Na sexta-feira (14), os fãs paulistanos tiveram a oportunidade de celebrar a “Semana do Dia Mundial do Rock” de forma especial com Super Tramp Experience – banda tributo europeia que se destaca como a única reconhecida por Roger Hodgson, criador do grupo britânico que revolucionou o cenário progressivo na década de 70.
Texto: Guilherme Góes / Fotos: André Santos
Fundada em 2011, o conjunto é composto pelos talentosos músicos Antoine Oheix (vocal e teclados), Alan Valley (guitarra, teclados e backing vocal), David Martin (saxofone, teclado, coros), Jean-Claude Givone (baixo, coros) e Stéphane Glory (bateria). No Brasil, o nome segue destacando uma turnê que contará com 13 shows, abrangendo desde grandes capitais, como São Paulo e Belo Horizonte, até cidades menores, como Criciúma, Tubarão e São José dos Campos, oferecendo a milhares de pessoas a oportunidade de conferir releituras impecáveis de clássicos como “The Logical Song”, “School”, “Breakfast In America” e outros sucessos inesquecíveis.
Em São Paulo, o show aconteceu no Tokio Marine Hall. Como de costume, uma banda de abertura aqueceu o público inicial no salão de entrada da casa de espetáculo. Desta vez, o nome escolhido foi Power Blues, que mandou um set variando entre covers e canções autorais.
Com a pista principal repleta de fãs animados e ansiosos, o relógio marcou pontualmente 22h quando os integrantes do Super Tramp Experience subiram ao palco. Sem a necessidade de extravagâncias, fogos de artifício ou efeitos visuais deslumbrantes no telão, o espetáculo teve um início modesto, com o som marcante de “School” ecoando e uma iluminação suave criando uma atmosfera intimista. No entanto, a simplicidade do começo foi rapidamente superada quando Alan Valley e Antoine Oheix assumiram o controle do cenário, brindando a plateia com belíssimas extensões de saxofone e teclado alternados, deixando todos impressionados e extasiados desde o primeiro momento. A animação continuou em “Bloody Well Right”, com os fãs acompanhando o envolvente ritmo da bateria que preenche a canção com palmas. Já em “Hide In Your Shell”, Alan se aproximou da beira do palco e mandou um solo de guitarra caprichado, que resultou em uma salva de palmas intensa.
Ao término do emocionante bloco, Antoine expressou seu profundo agradecimento à presença calorosa do público, destacando a honra que era para a banda tocar no Brasil. De forma tocante, ele revelou que foram os fãs brasileiros que, desde o início, demonstraram maior empolgação e reconhecimento ao tributo, chamando-os de “Super Tramp Experience” e, assim, influenciando o próprio frontman a alterar o nome original que havia idealizado (originalmente, o conjunto se chamava apenas “Tramp Experience”).
A apresentação seguiu como uma verdadeira viagem aos anos 70, com o quinteto interpretando de forma fiel faixas memoráveis como “Rudy”, “Dreamer”, “Asylum” e “Give A Little Bit”. Ao longo do show, Antoine estabeleceu um vínculo genuíno com os fãs, expressando seu amor pela plateia brasileira e compartilhando curiosidades interessantes sobre as composições do Super Tramp.
Próximo ao encerramento, os músicos presentearam a plateia com uma dobradinha de mega hits: “Breakfast In America” e “The Logical Song”. Nesse momento, o público cantou em uníssono tão entusiasmado que Antoine, de maneira tocante, cedeu a voz aos fãs, resultando no ápice mais memorável da noite. Super Tramp Experience proporcionou uma experiência verdadeiramente excepcional, permitindo ao público antigo sentir a intensidade do legado do grupo britânico e, ao mesmo tempo, gerando a oportunidade única para a nova geração conhecer e se encantar com as icônicas músicas que marcaram época. Ao caminhar pelo espaço, era possível observar várias famílias, com avós, pais e netos, desfrutando juntos do espetáculo, mostrando como a música atravessa gerações.
A banda entregou uma reprodução fiel e emocionante das músicas, transportando todos os presentes de volta ao início da história do rock n’ roll. Já o carisma contagiante do vocalista Antoine foi evidente no palco, cativando a plateia a cada instante. Além disso, ele desempenhou com maestria a difícil missão de alcançar timbres similares ao lendário Roger Hodgson, e ainda adicionou uma autenticidade às interpretações.
Certamente, o tributo honrou o legado dos pioneiros do rock progressivo, proporcionando uma noite especial e simplesmente memorável.
