira a conversa no final da matéria.

A festa é um espaço democrático e inclusivo, que busca espalhar arte e cultura em forma de
entretenimento e dar oportunidade e novas perspectivas de trabalho para as pessoas de
origem periféricas, priorizando o respeito à diversidade, seja ela de gênero, raça, sexualidade,
religiosa ou cultural.
O evento está em sua 4a edição e conta com shows ao vivo, set de Djs e duelo de stylists.

A estreia da Reboo! foi no mês de abril de 2022 e dentre as atrações ocorreram o set de DJ
Julius (Santos), DJ Bonekinha Iraquiana (Santos), DJ Svit (São Vicente) e DJ NinjaNosBeats
(Santos). O evento também contou com o pocket show da cantora Anabya (Natal-RN).
Já em sua segunda edição, realizada em maio de 2022, a Reboo! apresentou os sets de: DJ Nicao
da BPS (Guarujá), DJ Flipss (Santos), DJ Svit (São Vicente), DJ NinjaNosBeats (Santos)e DJ B-oh
Beats (São Paulo). Além disso, houve pocket shows dos cantores M43L (Guarujá), Hila Campelo
(São Paulo) e MouraNaVoz (Santos)
A terceira edição ocorreu em junho de 2022 e contou com os sets da DJ Isa Padoelli (São Paulo),
DJ NinjaNosBeats (Santos) e DJ Svit (São Vicente). Os pocket shows ficaram por conta da Mina
Criis (Guarujá), Xobabykoff (Guarujá)e SnowY (Santos). Nessa edição aconteceu a inauguração
de um quadro do evento chamado “Duelo de Stylists” no qual os figurinistas Ana Omena e
Morfeus Magalhaes exibiram, junto de seus modelos Janne Souza e Gabriel Filipe Silveira, dois
looks montados por eles com uma apresentação no formato de desfile e dança com votação
aberta ao público de melhor look valendo um prêmio de R$ 50,00


O instagram da festa pode ser acessado através do link
https://www.instagram.com/reboo_oficial/ e conta também com vídeos criativos de cobertura
mostrando a vibe da festa e sua diversidade cultural.



Sonoridade Underground: Tendo em vista os inúmeros artistas ao redor do país, e as dificuldades as vezes de logística, por questões de custo e etc, existe a idéia de levar o festival para outros estados também?
Svit: Existe totalmente! Para nós nada é impossível e tudo é só questão de planejamento. E essa questão da expansão regional para cada vez mais sermos vitrine para artistas é um dos nossos objetivos e focos principais.
Sonoridade Underground: Já contam com além das atrações musicais, os desfiles de moda, que mostram o trabalho de estilistas do gênero. Dentro da cultura hip-hop, quais atrações diferenciadas estão nos planos para temática do festival? (skate, grafite, tattoo, freestyle, etc)
Svit: O objetivo da festa é expandir cada vez mais e se tornar um espaço que dê visibilidade para todos profissionais da nossa cultura, além dos que já estão tendo essa visibilidade. A cada edição a gente tem buscado criar um espaço novo para novas atrações e estamos realizando conforme o crescimento da nossa estrutura! Já estamos estudando em espaços para serem criados para as áreas do grafite, da dança e das tatuagens, por exemplo. Futuramente queremos criar um espaço para skate e basquete, que são esportes que também tem um vínculo forte com a cultura Hip-Hop.
Sonoridade Underground: Vivemos em um dos piores momentos do país, do ponto de vista de opressão as minorias, que são valorizadas e destacadas no festival. Qual o pensamento/sentimento de vcs com relação ao terrível cenário que vivemos, e quais razões além das óbvias fazem tão importante eventos que abordem esses temas, e este publico?
Svit: O sentimento que a gente tem em relação ao cenário que vivemos é péssimo porém é o que mais nos motiva. Parece que pra onde a gente olha, a única coisa que dá pra sentir é medo, repúdio e ódio, só que é daí que nasce a nossa força. A gente sabe que basta uma faísca para fazer a diferença e causar um incêndio que mude tudo…E o nosso intuito é exatamente esse. A gente sabe que sozinhos pra qualquer coisa é bem mais fácil de nos ferir, de controlar, de silenciar e até nos manipular muitas das vezes, mas quando a gente tá junto, num ambiente que a gente faz ser seguro e torna nosso, criamos uma força enorme e isso vira uma potência. Seja para influenciar nas coisas mais simples ou nas mais complexas. Quando acolhemos e prezamos pelo respeito coletivo, a festa se torna um ambiente com um poder de influência em muitas coisas na vida das pessoas, seja na autoestima, nas ambições, na visão política, na vida profissional e nas perspectivas econômicas. E é isso que a gente busca é presa, nisso que a gente se apega, por que no fim as coisas só mudam quando “faíscas” decidem fazer a diferença.