Shawn James se apresentou dia 15 de abril de 2023 no Fabrique Clubem São Paulo e tivemos a oportunidade de conversar um pouco com ele, veja comigo ele respondendo algumas dúvidas sobre o mundo musical, suas inspirações e muito mais.
Entrevista por: Gabriel Gonçalves
Sonoridade Underground – Diante do grande sucesso de “The Last Of Us”, tanto como série live action quanto como jogo, e a música ‘through the valley’ fazendo parte disso, você acredita que o mercado cinematográfico ajuda aos artistas alavancarem suas carreiras ou apenas dá uma “ajudinha”?
Shawn James – Com certeza! Quando usaram a ‘through the valley’, abriram para muitas pessoas conhecê-la e ajudar em minhas visualizações e alcance ao público.
SU – Com o seu último lançamento “a place in the unknown” sendo muito mais pesado do que o usual que nós vemos em suas composições, você poderia nos contar sobre as inspirações para os arranjos e letras?
SJ – Eu comecei a tocar bateria durante a pandemia e eu gostaria de tentar uma nova abordagem para escrever, comecei pelas baterias, coisa que eu nunca fiz, e o arranjo veio depois. Eu achei que ajudaria o álbum a ter mais ritmo, transformou isso num som que eu amei.
A letra foi fortemente inspirada por mim passando pela pandemia e estando sozinho. Também sem saber o que o futuro reservaria.
SU – Ainda nas composições, você tem alguma escala, modo grego ou harmonia para começar a compor?
SJ – Não exatamente, porém eu sempre me encontro na pentatônica menor tipo escalas blues. Também amo usar afinações abertas e mixar tudo isso funciona muito bem!
SU – Agora uma dúvida mais pessoal minha, já vi definições do seu estilo em vários lugares como: Dark blues; folk; rock (principalmente com o último álbum) entre outros, mas como você designaria seu estilo musical? E o seu gosto pessoal é muito próximo do que você produz ou você se considera mais eclético?
SJ – Algo que as pessoas nem sempre percebem sobre mim é que tenho um gosto musical muito diversificado. Eu sou influenciado por todos os tipos de música da velha escola blues, ao metal, jazz ao hip hop. Eu realmente amo tudo e me inspiro em tudo. Minha música evolui da mesma forma que eu evoluo. Acredito que estamos sempre mudando e crescendo e como tal a música faz. A música muda com as pessoas e a cultura que a influencia. Então a evolução na minha música é uma progressão natural conforme eu vivo a vida e experimento meus próprios altos e baixos.
Não gosto de me limitar a um gênero quando crio. Eu fico entediado e gosto de misturar as coisas.