A Imminence, banda sueca que conquistou espaço no cenário mundial do metalcore, construiu ao longo de mais de uma década uma discografia marcada pela intensidade, pelo contraste entre melodia e agressividade e pelo uso inusitado do violino como elemento central. Desde a estreia com I (2014) até o recente The Return of The Black (2025), o grupo mostrou capacidade única de transitar entre brutalidade e sensibilidade, consolidando uma identidade própria no gênero. Cada álbum reflete uma fase distinta da banda, revelando não apenas sua evolução musical, mas também uma narrativa emocional que conecta público e crítica.
I (2014)
O álbum de estreia da Imminence apresentou uma banda sueca ainda em formação, mas já com traços da identidade que os colocaria em evidência no metalcore moderno: peso equilibrado com melodias emocionais. I traz atmosferas sombrias e letras introspectivas, com destaque para “Wine & Water”, faixa intensa que mistura agressividade e melancolia, e “86”, que já mostrava a capacidade da banda de unir breakdowns pesados a refrões marcantes.
This Is Goodbye (2017)
Com This Is Goodbye, a banda deu um salto de maturidade e experimentação. O disco tem uma pegada mais alternativa, flertando com o eletrônico e explorando melodias acessíveis sem perder o peso. A faixa-título “This Is Goodbye” se tornou um dos hinos da banda, mesclando brutalidade e refrão melódico. Já “Diamonds” reforça a veia emocional do grupo, com arranjos que aproximam o metalcore de um espectro mais atmosférico e radiofônico.
Turn The Light On (2019)
Considerado por muitos o álbum que consolidou a Imminence, Turn The Light On é um trabalho denso, emocional e cinematográfico. O violino de Eddie Berg ganha protagonismo, criando contrastes únicos com o peso instrumental. “Paralyzed” se destaca como uma das canções mais intensas do disco, unindo melancolia e explosão sonora. Outra joia é “Erase”, que sintetiza bem o equilíbrio entre delicadeza orquestral e agressividade metalcore.
Turn The Light On (2019)
Considerado por muitos o grande ponto de virada da banda, o álbum apostou em arranjos grandiosos, violinos marcantes e uma carga dramática ainda maior. Foi aqui que o Imminence encontrou sua assinatura definitiva: metalcore sinfônico, intenso e catártico.
Destaques: “Paralyzed”, um hino da nova fase do grupo, e “Saturated Soul”, que equilibra peso e sensibilidade.
The Reclamation of I (2024)
Uma regravação do debut, mas com a maturidade adquirida ao longo da década. O álbum revisita as composições de 2014 com produção refinada, vocais mais potentes e arranjos que dialogam com a identidade atual da banda.
Destaques: “Wine & Water (Reclaimed)”, que ganha nova força, e “Salt of the Earth”, reimaginada com peso e emoção mais afiados.
The Black (2024)
O disco mais sombrio e ambicioso da carreira até então. Em The Black, o Imminence mergulha em temas de dor, existencialismo e transcendência, com arranjos cinematográficos e uma densidade rara no metalcore contemporâneo.
Destaques: “Come Hell or High Water”, visceral e atmosférica, e “Continuum”, que resume o equilíbrio entre brutalidade e melodia épica.
The Return of The Black (2025)
Em seu lançamento mais recente, a banda amplia o conceito do disco anterior, transformando-o em uma verdadeira saga. The Return of The Black não apenas revisita temas, mas os expande com ainda mais dramatização e camadas instrumentais. É a consagração da fase madura do Imminence, que hoje já se coloca entre os nomes mais originais do metal moderno.
Destaques: “The Core”, que abre caminho para uma narrativa imersiva, e “God Fearing Man”, que combina o lirismo dos violinos com a agressividade visceral da banda.