Natália Lebeis lança o álbum de estreia, Choque Eletrostático

Capa do disco | Arte: Adriano Motta

Ouça Choque Eletrostático, clique aqui

Com reflexões existencialistas sobre vida, morte, amor e desejo, a partir de uma visão singular cheia de acidez e ironia, Natália Lebeis – nome já conhecido no circuito cultural alternativo e na indústria da música nacional (C6 Fest, Novas Frequências, Music Forward, SIM São Paulo, Audio Rebel) – mergulha agora na música autoral. Seu disco de estréia, Choque Eletrostático, chega às plataformas de streaming pelo selo Toca Discos no dia 28 de agosto.

Ouça aqui: https://links.altafonte.com/Choque_Eletrostatico.

Choque Eletrostático é um disco de rock, pop e synths cheio de colagens sonoras, textura e poesia. “Queria explorar esse universo plástico e performático. Venho do teatro, a minha relação com a música antes de tudo é empírica, então, acabo sempre recorrendo também às minhas outras bagagens”.

Para levar esse ambiente para o palco, Natália se juntou a musicistas de peso da cena independente: Desirée Marantes (synth e guitarra), Rai Sinara (beats, efeitos e synth) e Bianca Predieri (bateria). “Tô muito animada pra ver o disco no palco a partir do que vamos criar juntas”, revela a artista.

Choque Eletrostático é, acima de tudo, um trabalho livre de convenções, sem fórmulas palatáveis. “Apesar de ser um disco super pop, ele tem uma certa estranheza e era isso que eu queria explorar”, ela afirma.

O álbum foi produzido pelo Jonas Sá e Thiago Nassif, que também tocam diversos instrumentos, e recebeu participações importantes como Pedro Sá (ex guitarrista da banda Cê, de Caetano Veloso), Bianca Predieri (baterista da Jadsa), Thomas Harres (baterista da Céu e Bala Desejo), Pedro Dantas (baixista de Jards Macalé), Claudio Brito (percussionista da Martnália) e Bellacomsom (artista sonora, experimental e inventora de instrumentos).

Choque Eletrostático tem 7 músicas que passeiam por synthpop, new wave, pós-punk, miami bass e MPB. Tudo com muito efeito e barulhinho eletrônico. Conheça um pouco sobre cada uma das músicas neste “faixa a faixa” com aspas da própria Natália.

Faixa a faixa, comentadas por Natália

ÉGUA SOLTA
“Foi uma das últimas que escrevi. Ela é uma espécie de acerto de contas íntimo, um recado que também é um lembrete – acho que, na verdade, todo recado é também um pouco pra si. Então a música é pra alguém mas também é pra me lembrar quem eu sou. A música acabou virando uma repetição porque depois que escrevi um verso, eu senti que já tinha dito tudo rs.”

CHOQUE ELETROSTÁTICO
“É uma das que mais curto. Ela é bem reta, com um relato sobre como penso a existência. É uma música bem sincera nesse sentido, acho que tem muito de mim nessa letra. Gosto do clima soturno que a gente criou com um arranjo meio espiralesco, que vai ganhando corpo, e crescendo, até virar essa bateria kraut com guitarra improvisada.”

FRATURA EXPOSTA NA BOCA DO ESTÔMAGO
“Eu pensei nessa frase ‘o amor é uma fratura exposta na boca do estômago’ voltando de uma aula que fazia como ouvinte na USP de música experimental. Caminhando pro metrô essa frase pintou na minha cabeça e pensei que tinha que fazer algo com ela. Daí ela acabou se tornando uma música com vários momentos, climas, moods (acho que um pouco inspirada pelas aulas)…É uma música grande que pode ser de pistinha mas que interrompe a pista para dar corpo a algo super melódico e depois volta…É uma gangorrinha rs.”

CIDADE NEON
“‘Cidade Neon’ foi a última música que compus para o disco. É como se ela fosse um frankenstein porque começou como uma coisa e terminou em outra absolutamente diferente rs. No final ela acabou virando uma música sobre a visceralidade de um encontro, cheio de colagem, beats, bem curtinha…”

HOJE EU NÃO ESTOU
“Essa faixa é sobre as sensações de estar num corpo em estado de ansiedade. É basicamente o relato de uma ansiosa rs. Eu a escrevi durante a pandemia, em isolamento e acho que de certa forma ela expressa um pouco esse momento.”

EU ESTAVA ÓTIMA
“Queria escrever o relato de um encontro amoroso a partir do meu amor próprio e da ideia de que qualquer entrega deve nascer primeiro do encontro consigo mesma.”

MEUCORPONUSEUCORPONUMEU
“Amo poesia concreta, gosto de trocadilhos, gosto das entrelinhas, dos sentidos escondidos etc. Essa aglutinação de palavras surgiu primeiro como um poema desses enormes que se pode ler sem fim e só depois veio a ideia de transformar em música.”

Natália Lebeis, biografia

Natália Lebeis nasceu no Rio de Janeiro e começou a carreira no teatro, como parte da cena independente da cidade. A partir daí, começou também a produzir espetáculos e outros projetos artísticos e se apaixonou pela correria dos backstages.

“Ao longo dessa trajetória, produzi inúmeros festivais, mostras, shows e espetáculos e tenho certeza que isso me tornou uma artista mais consciente do meu lugar e das minhas possibilidades no mercado”, ela lembra.

As influências

Natália conta que seu gosto musical foi formado por muitas coisas diferentes. “Já fui grunge, metaleira e fã da Britney Spears, mas o indie rock dos anos 2000 (Libertines, Strokes, White Stripes, Electrelane, Yeah, Yeah, Yeahs, entre outros) me marcou profundamente. Foi quando eu me entendi parte de uma cena.”.

“Nessa época comecei a frequentar as casas do grupo Matriz no Rio e me apaixonei pelas bandas que usavam eletrônicos, principalmente sintetizadores, e pelo rock e o punk dos anos 60/70. Depois descobri a música nacional e fui abduzida pela Bossa Nova e todo o movimento musical e de contracultura que surgiu no Brasil dos anos 70 (Tropicalismo, Gal, Caetano, Gil, Jards, Tom Zé, Mutantes)”.

A música brasileira atual também chama a atenção de Natália e ela menciona artistas como Ana Frango Elétrico, Jadsa e Maria Beraldo, além de mencionar os trabalhos de Thiago Nassif e Jonas Sá, “que tive a sorte de ter como produtores do meu disco”, ela completa.

Natália entre texturas e timbres

Natália gosta de explorar a plasticidade nos seus trabalhos, seja a partir da experimentação de sonoridades, texturas, timbres, ou da própria forma como a composição poética pode se construir.

O álbum de estreia, Choque Eletrostático, foi se desenhando a partir desses desejos de provocação da artista.

“Gosto muito das coisas que não se definem facilmente, então, quando no final do processo de gravação, eu, Jonas e Thiago não soubemos definir muito bem o gênero/estilo do disco, eu entendi que o trabalho estava pronto. Acho que o disco tem um pouco de tudo o que eu gosto e sou: sintetizador de pista, refrão chiclete, letras irônicas, barulhinhos experimentais, o funk, rock, MPB, new wave e pop. Isso diz muito sobre eu ter sido uma adolescente que ouvia Nirvana e Madonna. Que gostava de Nightwish à noite e ouvia Vinicius de Moraes de manhã com o mesmo fascínio e tesão.”

Acompanhe a Natália Lebeis

instagram.com/natalialebeis

Ficha técnica de ‘Choque Eletrostático

Natália Lebeis – Composição e Vocais
Jonas Sá e Thiago Nassif – Produção Musical

Participações: bellacomsom, Cláudio Brito, Pedro Dantas, Pedro Sá e Thomas Harres

Selo: Toca Discos
Booking: Braba
Distribuidora: Altafonte

Fotos de divulgação | Crédito: David Pacheco

Crédito: David Pacheco

Nos sigam e deêm um like na gente \m/
error
fb-share-icon

About Guilmer da Costa Silva

Movido pela raiva ao capital. Todo o poder ao proletariado!

View all posts by Guilmer da Costa Silva →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *