Segunda edição da Expo Horror atraí amantes da cultura

Evento aconteceu nos últimos dias 4 e 5 de novembro, em São Paulo.

No primeiro fim de semana de novembro, a capital paulista recebeu o retorno da Horror Expo. Evento voltado aos fãs de terror de todos os tipos, este não acontecia desde 2020, edição que ocorreu de forma online dada a pandemia de Covid-19. Nesta nova edição, o lugar escolhido para receber a Horror Expo foi o segundo andar do Pro Magno Expo, localizado próximo à estação Barra Funda. O evento contou nos dois dias de evento com artistas nacionais e internacionais, divididos pelo salão. Quem esteve presente pode conferir artistas nacionais e internacionais, tanto do cinema quanto da música, cosplayers espalhados por todos os cantos, artistas independentes e tudo que o universo do terror pode oferecer.

Um dos artistas internacionais que participaram de um painel no palco principal foi Miko Hughes, ator que, quando criança, participou de alguns filmes como a “Hora do Pesadelo” e “Cemitério Maldito”. Em sua conversa, o ator contou sobre suas experiências durante esses filmes, assim como sobre o meme que viralizou muito no Brasil de uma das cenas que fez na sitcom Full House, trabalho este realizado fora do terror. Atualmente, o ator vem trabalhando em uma nova versão para o filme com Freddy Krueger, com uma produção independente. O artista respondeu perguntas e foi muito simpático com todos. 

O outro participante internacional foi Chris Mckinnel, neto de Ed e Lorraine Warren, famoso casal demonologista que tem suas histórias retratadas nos filmes da franquia “Invocação do Mal”. Durante essa conversa, Chris fez questão de dizer que todas as histórias contadas nos filmes são verdadeiras, porém, exageradas para agradar Hollywood. A todo o momento, Chris estava acompanhado de uma réplica baseada na famosa boneca “Annabelle”, outro caso que ele afirma ser real, mas não da forma como é apresentado nos filmes. Ele comentou também que viveu por diversos países ao redor do mundo para conhecer a cultura e religiões locais de cada lugar, inclusive disse que viveu um tempo no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro. Segundo o próprio, sua ideia não era entreter, mas sim levar conhecimento sobre esses assuntos e mostrar que cada pessoa tem o seu próprio poder. No segundo dia, Chris confirmou que estava atualmente trabalhando em três casos aqui no Brasil, mas que não entraria em detalhes. Ele deixou claro que todos os atendimentos que fazia, além de anônimos, eram gratuitos. 

Os painéis com esses artistas foram interessantes. Porém, no primeiro dia, em especial no painel com Chris Mckinnel, o barulho vindo Labirinto do Medo, uma das principais atrações do evento, localizado literalmente atrás do palco, atrapalhava a compreensão da tradutora que acompanhava os painéis, o que dificultava a conversa com o público e, em determinados momentos, incomodava o próprio Chris. Além disso, os microfones de ambos falharam o tempo todo e ninguém da produção se prontificou a trocar o aparelho, apenas deixando que o painel acontecesse com o microfone falhando. 

No sábado à tarde, uma grande quantidade de pessoas passeava pelos stands e lojas localizadas do lado contrário de onde estava o palco principal, depois do Labirinto do Medo. Nesse momento, me questionei se o lugar escolhido para comportar o evento talvez não fosse pequeno demais. Entre os stands, várias lojas vendiam todo o tipo de produto com o tema voltado ao terror, incluindo maquiagens, lentes, utensílios para cosplays e decorações. Uma área do evento muito interessante era a parte dos stands separada apenas para artistas independentes que levaram obras de suas criações para o público. No domingo, o número de pessoas foi um pouco menor, tornando o ambiente muito mais agradável e facilitando com que pudéssemos andar pelo evento. Uma área dedicada a temas medievais também estava presente, incluindo até batalhas entre os que participavam. Porém, ficou meio apagada durante o evento, já que fugia um pouco do tema. Entre os stands, um pequeno palco contava com conversas com escritores brasileiros, palestras sobre temas ligados ao horror e exposição de curtas metragens.

No palco principal, também ocorreu um concurso entre cosplayers depois dos painéis. O vencedor do primeiro dia confrontaria o vencedor do segundo dia. É sempre muito interessante presenciar a dedicação dos cosplayers, sendo eles muito elaborados até dos mais simples. Esse tipo de evento permite que as pessoas saiam da mesmice do dia a dia para ter um momento diferente com pessoas que ela gosta, o que acaba tornando tudo muito interessante e divertido. 

A música também se fez presente no evento. Shows poderosos das bandas Zumbi do Espaço, Alchemia, Tim ‘Ripper’ Owens, Verloren, Electric Funeral e Torture Squad compuseram o line up musical do evento. Em alguns momentos, seja em shows ou em situações onde era colocado um som ambiente, o volume estava muito alto, causando um certo incômodo aos presentes, mas nada que tirasse o brilho do evento. 

A Horror Expo fez a alegria dos fãs de terror na capital paulista. O evento mostrou que tem muita capacidade para crescer e expandir ainda mais, trazendo novas atrações a cada ano. Nesta edição, quem foi os dois dias acabou presenciando painéis muito parecidos, tendo apenas shows musicais diferentes, o que pode ter sido considerado algo negativo para alguns. De qualquer forma, fica a ansiedade para ver o que o futuro reserva de uma festa que celebra o horror com seu público.

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About Gustavo Diakov

Idealizador disso aqui, Fotógrafo, Ex estudante de Economia, fã de música, principalmente Doom/Gothic/Symphonic/Black metal, mas as vezes escuto John Coltrane e Sampa Crew.

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