ESPECIAL MONSTERS OF ROCK: EUROPE – A PRIMEIRA GRANDE BANDA NÓRDICA DE ROCK

Hoje, em 2025, a Suécia é um Titã do mercado musical. Se olharmos as grandes bandas de heavy metal e rock que surgiram no século, uma imensa parte é da Suécia, ou de outros países nórdicos – como a Finlândia ou a Noruega, especialmente em se tratando de música pesada. Mas nas décadas passadas não era assim. Qual era nossa referência de música quando se falava na Suécia nos anos setenta, até começo de oitenta? Provavelmente, a primeira que lhe virá à cabeça é o Abba; e com justiça, pois estão no panteão da música. Uma banda, porém, viria para mudar isso. Estamos falando do Europe, os responsáveis por elevar o status da escandinávia dentro do rock, e uma das principais atrações do Monsters Of Rock 2025. Neste especial sobre a edição de trinta anos do festival, falaremos dessa banda que nos trouxe hinos como “The Final Countdown” e “Carrie”, e influenciou, e continua influenciando, gerações de músicos e fãs.

INÍCIO COMO “FORCE”, SE TORNANDO EUROPE E PRIMEIROS TRABALHOS – EUROPE, WINGS OF TOMORROW:

Mais uma banda, como muitas, que deu seus primeiros passos com outro nome, bem diferente do como a conhecemos hoje. No final da década de setenta, especificamente em 1979, um ano conturbado para o rock, com acontecimentos chocantes – como, por exemplo, a saída de Ozzy Osbourne do Black Sabbath -, na então desconhecida, dentro do mundo do rock, Suécia, mais especificamente na capital Estocolmo, quatro caras se juntaram para “fazer um som”. Não sabiam tocar direito, mas tinham vontade de ter uma banda. Seus nomes eram Rolf Magnus Larsson, John Norum, Peter Olsson e Tony Reno. Você pode até não reconhecer este primeiro nome, mas com certeza conhece seu nome artístico: Joey Tempest. Assim foi formado o Force!

Após dois anos, e algumas demos gravadas e divulgadas, o baixista Peter Olsson deixa a banda para a entrada de John Levén. Aí estava completa a formação clássica do Europe, que assumiu esse nome em 1982, influenciados pelo disco Live In Europe do Deep Purple. A notoriedade, porém, veio após uma competição de bandas, que o grupo venceu, chamada Rock-SM. Foi esse triunfo que lhes deu um contrato com a gravadora Hot Records, responsável por lançar seu primeiro álbum, auto-intitulado Europe. O disco foi lançado no ano seguinte, em 1983, e o sucesso local foi imediato, assim como foi no distante Japão. Um álbum pesado, com bem mais influência da New Wave Of British Heavy Metal, que pouco lembra o Europe que conhecemos hoje, com seus hits de rock e hard rock. A banda, no momento, ainda seguia tendências – muito bem, aliás.

Apenas um ano depois, como era costume naquela época, a banda já estava pronta para seu segundo disco. Considerado pela própria banda o álbum que os catapultou para o mundo, Wings Of Tomorrow lhes rendeu contrato com a gravadora CBS, uma das mais importantes da época, para lançamento internacional. Mesmo com sonoridade ainda parecida com seu antecessor, já se mostrava em uma abordagem mais palatável, uma tendência que a banda seguiria em anos por vir. Em meio à turnê, em 1984, o Europe resolveu colocar para apresentações ao vivo um tecladista. Como não era comum tecladistas como membros oficiais à época, Mic Michaeli foi inicialmente apresentado como membro convidado; logo, porém, o tecladista foi efetivado como membro oficial. Na mesma época, quando começaram a produzir seu próximo álbum, o baterista Tony Reno foi demitido da banda pelo produtor, em um episódio polêmico, que nem o restante da banda teve poder de decisão – algo que escancarava a influência dos produtores e empresários na carreira das bandas da época. Para seu lugar, o baterista definitivo da banda se juntou a eles, o norueguês radicado na Suécia, Ian Haugland. Foi com essa formação que a banda gravou seu maior clássico, e um dos maiores de todos os tempos. Veremos a seguir.

AUGE DO ESTRELATO, UM DOS MAIORES HITS DA HISTÓRIA DA MÚSICA, E O DECLÍNIO NA ERA DO GRUNGE SEGUIDO DE LONGO HIATO – THE FINAL COUNTDOWN, OUT OF THIS WORLD E PRISONERS OF PARADISE:

Pouquíssimas bandas têm o direito de dizer que fizeram um hit atemporal. No caso do Europe, podemos citar ao menos dois desses. Foi na sua era dourada, do meio dos anos oitenta, que isso ocorreu, especificamente em 1986. Dois anos após seu bem sucedido segundo álbum, os suecos do Europe alavancaram o nome da Suécia no rock com o lançamento do disco The Final Countdown. Se você não tem noção do que representa esse álbum, feche os olhos e só imagine o riff de teclados da faixa-título. Sim, praticamente todo ser humano que ouve música hoje em dia já ouviu essa música, querendo ou sem querer. E que tal falarmos de baladas românticas? Bem, “Carrie” até hoje parte corações, ou ajuda a remendar aqueles partidos – curtir a fossa. Esse clássico não poderia ter saído diferente; foi produzido por Kevin Elson, conhecido por produzir ninguém menos que o Journey, outra icônica banda da época, que dispensa apresentações. Não para menos, o disco é cheio de elementos que o transformam, na prática, em um álbum de AOR – Album Oriented Rock. É esse o estilo pelo qual a banda até hoje é conhecida, com seus cabelos poodle e roupas brilhantes, icônicas da época, que os colocavam no mesmo balaio de gigantes como o Bon Jovi. Outros grandes destaques do álbum são “Cherokee” e “Rock The Night”. O disco vendeu milhões de cópias, e é até hoje o mais vendido da banda.

Um baque na banda aconteceria naquele mesmo ano, com a inesperada saída do guitarrista John Norum. Para seu lugar, na turnê, foi chamado o ex-membro do Easy Action, o também sueco Kee Marcello. Era hora, então, de um novo disco. O intervalo de dois anos deixou os fãs ansiosos com o próximo trabalho, que chegou em 1988, produzido por Ron Nevison, intitulado Out Of This World. Contou com singles promocionais, incluindo um disponível exclusivamente no Brasil, no caso de “Tomorrow”, além de um apenas para a Argentina, que foi “Sign Of Times”. Infelizmente, o resultado foi abaixo do esperado – para fãs e banda. 

Para a banda, vendas um tanto mais baixas que seu antecessor, com singles e álbum não chegando no topo de nenhuma parada, apenas em seu país natal e na vizinha Noruega. Apesar disso, as vendas foram satisfatórias, longe de ser um fracasso comercial. Para o público, um som que tentou reproduzir o sucesso anterior, mas sem o mesmo impacto, sem músicas icônicas e marcantes, além de tentar ir a algo mais extremo no “glam”. Impossível dizer que o álbum foi um fiasco de críticas, mas também não foi o sucesso estrondoso que a banda teve anteriormente. Era o fim dos anos oitenta, o pior momento possível para uma queda, pois era o início da era que levaria o “glam rock” para o buraco: a era Grunge.

Ainda pior foi o desempenho de seu sucessor – esse sim, um fracasso comercial, para os padrões da época. Bem, levando em conta o ano, podemos dizer que era esperado. O ano de 1991 era o auge do grunge, e a decadência do hard rock era nítida. Foi nesse contexto histórico que o álbum Prisoners In Paradise foi lançado, o segundo e último com o guitarrista Kee Marcello. Produzido por Beau Hill, que havia produzido álbuns de Alice Cooper, Ratt, entre outros, o que tivemos foi um competente álbum de glam rock em uma época que não havia mais espaço para esse gênero, nem para os cabelos poodle e as roupas coloridas. O álbum e os singles, incluindo a ótima “I’ll Cry For You” falharam em alcançar o topo das paradas, inclusive em seu país natal, um perigoso sinal. De toda forma, a turnê aconteceu por cerca de um ano, e ainda conseguiu atrair a atenção do público, em grande parte por conta dos sucessos de The Final Countdown ainda. Nesse contexto mercadológico desfavorável, a banda encerrou suas atividades após apenas dez anos na estrada – e parados ficariam por longos onze anos!

BREVE REUNIÃO, OS RUMORES DA VOLTA E, FINALMENTE, O RETORNO COM JOHN NORUM, O EUROPE DOS ANOS 2000 – START FROM THE DARK, SECRET SOCIETY E LAST LOOK AT EDEN:

Pode parecer que o Europe sempre esteve conosco em nossa jornada musical, mas a verdade é que, durante quase os anos noventa inteiros, não esteve. Após a separação, em 1992, por mais de uma década os fãs pediram a volta dos suecos. Sem sucesso. Um vislumbre de esperança veio na icônica virada de de ano de 1999 para 2000, quando a banda se juntou para apenas um show, o da virada de ano em Estocolmo – com direito a The Final Countdown sendo tocada durante a passagem. Foi a única ocasião, inclusive, que a banda tocou com seus dois guitarristas que gravaram álbuns, Kee Marcello e John Norum – única vez que estiveram juntos no palco. Claro, isso reacendeu as esperanças dos fãs para uma reunião que, infelizmente, demorou a acontecer. Mas aconteceu!

Após anos de especulações, boatos, declarações que davam esperanças aos fãs, e trabalhos solos de modesto sucesso dos integrantes, no ano de 2003 finalmente veio a notícia que todos esperavam: O Europe estava de volta!

Em comunicado à imprensa, a banda anunciou sua volta com a formação clássica, aquela que gravara The Final Countdown, com John Norum na guitarra. O guitarrista Kee Marcello, porém, ficou de fora do retorno. Claro, uma extensa turnê veio junto, com datas esgotadas por toda Europa, Japão e América do Norte. 

Em 2004, veio o que os fãs esperavam, um álbum de inéditas. Com uma sonoridade mais moderna e própria da época que foi lançado, Start From The Dark não foi exatamente o que os fãs esperavam, e alcançou o segundo lugar em vendas na Suécia.

Mais cru, reto e direto foi Secret Society, lançado em 2006, com semelhante êxito de popularidade que seu antecessor. Produzido pela própria banda, o disco faz uma volta ao Hard Rock, mas sem o “glam” de outrora. Além disso, a banda gravou, nesse período, seu único disco ao vivo acústico, Almost Unplugged, com versões de seus clássicos em versões mais leves.

Semelhante foi a recepção de Last Look At Eden, de 2009. O álbum apresenta claras influências de classic rock e blues rock, numa mudança do que vinha sendo feito nos últimos discos, revertendo a “modernização” da banda. Foi na turnê deste álbum que, pela primeira vez, o Europe veio ao Brasil, em 2010.

A ERA MODERNA – BAG OF BONES, WAR OF KINGS E WALK THE EARTH:

O Europe nunca mais parou de produzir discos, todos com propostas diferentes e únicas, nunca copiando a si mesmos. O sucesso moderado, a aceitação mista ocorreram em todos os casos, mas a banda segue na ativa, firme e forte.

Com Bag Of Bones, de 2012, apresentando as influências do blues rock, War Of Kings, em um retorno ao hard rock em 2015, e Walk The Earth, de 2017, indo fundo ao heavy metal tradicional, o Europe mostra que uma banda pode seguir viva, forte por longos anos. Mostra, também, que uma banda pode se inventar e reinventar, sem perder o prestígio.

É nesse ponto, com onze álbuns de estúdio em sua bagagem, e clássicos atemporais para apresentar ao público brasileiro, que o Europe chega a São Paulo em Abril para o Monsters Of Rock 2025, em comemoração aos 30 anos do festival!

MONSTERS OF ROCK 30 ANOS

Sábado, 19 de abril de 2025

Local: Allianz Parque

Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 1705 – Água Branca – SP

Abertura dos portões: 10h00

Horário do show: 11h45

Uma Produção: Mercury Concerts

Classificação etária: 14 (quatorze) anos desacompanhados. Menores de 14 (quatorze) anos poderão comparecer ao evento desde que acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais. Informação sujeita à alteração, conforme decisão judicial.

INGRESSOS

PISTA PREMIUM

– R$ 1.180,00 (inteira)

– R$ 590,00 (meia-entrada)

PISTA

– R$ 680,00 (inteira)

– R$ 340,00 (meia-entrada)

CADEIRA INFERIOR

– R$ 780,00 (inteira)

– R$ 390,00 (meia-entrada)

CADEIRA SUPERIOR

– R$ 480,00 (inteira)

– R$ 240,00 (meia-entrada)

VIP – MIRANTE BACKSTAGE*

– R$ 2.800,00 (valor do ingresso inteira + pack mirante)

– R$ 2.210,00 (valor do ingresso meia-entrada + Pack Mirante)

VIP – FANZONE PISTA PREMIUM**

– R$ 2.400,00 (valor do ingresso inteira Pista Premium + Pack Fanzone)

– R$ 1.810,00 (valor do ingresso meia-entrada Pista Premium + Pack Fanzone)

VIP – FANZONE CADEIRA INFERIOR**

– R$ 2.000,00 (valor do ingresso inteira Cadeira Inferior + Pack Fanzone)

– R$ 1.610,00 (valor do ingresso meia-entrada Cadeira Inferior + Pack Fanzone)

* VIP – MIRANTE BACKSTAGE

Esta área é para aqueles que procuram uma experiência mais premium:

  • Open Bar Open Food Premium no Mirante Backstage
  • Kit Monsters
  • Acesso exclusivo
  • Banheiros exclusivo
  • Loja de Merchandising exclusiva
  • After show até 2 horas após o término do Festival
  • Assistir o show na Pista Premium com acesso livre para o Mirante Backstage durante o festival

Obs.: O Lounge Mirante Backstage, localizado no sétimo andar do estádio, não possibilita visão direta do show.

DESCRIMINAÇÃO DE VALORES – MIRANTE BACKSTAGE

MIRANTE BACKSTAGE PACK

– R$ 1.620,00

INGRESSOS

– R$ 1.180,00 (inteira)

– R$ 590,00 (meia-entrada)

VALOR TOTAL INTEIRA: R$ 2.800,00

VALOR TOTAL MEIA-ENTRADA: R$ 2.210,00

A taxa de serviço será cobrada apenas sobre o valor do ingresso.

** VIP – FANZONE PISTA PREMIUM

Esta área é para aqueles que procuram uma experiência premium:

  • Open Bar Open Food Premium
  • Kit Monsters
  • Acesso exclusivo
  • Banheiros exclusivo
  • Loja de Merchandising exclusiva
  • After show até 1 hora após o término do Festival
  • Assistir o show na Pista Premium ou Cadeira Inferior com acesso livre para o Fanzone durante o festival

Obs.: O Fanzone, é localizado no anel inferior do estádio, não possibilita visão direta do show, você pode optar por assistir ao show da Pista Premium ou da Cadeira Inferior.

DESCRIMINAÇÃO DE VALORES – FANZONE PISTA PREMIUM

FANZONE PACK

– R$ 1.120,00

INGRESSOS

– R$ 1.180,00 (inteira)

– R$ 590,00 (meia-entrada)

VALOR TOTAL INTEIRA: R$ 2.400,00

VALOR TOTAL MEIA-ENTRADA: R$ 1.810,00

A taxa de serviço será cobrada apenas sobre o valor do ingresso.

DESCRIMINAÇÃO DE VALORES – FANZONE CADEIRA INFERIOR

FANZONE PACK

– R$ 1.120,00

INGRESSOS

– R$ 780,00 (inteira)

– R$ 390,00 (meia-entrada)

VALOR TOTAL INTEIRA: R$ 2.000,00

VALOR TOTAL MEIA-ENTRADA: R$ 1.610,00

A taxa de serviço será cobrada apenas sobre o valor do ingresso.

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