MONSTERS OF ROCK 2025 – SAVATAGE E EUROPE – O MEIO DE CAMPO DO FESTIVAL NOS TROUXE HISTÓRIA!

Fotos: Gustavo Diakov em cobertura para igormiranda.com.br

Se as primeiras três bandas – excelentes bandas – já no agraciaram com apresentações mais que dignas, mesmo debaixo de forte sol, foi o meio do festival que nos trouxe um dos momentos mais históricos do metal no mundo esse ano, além de nos agraciar com uma das músicas mais conhecidas de todos os tempos.

Chuva no momento certo e emblemático, com uma banda lendária retornando aos palcos, casais apaixonados na tradicional “balada mela-cueca”, e os gritos histéricos de quem ouviu a ‘contagem regressiva final’ no início de noite, tudo isso fez qualquer cansaço ser compensado.

A VOLTA DO SAVATAGE À ATIVIDADE COMPLETA APÓS MAIS DE VINTE ANOS:

Quando o Savatage anunciou que iria fazer um, e apenas um, show no Wacken Open Air, na Alemanha, em 2015, muita gente se animou com a possibilidade de uma volta de fato; muitos esperavam que seria algo seguido de um anúncio do retorno, algo que não se concretizou. Apesar disso, a banda nunca fechou as portas para a possibilidade, sempre manteve viva essa esperança nos fãs. Exatos dez anos depois, numa tarde de sábado, lá estavam eles, em toda sua glória, retornando de vez aos palcos, pela primeira vez em dez anos, e mais de vinte anos depois de seu fim oficial – e de seu último show no Brasil. Nós, brasileiros, fomos agraciados com o primeiro show da banda desse retorno, então, claro, as expectativas eram muito altas. Dessa vez sem o membro fundador Jon Oliva, que compreensivelmente não pôde participar por sua condição precária de saúde atual, a banda capitaneada por Zak Stevens, vocalista que se juntou à banda na gravação do clássico Edge Of Thorns, entrou no palco com cerca de dez minutos de atraso, ao som de “The Ocean” e “Welcome”, uma música bem condizente com início de show.

Recheado de clássicos, um atrás do outro, não deram descanso para os muitos fãs que esperaram ansiosamente por esse show – como o colega aqui de site que chorou a apresentação toda! De músicas mais pesadas, a outras extremamente progressivas, que exigiam os dois tecladistas do palco, sem usar sample de instrumento algum, impossível não colocar canções como “Chance”, “Gutter Ballet”, e especialmente, “Edge Of Thorns” como alguns dos grandes momentos para o rock no país esse ano, ainda mais no festival. Diga-se de passagem, colocar essas três músicas em sequência foi uma das decisões mais acertadas possíveis. Icônico e emblemático, merecedor de destaque, foi o momento exato que começou a cair uma leve chuva, logo antes de anunciarem a clássica “Handful Of Rain”, que deu a deixa para o carismático vocalista se comunicar com o público, de forma descontraída e emotiva. Bom presságio! Era claro que a banda estava feliz em voltar aos palcos!

Hilário, inclusive, foi o momento que uma fã invadiu o palco durante “Edge Of Thorns” e ameaçou fazer um “stage dive”, mas arregou de último momento e foi retirada do palco pela equipe. Enquanto isso, a banda brincava de jogar futebol durante o solo!

O ponto alto do show, possivelmente um dos mais altos do festival, foi quando, no telão, uma mensagem aos fãs em vídeo de Jon Oliva entrou, e com isso, ele tocando o hit “Believe”, com direito a seu irmão, o falecido Criss Oliva tocando em cenas do clipe da música enquanto Chris Caffery tocava pessoalmente o mesmo solo, em bela homenagem. Coros de “Oliva, Oliva” eram ouvidos na plateia. Fecharam a apresentação com chave de ouro, após doze músicas, com “Hall Of The Mountain King”

Sim, amigos, o Savatage está de volta!

Setlist:

The Ocean

Welcome

Jesus Saves

The Wake Of Magellan

Dead Winter Dead

Handful Of Rain

Chance

Gutter Ballet

Edge Of Thorns

Believe

Sirens

Hall Of The Mountain King

HITS ATRÁS DE HITS, COM A CHAVE DE OURO DE UMA DAS MÚSICAS MAIS CONHECIDAS DA HISTÓRIA MARCAM A APRESENTAÇÃO DO EUROPE:

Você pode estar em um bar de rock, uma casa de forró, uma balada sertaneja ou numa roda de samba, se tocar uma determinada música do Europe, todos vão conhecer. Todos! A banda, dona de uma carreira invejável, com hits atemporais, foi a banda que colocou a escandinávia no radar do rock, e que deu um dos pontapés iniciais do chamado “AOR” (sigla para Album Oriented Rock) – o famoso rock radiofônico.

A banda sabe escolher seu repertório! Apesar de algumas músicas mais recentes, em geral, a banda apostou no certo, em clássicos. Seu maior sucesso comercial, o álbum The Final Countdown, claro, foi a base do set, e já abriram o show com “On Broken Wings”, seguida de “Rock The Night”. Sem tempo para respirar, e agradando a todos, “Walk The Earth” fechou a tríade inicial. É preciso enaltecer a presença de palco e personalidade do vocalista Joey Tempest, que se porta como um grande rockstar – bandeira do Brasil enrolada no corpo e tudo que se tem direito!

Casais apaixonados tiveram seu primeiro grande momento neste show, e os beijos de amor estavam em todos os cantos com a balada “Carrie”. Se podemos colocar algum defeito, talvez possamos falar da falta de músicas da “fase hard” da banda, com o guitarrista Kee Marcello, que não se apresenta com a banda desde 1999, e alguns deslizes do tecladista Mic Michaeli. Nada que tirasse o brilho do show, que convenientemente já ia ligando as luzes de palco, pois estava anoitecendo! Um medley de “Superstitious” com “No Woman, No Cry”, do cantor Bob Marley, seguido de um curto e bem colocado solo de bateria, para entrar a penúltima música, “Cherokee” mostrava que, infelizmente, o show estava chegando ao fim. Como toda banda que se preze e sabe fazer repertório, não podiam deixar em outro momento que não no final seu maior sucesso, e possivelmente uma das músicas mais conhecidas da história da humanidade: as luzes se apagam, e logo a introdução de teclado mais famosa que você conhece começou. Era a contagem regressiva final para o fim do show. Terminaram sua apresentação com “The Final Countdown”, e até mesmo quem não gosta de hard rock saiu do chão! Gigantes!

Setlist:

On Broken Wings

Rock The Night

Walk The Earth

Scream Of Anger

Sign Of The Times

Hold Your Head Up

Carrie

Last Look At Eden

Ready Or Not

Superstitious/No Woman, No Cry (medley)

Cherokee

The Final Countdown

CADA SHOW, CADA MOMENTO ÚNICO ATÉ AGORA:

Sem tempo para descansar, sem momentos mornos, o “meio de campo” continua o bom ritmo das bandas anteriores, com duas apresentações icônicas, de duas bandas lendárias. É claro, o Europe é a mais conhecida, e a que mais atraiu pessoas, mas o retorno aos palcos do Savatage é, definitivamente, um momento histórico que presenciamos – e não, isso não é um exagero; nós, brasileiros, pudemos presenciar a primeira apresentação da banda em dez anos, e a volta à atividade fixa após mais de vinte anos, ainda mais se levarmos em conta que, a última vez que pisaram no país havia sido com o vocalista convidado Damond Jiniya, um momento obscuro da história da banda, em 2002. Vê-los em toda sua glória, com o lendário Zak Stevens nos vocais, e o icônico Chris Caffery na guitarra foi algo para guardar para sempre na memória. Claro, clássicos como “Carrie” e “The Final Countdown” sempre são momentos marcantes de se ouvir ao vivo, e os suecos do Europe sabem bem disso!

A noite ia caindo, e logo teríamos os dois eventos principais da noite: o Judas Priest e o Scorpions!

Logo mais coberturas dos headliners do festival!

Nos sigam e deêm um like na gente \m/
error
fb-share-icon

About Fernando Luis Queiroz Salvador

View all posts by Fernando Luis Queiroz Salvador →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *