Novo álbum do System of a Down? Daron Malakian revela o maior obstáculo

Foto: Greg Watermann

Após quase 20 anos sem lançar um álbum completo, o System of a Down voltou aos palcos e reacendeu as esperanças dos fãs por músicas inéditas. Mas, apesar da recente agenda cheia, a possibilidade de um novo disco ainda é incerta – principalmente por conta das dúvidas de Daron Malakian, guitarrista e principal compositor da banda.

O último trabalho de estúdio do grupo, os álbuns Mezmerize e Hypnotize, foi lançado em 2005, marcando uma pausa na discografia dos ícones do metal armênio-americano. Enquanto Serj Tankian, vocalista, sinalizou recentemente que toparia gravar algo novo se isso representasse um recomeço, e o baixista Shavo Odadjian e o baterista John Dolmayan também se mostraram abertos à ideia em condições certas, Malakian continua sendo a voz mais cautelosa em relação ao futuro criativo do SOAD.

Em entrevista ao podcast Talk is Jericho, de Chris Jericho, o guitarrista explicou que, embora não descarte completamente a ideia de um novo disco, tem receio de perder a evolução criativa que a banda construiu ao longo dos anos:

“A gente poderia fazer, e talvez ficasse bom. Eu não sei. Mas se você ouvir nossos cinco discos, do primeiro até o Toxicity, existe uma diferença entre eles. Havia uma evolução acontecendo. E o hiato nos tirou a chance de continuar essa evolução. Esse é o meu único arrependimento.”

Malakian destacou que o System of a Down nunca foi uma banda de se repetir, e que cada álbum explorou novas direções, mantendo a identidade do grupo. Para ele, a lacuna de 20 anos levanta a questão de como retomar um processo criativo interrompido por tanto tempo:

“Tem bandas que fazem o mesmo álbum várias vezes. Nós não seríamos essa banda. Nosso som teria seguido para outros lugares.”

Apesar da hesitação, o guitarrista reconheceu o impacto duradouro das músicas do SOAD no público. Em sua recente turnê pela América do Sul, a banda lotou estádios com fãs que, em muitos casos, nasceram após o lançamento dos últimos álbuns do grupo:

“As músicas fizeram parte da vida das pessoas ao longo dos anos. Quando olho para a plateia, vejo jovens de 18, 25 anos, que talvez nem eram nascidos quando lançamos Mezmerize e Hypnotize.”

Atualmente, embora não existam gravações confirmadas e a banda siga com diferenças criativas, o cenário é mais promissor do que em anos anteriores. Os quatro membros originais reconhecem que as conversas sobre um novo disco existem, e o retorno aos palcos pode ser o primeiro passo para uma nova fase criativa. Por enquanto, resta aos fãs aguardar para ver se esse momento finalmente chegará.

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