Supergrupo Cemetery Skyline entrega noite gótica e emocionante na capital paulista

Estreia brasileira mistura peso, melancolia e homenagem ao vocalista do At the Gates.

Fotos por Leca Suzuki (@lecasuzukiphoto)

A estreia do Cemetery Skyline em São Paulo, realizada nesta terça-feira (17) pela produtora Overload, reuniu peso, melancolia e emoção. O supergrupo formado por Mikael Stanne (Dark Tranquillity), Markus Vanhala (Insomnium/Omnium Gatherum), Victor Brandt (Dimmu Borgir), Vesa Ranta (ex-Sentenced) e Santeri Kallio (Amorphis) apresentou o álbum de estreia Nordic Gothic (2024) na íntegra, além de algumas surpresas. A noite terminou em tom solene com a homenagem ao vocalista Tomas Lindberg (At the Gates), falecido na manhã do próprio dia.

Logo de início, a banda mostrou a força do repertório com “Behind the Lie” e “Torn Away”, que prepararam o público para a atmosfera sombria do concerto. A terceira da noite, “The Darkest Night”, trouxe um momento mais dançante, em que parte da plateia se rendeu a discretos movimentos góticos no lugar do tradicional headbanging.

Na sequência, “Anomalie” reforçou o caráter introspectivo do grupo, enquanto “The Coldest Heart” destacou o peso do contrabaixo de Victor Brandt. Já em “Never Look Back”, a guitarra atmosférica de Markus Vanhala e os vocais de Stanne conduziram um dos refrões mais cantados pelo público.

O show ganhou delicadeza com “When Silence Speaks”, marcada pelo teclado, mas logo retomou a intensidade com “Nothing From This World”, single recente que não entrou no álbum, mas foi recebido com entusiasmo. Outro ponto alto veio com o cover desacelerado de “I Drove All Night” (Roy Orbison), reinterpretado em clima soturno pelos teclados de Santeri Kallio.

Na reta final, “In Darkness” ressaltou a versatilidade vocal de Stanne, transitando entre a agressividade do death metal e tons mais românticos. O momento seguinte trouxe a tradicional melodia finlandesa “Konevitsan kirkonkellot”, usada como introdução para “Violent Storm”, primeiro single do grupo.

O desfecho foi marcado pela emoção. Antes da última faixa, Mikael Stanne pediu um minuto de silêncio em memória de Tomas Lindberg, arrancando aplausos e gritos do público que reverenciou o vocalista do At the Gates. Em seguida, a longa e melancólica “Alone Together” encerrou a noite em tom de despedida e reflexão.

Mesmo recente, o Cemetery Skyline demonstrou maturidade e personalidade, equilibrando a bagagem extrema de seus integrantes com a estética gótica do novo projeto. Uma estreia brasileira intensa, honesta e memorável, que ficará marcada tanto pela celebração quanto pela despedida.

Cemetery Skyline – Hangar 110 – 16/09/2025:

  1. Behind the Lie
  2. Torn Away
  3. The Darkest Night
  4. Anomalie
  5. The Coldest Heart
  6. Never Look Back
  7. When Silence Speaks
  8. Nothing From This World
  9. I Drove All Night (Roy Orbison cover)
  10. In Darkness
  11. Konevitsan kirkonkellot ([traditional] cover)
  12. Violent Storm
  13. Alone Together
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