O baixista e principal compositor do Bethlehem, Jürgen Bartsch, faleceu no último dia 27 de agosto de 2025, aos 58 anos, após uma longa doença. A informação foi confirmada pela vocalista da banda, Onielar, por meio de uma declaração publicada no Instagram.
“Após uma doença grave, perseverança e um grande espírito de luta, nosso amado amigo e estimado fundador da banda, Jürgen Bartsch, faleceu em 27 de agosto de 2025. Em profundo luto e de coração partido. Em nome do Bethlehem”, escreveu.
A notícia abalou não apenas os fãs do Bethlehem, mas também toda a comunidade do metal extremo. Em comunicado, Martin Koller, fundador da gravadora Prophecy Productions, lamentou profundamente a perda:
“Minhas mais sinceras condolências à família e amigos de Jürgen. Ainda estou em choque. É difícil lidar com essa perda e expressar em poucas palavras o quão maravilhoso ser humano e artista brilhante Jürgen foi. Agora todos estamos unidos pelo luto e pela dor. Descanse em paz, Jürgen.”
Formado em 1991, na cidade de Grevenbroich, Renânia do Norte-Vestfália (Alemanha), o Bethlehem foi criado por Bartsch ao lado do guitarrista Klaus Matton. A banda se destacou como uma das mais experimentais e ousadas do metal extremo, unindo elementos de black e doom metal a estruturas vanguardistas e atmosferas sombras e niilistas.
O álbum de estreia, Dark Metal (1994), marcou época ao batizar um subgênero e consolidar a identidade única do grupo. Dois anos depois, o perturbador Dictius Te Necare (1996), com os vocais de Rainer Landfermann, tornou-se um dos trabalhos mais impactantes e influentes da cena.
Ao longo das décadas, Bartsch manteve-se como o pilar criativo do Bethlehem, mesmo em meio a diversas mudanças de formação. Discos como S.U.i.Z.i.D. (1998), Mein Weg (2004) e Hexakosioihexekontahexaphobia (2014) reforçaram sua busca constante por ultrapassar os limites da música extrema, incorporando elementos industriais, góticos e ambientes ao som da banda.
Em 2016, o Bethlehem lançou um álbum homônimo que marcou a estreia de Onielar (Darkened Nocturn Slaughtercult) nos vocais. O trabalho foi bem recebido e apontado como um novo fôlego para a carreira da banda. O mais recente disco, Lebenslinien (2023), confirmou o legado de Bartsch como um dos principais visionários do metal extremo depressivo e avant-garde.
A morte de Jürgen Bartsch deixa uma lacuna irreparável no cenário do metal. Seu nome permanece eternamente associado à ousadia, à inovação e à intensidade emocional do Bethlehem.